Internet favorece rearranjo de movimentos sociais

Por Marco Antonio L. 

A Geração Facebook e a nova classe trabalhadora chegaram às ruas do Brasil! – por Marcos Doniseti!

No Guerrilheiro ao Entardecer

As redes sociais, em especial o Facebook, tornaram-se um importante instrumento de mobilização e de organização de grupos e segmentos da sociedade que não encontram espaço para atuar organizações de perfil mais tradicional, como partidos políticos, igrejas, sindicatos e outros tipos mais antigos de associação. 

O jornalista Leonardo Sakamoto escreveu, em seu blog, um ótimo texto a respeito dos atuais protestos e manifestações que estão se espalhando pelo Brasil e que começaram como uma luta, liderada pelo MPL (Movimento Passe Livre), pela redução do valor das tarifas do transporte coletivo em inúmeras cidades do país, mas que já se transformaram em muito mais do que isso. 

Embora eu discorde de alguns pontos do texto do Sakamoto, principalmente quando ele diz que a chamada ‘Esquerda’ não soube transformar o país (na verdade, entendo que o aparecimento dessa Geração Facebook é fruto das mudanças promovidas no país principalmente pelo governo Lula e às quais o governo de Dilma deu continuidade e, em certos aspectos, aprofundou) o seu artigo levanta algumas questões que são, a meu ver, muito pertinentes. 

Esta luta, agora, adquiriu um caráter de defesa da liberdade de expressão, principalmente em função da brutal e violentíssima repressão promovida pela Polícia Militar do governo do governo do estado de São Paulo, comandado pelo PSDB desde 1995., contra a manifestação que se realizou nesta quinta-feira na capital paulista. 

Mas este movimento também se tornou algo mais, que é o desejo da população das grandes e médias cidades brasileiras de desfrutar de uma qualidade de vida melhor e não apenas no aspecto do transporte coletivo urbano (que é, inegavelmente, caro e de péssima qualidade em praticamente todo o país), mas também nas áreas da habitação, saneamento básico, saúde, educação, segurança pública (que se tornou um problema crônico na capital paulista e na Grande São Paulo), enchentes, poluição, lazer, esporte e cultura, principalmente nas periferias das cidades brasileiras, que são extremamente carentes de virtualmente tudo isso. 

Assim, é mais do que evidente que há uma grande demanda reprimida por qualidade de vida, principalmente nas cidades brasileiras, onde vivem cerca de 85% dos habitantes do país. Isso é óbvio. 

Neste aspecto, não há nenhuma novidade nisso que o Leonardo Sakamoto escreveu (ver link abaixo), pelo menos para mim e, creio eu, para milhões de outras pessoas. 

Essa demanda por serviços públicos de qualidade existe há muitos anos, é claro. 

Inclusive, escrevi nos meus blogs (neste e no Guerrilheiro do Entardecer), durante a campanha eleitoral de 2012, que os resultados das eleições municipais, pelo Brasil afora, mostravam, claramente, uma coisa:  Os novos prefeitos (ou aqueles que foram reeleitos) teriam que, prioritariamente, melhorar a qualidade do serviços públicos em geral (educação, saúde, transporte coletivo, saúde, saneamento básico, moradia, etc). 

Sem isso, eles iriam fracassar. 

A questão das redes sociais, principalmente o Facebook, que permite que novos atores sociais possam se mobilizar, se organizar e, daí, promover manifestações que atingem e reúnem milhares de pessoas, é que me parece ser a grande novidade desse movimento de protesto que se desenvolve atualmente e ao qual o Sakamoto dedicou boa parte do seu texto.

O presente movimento se organiza ‘por fora’ dos partidos políticos, sindicatos, igrejas e associações de perfil mais tradicional, embora haja pessoas das mais variadas tendências políticas, econômicas, sociais, partidárias, não partidárias, religiosas, não religiosas, étnicas, de gênero e comportamento individual participando do mesmo. 

Aliás, entendo que não são esses fatores que os unem. 

Penso que aquilo que mais aproxima e promove a sua união, de fato, é essa determinação em cobrar dos governantes, independente do partido a qual pertençam, uma sensível melhora dos serviços públicos, que devem se tornar acessíveis, de fato, a todos e, é claro, de boa qualidade. 

Pelo menos é isso que alguns dos principais porta-vozes do movimento denominado MPL (Movimento Passe Livre), que se pretende não hierarquizado e que não possuiria líderes definidos que diriam aos outros o que fazer ou não fazer, dizem.  

Geração Facebook se manifesta em Belo Horizonte. 

