Do Estadão.com.br
Pena por adultério havia sido revista, mas iraniana será executada por participação na morte do marido
27 de setembro de 2010 | 15h 24
Efe
TEERÃ – O procurador-geral do Irã, Gholam Hussein Mohseni Ejei, anunciou nesta segunda-feira, 27, que Sakineh Mohamadi Ashtiani, a iraniana acusada de adultério e cumplicidade no assassinato de seu marido, foi condenada à morte por enforcamento por homicídio.
Em declarações divulgadas nesta segunda-feira pela agência de notícias local “Mehr”, Mohseni Ejei explicou que, “de acordo com a decisão do tribunal, Sakineh foi acusada de assassinato e condenada por este delito”.
SakiSakineh também havia sido condenada à morte por adultério – cuja pena é a morte por apedrejamento – mas a pena foi revista após a família do marido perdoá-la.
Sakineh foi condenada em 2006 por manter relações ilícitas com dois homens após ficar viúva, o que, segundo a lei islâmica, também é considerado adultério.
Em julho deste ano, seu advogado Mohammad Mostafaei tornou público o caso em um blog na internet, o que chamou a atenção da comunidade internacional. Perseguido pelas autoridades iranianas, ele fugiu para a Turquia, de onde buscou asilo político na Noruega.
O governo brasileiro ofereceu refúgio a Sakineh, o que foi rejeitado por Teerã. A pena de morte foi mantida por um tribunal de apelações, que acrescentou ao caso a acusação de conspiração para a morte do marido.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.