Os bolivarianismos, segundo Piñera

Do Estadão

Piñera: modelo bolivariano de Chávez ‘não leva a lugar algum’

Presidente chileno diz respeitar a liberdade dos venezuelanos, cubanos e nicaraguenses, mas alerta que, no século XXI, é um erro crer em ‘modelo baseado em uma economia socialista’ 08 de julho de 2011 | 4h 19

Efe

MÉXICO – O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse na quinta-feira, 7, que o modelo bolivariano liderado por Hugo Chávez na Venezuela e Raúl Castro em Cuba, e que é seguido por Nicarágua e “talvez Bolívia e Equador”, não “leva a lugar algum”.

Em uma entrevista à cadeia Televisa, Piñera, que na quinta-feira iniciou uma visita de dois dias ao México, disse que na América Latina todos apreciam Simón Bolívar como um dos grandes libertadores e que sobre ele há duas visões na região.

“Há duas visões. Uma é a liderada por Chávez na Venezuela, Castro em Cuba e seguida de certa forma por Nicarágua e talvez Bolívia e Equador. Outra é a que compartilhamos México, Brasil, Colômbia, Peru e Chile”.

“É legítimo que os países escolham seu próprio caminho, mas acho que uma dessas duas visões não leva a lugar algum”, acrescentou.

Piñera assegurou que a outra visão, que é a que acredita “na democracia vital autêntica”, com alternância no poder, liberdade de expressão plena, economia baseada na iniciativa e no entendimento das pessoas e um Estado que luta contra a desigualdade, “deu resultados no mundo inteiro”.

O líder chileno disse que lamenta muito a recente doença de Hugo Chávez, a quem enviou sua “solidariedade e condolências, porque é uma doença que o afetou muito”.

“Respeito a liberdade dos venezuelanos, dos cubanos e dos nicaraguenses de escolherem seu modelo, mas, no século XXI, é um erro crer que o modelo baseado em uma economia socialista em que o Estado é o principal motor. Enfim, todos temos o direito de nos equivocar”, disse.

Piñera, que nesta sexta-feira, 8, se reunirá com o presidente mexicano, Felipe Calderón, participou na quinta-feira de uma

cerimônia onde foram condecoradas autoridades culturais do México com a Ordem Bernardo O’Higgins, a mais alta honra que o Chile concede a estrangeiros.

Os distintos em grau de comendador foram a presidente do Conselho Nacional para a Cultura e as Artes (Conaculta), Consuelo Sáizar, o diretor do Fundo de Cultura Econômica (FCE), Joaquín Díez-Canedo, e o reitor da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), José Narro.

Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador