Chomsky: Países ricos aceleram destruição do meio ambiente

Por Janah

Do Portal Vermelho

Noam Chomsky: EUA aceleram a destruição do mundo

Desde a Crise dos Mísseis de Cuba até o frenesi dos combustíveis fósseis, os EUA têm a intenção de ganhar a corrida para o desastre. Essa é a opinião do filósofo, linguista e ativista estadunidense Noam Chomsky.

5 DE JULHO DE 2013 – 10H06

Fonte: Odiario.info

“Pela primeira vez na história da humanidade, temos claramente desenvolvida a capacidade para nos destruir a nós próprios. Isto tem sido assim desde 1945. Agora, finalmente, reconhece-se que há processos de longo prazo como a destruição ambiental que conduzem na mesma direção”, assegura Chomsky no seu ensaio mais recente, publicado em Tomdispatch.com.

Segundo o linguista, as sociedades menos desenvolvidas estão tratando de mitigar ou de superar estas ameaças. “Não estão falando de guerra nuclear ou de desastre ambiental, estão realmente tratando de fazer alguma coisa a esse respeito”, diz.

O filósofo destaca as políticas de países como Bolívia, que tem “uma maioria indígena e requisitos constitucionais que protegem os direitos da natureza”, e Equador, que também tem uma grande população indígena “e é o único exportador de petróleo que conheço onde o governo procura ajudar a que esse petróleo permaneça no solo em lugar de o produzir e o exportar, e é no solo que ele deve permanecer”.

Segundo Chomsky, no outro extremo, as sociedades “mais ricas e poderosas da história do mundo, como Estados Unidos e Canadá, correm a toda a velocidade para destruir o meio ambiente o mais rapidamente possível. Ao contrário do Equador e das sociedades indígenas em todo o mundo, querem extrair até à última gota de hidrocarboneto da terra à maior velocidade possível”.

O outro assunto que Chomsky analisa é a guerra nuclear. “Acaba de passar o 50º aniversário da Crise dos Mísseis, que foi considerado o momento mais perigoso da história pelo historiador Arthur Schlesinger, assessor do presidente John F. Kennedy. Entretanto, o pior destes nefastos acontecimentos é que a lição não tenha sido aprendida ” afirmou.

“Neste momento el tema nuclear surge frequentemente nas primeiras páginas dos jornais, como sucede com a Coreia do Norte e o Irão”, aponta o ativista.

Os recentes exercícios militares da Coreia do Sul e dos EUA na península coreana, que suscitaram ameaças de Pyongyang de realizar um ataque nuclear, ter-se-ão certamente apresentado como ameaçadores do ponto de vista do Norte. “Também nós os veríamos como ameaçadores se tivessem ocorrido no Canadá e nos tomassem como alvo”, acrescentou.

“Isto desperta, sem dúvida, alarmes do passado. Eles recordam esse passado, e portanto reagem de forma muito agressiva e extrema. O problema não é que não existam alternativas, é que essas alternativas não sejam concretizadas. Isso é perigoso. E assim, se nos interrogamos acerca de como é que o mundo vai a parecer, a imagem que surge não é bonita imagem. A menos que as pessoas façam alguma coisa a esse respeito”, conclui Chomsky.

Luis Nassif

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