Registros de La Paz: a capital multicultural da Bolívia, de onde Evo tenta reconstruir um país

Bloqueio de estrada feito pela COB, nos arredores de El Alto

Em viagem de férias a Bolívia e Peru, passei dois dias em La Paz, para se adaptar a altitude e, também, claro, ver de perto a nova Bolívia de Evo. O que pude perceber é que a região da capital boliviana passa por obras, parece reconstruir-se. São muitas obras, em uma região de pobreza e exclusão históricas. Na Bolívia a riqueza concentra-se em Santa Cruz de La Sierra, uma espécie de São Paulo conservadora e voltada para Miami deles.

Nas minhas voltas pelas ladeiras íngremes e com ar rarefeito de La Paz, encontro pobreza, mas também as obras que mencionei. Na região de El Alto, a caminho de Tiwanaku, vi, em fase final, o prédio da Universidade Pública de El Alto, uma promessa de campanha de Evo, prestes a ser inaugurada. Pode parecer pouco, muito pouco, mas para um país sempre governado a partir de Miami, por uma elite que sempre teve asco dos indígenas, pessoas com a cara de Evo que dominam a paisagem das regiões mais populosas do país, incluindo La Paz, é muita coisa, é uma obra histórica!

É verdade que o país ainda precisa, e muito, avançar econômica e socialmente, mas muito mesmo. Há muita coisa a ser feita, muitas oportunidades a serem criadas. Na Bolívia que testemunhei, nas ruas e nos passeios ao redor da capital, o boliviano parece lutar para superar todo o atraso de sucessivos governos, que por séculos, usurparam as riquezas do país e as transportaram para Miami, onde poderiam fazer uso circundados de “pessoas civilizadas”. É uma triste história, por ora combatida pelo primeiro governo indígena da Bolívia, que apesar de todo avanço conquistado até então, ainda precisará de muito mais para atenuar o cenário de pobreza que ainda assola uma região tão populosa como a de La Paz. Serão necessários tantos outros governo como o de Evo, sucessivamente, para não se permitir o regresso da exclusão dos mais pobres, por um Estado que governava apenas para cerca de 25% da população, que ignorava a miséria das “cholitas” nas ruas da capital.

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Redação

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