Um ano após o golpe, Honduras ainda é o retrato da fragilidade das instituições democráticas da região
A crise política de Honduras que completa um ano e culminou com a deposição de Manuel Zelaya, foi mais um capítulo da triste história de golpes de estado latinoamericanos. Demonstrou o quanto ainda são frágeis as instituições democráticas no continente americano, o acontencido por lá tem paralelo com as tentivas mal sucedidas de deposição de Chávez, na Venezuela em 2002, e, recentemente, com o movimento emancipador dos governadores dos departamentos mais ricos da Bolívia, amplamente apoiados por setores da imprensa sulamericana, para desestabilizar e derrubar o popular governo de Evo Morales.
Honduras teve desfecho negativo para a democracia da região, um perigoso precedente, graças ao apoio “branco” dos EUA e da complacência e obsolescência da OEA em condenar e reolver a questão. Somando esses dois movimentos com a cobertura distorcida e parcial da imprensa regional, é que foi possível afastar um governante eleito democraticamente do poder e realizar eleições com “cartas marcadas”, com o firme propósito de legitimar o estado de excessão, ignorar a lei e atropelar os fatos com versões viciadas e maldosas de grande parte da mídia latinoamericana, desde os EUA até o Brasil.
A política de criação de organismos de integração regional, como a UNASUL, tem uma perscpectiva positiva para a resolução de crises e de estabelecer mecanismos que estabeleçam barreiras de contenção contra a intromissão política de interesses estranhos aos países da região. Por isso um instrumento essencial para, entre outras tantas prioridades, fortalecer a democracia e as instituições que as garantem, alcançar o ideal de “Latino América para latinoamericanos”.
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