Esta é a ‘Geração Facebook’ chegando às ruas do Brasil, se manifestando, apresentando as suas demandas, desejos, ambições, o que é algo muito saudável sob o aspecto da construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática e na qual todos possam trabalhar, estudar, se divertir, se informar e viver dignamente. 

Mas vejam que mesmo isso somente foi possível em função das inegáveis melhorias econômicas e sociais e da ampliação muito forte do acesso à Internet que tivemos nos últimos anos no Brasil e pelos quais os governos Lula e Dilma tem uma grande responsabilidade. 

Inclusive porque foram os seus governos que baratearam o preço do computador, reduzindo os impostos cobrados sobre o mesmo (vide link abaixo), aumentaram o poder de compra dos salários (que aumentaram cerca de 30% em termos reais desde 2003), reduziram o custo do crédito (a oferta de crédito na economia passou de 22% do PIB, em 2002, para 53,9% do PIB em Março deste ano; eu comprei o meu atual notebook, e o anterior também, em 12 suaves prestações mensais que não pesaram no meu salário) e os juros para o consumidor também tiveram uma queda sensível. O número de trabalhadores com carteira assinada aumentou em 19 milhões entre 2003-2012, enquanto a taxa de desemprego atual é a menor da história. E o poder de compra do salário mínimo atingiu o seu maior nível desde 1979. 

Entendo que sem a ascensão de 50 milhões de brasileiros em termos econômicos e sociais, durante o período 2003-2012 (governos Lula e Dilma), nada disso estaria acontecendo e esta Geração Facebook sequer existiria ou seria tão reduzida, uma  pequena elite, que a sua atuação teria pouco ou virtualmente nenhum impacto sobre a sociedade brasileira. 

Não vejo como negar que essa Geração Facebook, que também incluir milhões de jovens das periferias das grandes e médias cidades brasileiras, em especial, seja criação das políticas de distribuição de renda e pró-crescimento econômico adotadas pelos governos Lula e Dilma. 

Sakamoto faz isso em seu artigo, mas penso que, neste aspecto, ele está inteiramente equivocado. 

Assim, não existiria uma ‘Geração Facebook’ no Brasil sem o acesso facilitado para a aquisição do computador, seja porque os preços dele diminuíram ou porque os salários tiveram um significativo aumento no seu poder de compra, o desemprego diminuiu fortemente desde 2004, os juros ao consumidor baixaram de maneira significativa (embora ainda sejam muitos elevados) e a oferta de crédito mais do que dobrou no país de 2003 até hoje.  

E essa população (jovens, em grande parte) passou a ter maior poder de compra e a se informar melhor pela Internet (onde as fontes de informação são infinitamente mais diversificadas do que as oferecidas pela Grande Mídia tradicional), trocando idéias, informações e opiniões. 

E isso levou a que tivessem a oportunidade de criar novas formas de mobilização e de organização, permitindo que se manifestassem de uma maneira não-tradicional, por fora das organizações tradicionais da sociedade civil (partidos políticos, igrejas, sindicatos, etc), pois estas, de certa maneira, já tem os seus donos, sejam líderes políticos tradicionais ou movimentos sociais organizados e estabelecidos já há muito tempo. 

E agora essa ‘Geração Facebook’ está indo às ruas para cobrar o atendimentos a velhas e tradicionais demandas(educação, saúde, transporte coletivo de qualidade, entre outros) bem como a novas (respeito à diversidade de comportamento, liberdade e autonomia individual). 

Exemplos disso foram declarações feitas por jovens participantes do protesto que aconteceu em Belo Horizonte, neste Sábado (dia 14/06/2013). 

Entre outras, selecionei estas duas declarações:

1) Cansei de ficar em casa sem fazer nada. A questão do ônibus é um ponto, é apenas o lema. Os governantes precisam olhar e melhorar saúde e educação – afirma o estudante Luiz Gustavo, de 17 anos.

2) Luana Máximo, do Colégio Tiradentes, também se queixa do preço da passagem.

– Faço pré-vestibular, uso o ônibus todo o dia e valor da passagem é um absurdo se comparado a precariedade do serviço oferecido. A população precisa sair da inércia – disse.

E esses novos atores sociais não demonstram muito respeito pelas lideranças e organizações tradicionais, mesmo que estas tenham tido um papel importante na construção de uma realidade na qual os jovens atuais possam atuar e se manifestar. 

Já vi, por exemplo, um membro simpatizante do MPL que está sendo beneficiado pelo programa ‘Ciência Sem Fronteiras’, criado pelo governo Dilma, ofender a presidenta em sua página no Facebook. É como se eles estivessem dizendo: ‘Vocês lutaram contra a Ditadura? Geraram milhões de novos empregos com carteira assinada? Aumentaram o poder de compra dos salários? Legal. Mas agora eu quero mais!’. 

