Produto que explodiu em Beirute tinha como destino oposição armada síria, diz Jamil Chade

Segundo documentos oficiais, material explosivo foi apreendido antes de ir parar no país em guerra

Foto: Anwar Amro/AFP

Jornal GGN – A carga de nitrato de amônio, que explodiu a região portuária de Beirute, no Líbano, foi apreendida depois de uma suspeita de que poderia chegar às forças de oposição na Síria, país em guerra há quase 10 anos. As informações são do colunista Jamil Chade, no Uol. 

O governo libanês afirmou que a carga da substância tóxica “havia sido de fato apreendida em um barco de bandeira moldava, em 2013”.

No entanto, documento oficial de 5 de agosto obtido pela coluna, elaborado a partir de relatos feitos por fontes libanesas a diplomatas estrangeiros, revela que o produto estaria em um navio de bandeira turca, o Letfallah II, que teve sua carga apreendida em abril de 2012.

“O confisco, segundo os documentos, ocorreu no porto de Trípoli, pelas autoridades libanesas. O conteúdo, segundo essas fontes, iria para ‘grupos de oposição armada na Síria'”, destacou Chade. 

A explosão ocasionada pelo material na terça-feira, 6 de agosto, parte da capital libanesa. O incidente matou 150 pessoas e deixou mais de 5 mil feridos. 

Chade também aponta que, em 2016, segundo o canal Al Jazeera, autoridades portuárias do Líbano já tinham alertado o governo sobre o risco de manter o material inflamável no local. 

“A versão entre membros da diplomacia internacional coloca em questão a narrativa usada nos últimos dias de que o incidente foi apenas uma má gestão do porto e de seus armazéns, ainda que isso possa ter sido também um fator”, pontuou o colunista. 

Redação

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