Ministro francês não confirma rumores sobre morte de Assad

Por Paulo F.

Do Diário de Notícias

Fabius recusa confirmar rumores sobre morte de Assad

por AFP, editado por Patrícia Viegas
Hoje

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, afirmou esta manhã na Europe 1 que os rumores sobre a morte do Presidente da Síria, Bashar al-Assad, não estão confirmados.

Questionado nesta rádio sobre o rumor de um assassinato de Assad às mãos de um guarda costas iraniano, Fabius admitiu a existência de um site que avança esta informação, mas acrescentou que “a mesma não está confirmada”.

Citado pela AFP, o chefe da diplomacia francesa apelou à unificação da oposição síria. “Se queremos evitar a implosão da Síria e que os extremistas se apoderem dela, é preciso uma solução política. E para isso é preciso um reequilíbrio no terreno das forças militares. (…) Desejamos que a oposição se una de novo (…) que a oposição continue nos limites reformistas e não estamos de acordo com uma deriva que seria uma deriva extremista”, declarou o político socialista.

Estas declarações de Fabius, que durante o fim-de-semana também foi forçado a pronunciar-se sobre a rebelião da República Centro-Africana e sobre a sorte de um refém francês capturado no Mali, surgem depois da notícia da demissão de Ahmed Moaz al-Khatib, líder da oposição síria. A demissão não foi, porém, aceite até ao momento pelo Conselho nacional da oposição. Por outro lado, o Exército Sírio Livre também recusou o novo “primeiro-ministro”.

Entretanto, o Conselho nacional da oposição anunciou que foi convidado para a cimeira da Liga Árabe, em Doha, e que será aí representada pelo seu “primeiro-ministro” Ghassan Hitto. Um responsável da Liga Árabe, que falou esta manhã à AFP a coberto do anonimato, confirmou que o lugar da Síria na Liga Árabe foi oficialmente atribuído à oposição síria. O regime do Presidente Bashar al-Assad está suspenso desta organização regional árabe desde 2011.

O conflito na Síria, que começou há dois anos com uma revolta contra Assad, já fez pelo menos 70 mil mortos, segundo números das Nações Unidas, e continua sem solução à vista.

Esta manhã surge também, via AFP, a notícia de que o líder do Exército Sírio Livre, o coronel Riad Assaad, foi ferido na explosão de um engenho explosivo no leste da Síria. A informação foi avançada pelo líder do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane.

Luis Nassif

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