Em seu livro ‘A Política do Precariado’, o sociólogo Ruy Braga reconhece que tivemos avanços econômicos e sociais no Brasil nos últimos 10 anos, mas diz que os mesmos não acabaram com a situação de precarização de grande parte dos trabalhadores brasileiros e que 94% dos novos empregos criados entre 2002 e 2010 pagam até 1,5 salário mínimo, o que é muito baixo, sem dúvida alguma. 

E é claro que isso gera uma frustração e levam estes trabalhadores (muitos deles jovens) a ter o desejo de acelerar o processo de melhoria das suas condições de trabalho e de vida. Afinal, ninguém quer ficar ganhando 1,5 salário mínimo durante a vida toda, né? 

E daí para sair ás ruas e fazer reivindicações por mudanças neste sentido não demora muito, não. Ainda mais que mesmo no caso destes milhões de jovens trabalhadores e que recebem baixos salários, acessar a Internet e o Facebook a fim de se conectar com milhares de outros jovens em situação parecida com a sua é algo que já faz parte da sua vida há alguns anos. 

Portanto, entendo que essas manifestações refletem uma inquietação social real na sociedade brasileira por parte deste segmento, os jovens trabalhadores pobres, em especial, que manifestam o desejo de desfrutar de uma qualidade de vida superior. 

O emprego ele já tem, mesmo que precário, mas ele quer e deseja MAIS. E quem poderá lhe negar o direito de lutar por isso? Ninguém, a não ser os fascistas, é claro. 

Logo, tais manifestações não são resultado, apenas e tão somente, como pensam alguns, das ações levadas adiante apenas por parte dos filhos de uma classe média mais tradicional, bem de vida no aspecto material e que estuda em caros colégios particulares durante o ensino fundamental e médio e que são os que cursam as melhores universidades públicas do país. 

Longe disso.

No entanto, entendo que esse caráter de luta demonstrado pelos jovens da Geração Facebook enterram, de certa maneira, aquela tese do caráter ‘conservador’ do lulismo. Segundo os defensores dessa ideia, o lulismo teria meio que anestesiado a população brasileira, fazendo com que ela desistisse de lutar pela ampliação dos seus direitos e de suas conquistas.

Agora, estas manifestações da Geração Facebook que se espalham por grande parte do país, e que contam, sim, com uma participação significativa de jovens trabalhadores pobres das periferias das grandes e médias cidades brasileiras e que foram beneficiados pelas políticas de distribuição de renda e favorável ao crescimento econômico adotadas pelos governos Lula e Dilma, enterram com esta ideia. 

Afinal, que raio de conservadorismo é esse que não impediu que essas manifestações acontecessem e se espalhassem por grande parte do Brasil?

Isso me lembra a velha história de que Getúlio Vargas tinha sido ‘Pai dos Pobres’ e que isso impediria os trabalhadores de se mobilizarem de forma autonôma. Até que, em 1953, tivemos o maior movimento grevista da história do Brasil até aquele momento, que foi a ‘Greve dos 300 mil’, e que aconteceu, portanto, em pleno governo democrático de Vargas. 

Essas manifestações que se espalham pelo Brasil, atualmente, são a ‘Greve dos 300 mil’ de nossa época. 

O livro de Marcio Pochmann demonstra como se formou uma Nova Classe Trabalhadora no Brasil dos governos Lula e Dilma. 

Neste aspecto, estes jovens da Geração Facebook me fazem recordar os Punks que, quando apareceram no cenário do rock, lá por volta de 1975-1977, na Grã-Bretanha, que também não demonstravam nenhum respeito pelos grandes grupos e artistas consagrados de Rock do passado e tampouco pela Rainha (‘God Save the Queen’, lembram?).

Lembram-se de Paul Cook e Johnny Rotten, dos Sex Pistols, usando a camiseta onde se lia ‘I Hate Pink Floyd’? E Johnny Rotten vivia dizendo ‘Eu não sei o que eu quero, mas sei como conseguir. Eu quero destruir’. 

Talvez a Geração Facebook seja parecida com isso, demonstrando desprezo pelos ‘Heróis do Passado’, como por aqueles que lutaram contra a Ditadura Civil-Militar (como é o caso da Presidenta Dilma) e, ao mesmo tempo, desejando mudanças e transformações rápidas para atender aos seus desejos de mudança e de transformação.

