Carlos Ghosn desembarca no Líbano

Ex-chefe da Nissan deixa Japão, de onde diz fugir de um sistema de justiça "fraudulento"; ele estava em prisão domiciliar e é acusado de má conduta financeira

Foto: REUTERS/Regis Duvignau/File Photo/Reprodução-Agência Brasil

Jornal GGN – O ex-chefe da montadora japonesa Nissan, Carlos Ghosn, desembarcou no Líbano nesta terça-feira (31) em um jato particular, depois de sair do Japão do que ele disse ser um sistema de justiça “fraudulento”. Nascido no Brasil, Ghosn possui cidadania libanesa e francesa.

Segundo a imprensa internacional, a partida do executivo é considerada uma reviravolta dentro de um processo de lançou um olhar mais crítico ao sistema judicial japonês, afetou a indústria automotiva global e ameaçou a aliança fechada entre a Nissan e a sua principal acionista, a montadora francesa Renault.

Não se sabe ao certo se ele fugiu da prisão domiciliar no Japão ou se foi feito um acordo para sua libertação. Veículos como The New York Times e Washington Post tratam o caso como uma fuga – Ghosn disse não acreditar que teria um julgamento justo no Japão, onde estaria sendo tratado como “refém político-industrial”.

Há muito tempo Ghosn é visto como um dos executivos expatriados mais bem sucedidos do Líbano, onde é sócio de diversas empresas. O governo libanês chegou a interceder em seu favor após sua detenção, ocorrida no ano passado em aeroporto no Japão, sob quatro acusações de delitos financeiros de conduta.

“Agora estou no Líbano e não vou mais ser refém de um sistema judicial japonês fraudulento, em que se presume culpa, a discriminação é desenfreada e direitos humanos básicos são negados”, disse Ghosn, em comunicado. “Não fugi da justiça — escapei da injustiça e da perseguição política. Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana.”

 

 

(Com Reuters e Folha de São Paulo)

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. AntiCapitalismo de Estado. O Estado Brasileiro deixou um Cidadão deste país ser linchado em praça pública, sem ao menos um agravo ou critica. Mesmo caso de abandono de José Maria Marin ou da chantagem judicial exercida pela Interpol, contra Paulo Maluf, um Congressista e Cidadão Brasileiro. ” A Justiça não deve ser usada para a vingança. Até porque o chicote pode mudar de mãos “. Aloprados parece que não aprendem. Anão Diplomático. Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

  2. Seria uma fuga? Que beleza!
    Fosse o presidente Lula e a manchete já seria afirmativa: Lula fugiu.
    Muito se tem discutido sobre democracia.
    A democracia morreu.
    Morreu quando a mídia, que sempre foi parcial,diga-se de passagem,passou ao justiçamento e a omissão completa quanto aos delitos dos seus.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador