Gurgel e a operação em resposta à PEC 37, por Adjutor Alvim

Comentário ao post “A PEC 37, sobre o papel do Ministério Público

Nassif,

não vou entrar no mesmo tom dos críticos do PT que, em tudo, veem atentado à democracia e dizem que o estado de direito está em perigo, mas a declaração do Gurguel que a operação de ontem foi “em resposta” à PEC é, digamos, no mínimo infeliz.

Um servidor público coordena uma série de ações de estado para contrapor uma emenda constitucional que vai de encontro aos interesses, teoricamente, da corporação. Teoricamente pq podem servir, na verdade, aos interesses pessoais do servidor.

O que dizem os que criticam o suposto aparelhamento do Estado pelo PT?

O que dizem os que criticam o suposto projeto de poder do Estado pelo PT?

O que eu digo é o seguinte: o PT tem voto para seu legítimo projeto de poder e seu legal aparelhamento do Estado.

Já a legitimidade do cargo PGR não o permite coordenar uma ação de estado para influenciar uma votação no Congresso Nacional.

Isso pode não ser compra de votos, mas não deixa de ser uma chantagem ou, no mínimo, uma ação de propaganda.

Tão ilegítima como o episódio do “Mensalão for Kids” no site do MPF.

Só para ilustrar, imagine o que acontece se a Força Aérea fizer um exercício de caças “em resposta” a uma negativa do Executivo ou Legislativo em renovar a frota?

Luis Nassif

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