A questão é: esse movimento veio para ficar ou não? Eles conseguirão manter o mesmo pique e energia que demonstram atualmente ou tudo não terá passado de uma onda passageira? Surgirão líderes ou os movimentos manterão esse caráter anárquico?

O acesso à Internet e às redes sociais como o Facebook podem facilitar a vida desta geração, mas isso somente poderá transformar a realidade se o desejo de mudança e de transformação não esmorecer. Essa geração possui os instrumentos para continuar agindo e intervindo no cenário político e social do país, sem dúvida. Resta saber se continuará tendo a energia e a determinação necessárias para isso ou se acabará se esvaziando.

De uma coisa é certa: os governantes do país terão que se ver com as novas demandas, desejos e ambições da Geração Facebook e desta Nova Classe Trabalhadora, sim, mesmo que o movimento não mantenha o seu pique atual por muito tempo. 

Esta vontade de transformação que se manifestou na sociedade brasileira, com estas manifestações, está diretamente conectada com os desejos de transformação de dezenas de milhões de brasileiros que compraram TV de LCD, computadores, celulares, notebooks, tablets, smartphones, iphones, carros, casa, geladeira, sim. 

Mas, agora, eles desejam desfrutar de uma qualidade de vida muito melhor também fora de casa, com acesso à serviços públicos de qualidade e acessíveis em todas as áreas: transporte coletivo, educação, saúde, segurança pública, moradia, saneamento básico, cultura, esportes, lazer.

Agora, penso que essa vontade de transformação desta nova geração também está relacionada com outros aspectos, de princípios, valores e de comportamento, em especial. 

Entendo que eles também querem ser donos de seu destino, sem que nenhum líder político ou religioso lhes diga o que fazer, como pensar ou ainda em como viver as suas vidas, sobre o que desejam beber, fumar ou como querem se divertir. 

Desta maneira, penso que estes protestos são, também, uma demonstração de revolta e de indignação e uma manifestação de resistência de milhares de pessoas que reagiram a estes ‘Felicianos e Malafaias’ que apareceram no cenário social e político do país nos últimos anos e que se utilizam de um discurso brucutu, troglodita e reacionário, típico de uma teocracia medieval, principalmente no aspecto do comportamento individual. 

Estatuto do Nascituro? Registrar o nome do estuprador como se fosse o pai da criança e por quem a mãe foi violentada brutalmente? 

Vão se f…, diz a Geração Facebook. 

E há também um certo repúdio às velhas práticas políticas, como a dos partidos fazerem coligações com todos os outros partidos. Daí, muitos destes jovens devem se perguntar: Mas se todos os partidos se aliam a todos os outros, então quais são as reais diferenças entre eles? 

Até o PSOL, que anteriormente repudiava tais alianças, já começou a fazê-las até mesmo com lideranças e partidos conservadores, como Sarney, o PSDB, DEM e PTB (ver link abaixo), tal como ocorreu na eleição em Macapá, no ano passado. 

É claro que tais diferenças existem, mas vá tentar explicar isso para eles…

Então, caso esses governantes não se preocupem ou não consigam atender aos desejos de mudança, e que são reais (tanto no aspecto material, social, econômico, bem como em questão de princípios, valores e de comportamento), e de continuidade de melhorias apresentadas pela Geração Facebook (e com grande parte desta sendo também integrante da nova classe trabalhadora criada pelos governos Lula e Dilma), então eles que se preparem para enfrentar a ‘fúria das ruas’, pois estas pessoas já descobriram que tem o poder de se mobilizar, de se organizar e de fazer com que as suas vozes sejam ouvidas.

Quem quiser ouvir a voz das ruas, que ouça. 

E aqueles que não conseguirem descobrir para qual direção o vento está soprando correrá o sério risco de perder o trem-bala da história . 

Geração Facebook manifesta desprezo pelas lideranças e organizações políticas e sociais tradicionais, tal como os Punks demonstravam pelas bandas de rock consagradas de antigamente, como o Pink Floyd.

Texto Complementar:

No texto abaixo (que escrevi e publiquei em Novembro de 2012) no qual contestei a tese defendida pelo Vladimir Safatle (na época da campanha) de que a eleição paulistana tinha manifestado uma tendência mais ‘conservadora’ e comentei os resultados das eleições municipais. 

Neste artigo, já apontava para a emergência de novas demandas e desejos por parte da população e que os novos governantes do país (os prefeitos, naquela ocasião) precisariam atender às mesmas se quisessem se manter no poder. 

