A xenofobia francesa

 

Ex-império colonial para emigrantes: “não temos vocação para acolher”.

França: Pároco de Lille reza pela morte de Sarkozy

“Levem os ciganos para a vossa casa”

O ministro do Interior francês, Brice Hortefeux, desafiou ontem os que criticam as medidas adoptadas pela França contra a comunidade cigana a levarem os ciganos para junto das suas casas.

Por:F. J. Gonçalves com agências

“Quando condenam o desmantelamento de acampamentos insalubres, ilegais e indignos, gostava que fossem além das palavras e os instalassem nos seus municípios”, afirmou o ministro, alegando que o governo, que nos últimos dias repatriou cerca de 200 ciganos, está somente a cumprir a lei e sublinhando que outros países europeus seguem políticas idênticas sem qualquer escândalo.

Quanto às críticas da ONU e da União Europeia, Hortefeux instou a que “cada um cumpra as suas responsabilidades” e defendeu uma vez mais as expulsões: “Não temos vocação para acolher em França todos os ciganos da Roménia e da Bulgária”.

Mas continua a alastrar em França a revolta com a política do governo do presidente Nicolas Sarkozy, considerada xenófoba e racista por grupos de defesa dos direitos humanos e pela Igreja.

O arcebispo de Aix e Arles, Christophe Dufour, juntou ontem a sua voz ao coro de críticas, mas o ataque mais marcante chegou de um sacerdote que confessa rezar “para que o senhor Sarkozy tenha um ataque cardíaco”. O padre Arthur Hervet, de 71 anos, pároco de Lille, diz ainda que escreveu a Hortefeux para devolver a medalha da ordem nacional de mérito. 

Luis Nassif

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