Assim, irei reproduzir alguns trechos mais significativos do mesmo, pois entendo que ele já antecipava, de certa maneira, e mesmo que de forma parcial, esse movimento que está acontecendo neste momento e que tem, como uma das suas grandes bandeiras, a melhoria da qualidade dos serviços públicos, o transporte coletivo em especial, mas também o da educação, saúde, segurança pública, entre outros:

“Vitória e votação de Haddad no 2o. turno colocam em xeque tese sobre suposta ‘ascensão conservadora’ em São Paulo! – por Marcos Doniseti!

“Agora, essa população que ascendeu social e economicamente durante os governos Lula-Dilma tem nova ambições e desejos. 

E penso que ela, agora, quer mais do que simplesmente comprar um aparelho novo de TV ou de celular. Isso ela, em grande parte, já possui. Agora, o que essa parcela da população mais deseja é ter acesso a serviços públicos de qualidade, como os de educação, saúde, transportes coletivos, segurança pública. 

Alguns especialistas, como é caso do economista Marcelo Neri, se referem a essa camada como sendo uma ‘nova classe média’, enquanto que outros, como é o caso do também economista Marcio Pochmann, preferem denominá-la de ‘nova classe trabalhadora’.Independente disso, o fato é que esse segmento da população quer continuar melhorando de vida e deixou isso bem claro nestas eleições municipais.    

Como disse a campanha de Fernando Haddad, a vida desta parcela mais pobre da população melhorou bastante da porta de casa para dentro. Agora ela deseja que a sua vida melhore da porta de casa para fora.

E é bom que fique bem claro uma coisa: Os governantes que não entenderem esse recado que a população deixou nas urnas  nestas eleições, podem começar a se preparar para desfrutar de uma longa aposentadoria, pois não vencerão mais eleição alguma. E isso vale, inclusive, para os prefeitos recentemente eleitos. 

Quem viver, verá.”.

Haddad se elegeu apontando para uma melhoria da qualidade de vida dos paulistanos, principalmente os da periferia. Tal como outros dos mais de 5500 prefeitos eleitos em 2012, ele terá que cumprir com esse compromisso caso queira fazer um governo bem avaliado pela população da capital paulista. 

Links: 

Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar – por Andre Borges Lopes:

 

http://www.sul21.com.br/jornal/2013/06/jovens-vao-as-ruas-e-nos-mostram-que-desaprendemos-a-sonhar-por-andre-borges-lopes/

 

 

Leonardo Sakamoto: O poder público não consegue entender as  manifestações de São Paulo

http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/06/15/o-poder-publico-nao-consegue-entender-as-manifestacoes-de-sao-paulo/

Vitória e votação de Haddad no 2o. turno colocam em xeque tese sobre suposta ‘ascensão conservadora’ em São Paulo! – por Marcos Doniseti!

 

http://guerrilheirodoanoitecer.blogspot.com.br/2012/11/vitoria-e-votacao-de-haddad-no-2o-turno.html

Jovens protestam contra o Estatuto do Nascituro no RJ:

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/15/protesto-contra-estatuto-do-nascituro-reune-jovens-em-copacabana.htm

Computadores de até R$ 4 mil tem redução de imposto:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u113916.shtml

Oferta de crédito atinge 53,9% do PIB em Março de 2013:

http://guerrilheirodoentardecer.blogspot.com.br/2013/04/oferta-de-credito-atinge-539-do-pib-em.html

Número de internautas cresceu 10 milhões entre 2009 e 2011 no Brasil:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=194530&id_secao=6

Salário Mínimo tem o maior poder de compra desde 1979:

http://sindjuf-pa-ap.jusbrasil.com.br/noticias/100278422/dieese-relacao-entre-minimo-e-cesta-basica-e-a-maior-desde-1979

Cerca de 8 mil manifestantes fecham o trânsito e descumprem decisão judicial em BH:

http://oglobo.globo.com/pais/cerca-de-8-mil-manifestantes-fecham-transito-descumprem-decisao-judicial-em-bh-8700194

Ruy Braga: Condição de insegurança é a regra do mundo do trabalho hoje:

http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4920&secao=416

Em Macapá, o PSOL se alia a Sarney, o PSDB, DEM e PTB:

http://www.pstu.org.br/conteudo/em-macap%C3%A1-psol-vence-mas-com-apoio-do-dem-ptb-e-psdb

Conservadorismo – O filho bastardo do lulismo:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/64413-o-filho-bastardo.shtml

A ascensão conservadora – por Vladimir Safatle:

http://www.youtube.com/watch?v=ZjiQQlgkBVM

A Greve dos 300 mil de 1953:

http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NoGovernoGV/Trabalhadores_movimento_sindical_e_greves

Luis Nassif

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