Manifestação contra o aumento da passagem vira comemoração

Jornal GGN – O próximo passo será exigir a revogação das prisões de militantes feitas durante os protestos pela redução das passagens, afirmam porta-vozes do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo e do coletivo Juntos, organizações ligadas às manifestações realizadas na cidade, durante as últimas duas semanas.

Eles receberam a notícia da revogação do aumento das passagens do transporte público, anunciada no final da tarde desta quarta-feira pelo prefeito Fernando Haddad e pelo governador Geraldo Alckmin, durante encontro num bar da Rua da Abolição, a uma quadra da Câmara dos Vereadores de São Paulo. A reunião tinha sido marcada para elaborar as ações do protesto previsto para esta quinta-feira (20), exigindo mais uma vez a redução das passagens na capital paulista.

“O ato de amanhã será convertido agora em comemoração já que se conseguiu reduzir a tarifa na cidade de São Paulo e também do Rio de Janeiro”, disse Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo ao Jornal GGN. “E toda uma geração que não pegou os protestos do Fora Collor ou das Diretas Já tem uma dupla comemoração, pois fez isso sem a experiência de movimentos anteriores”, completou Altino.

O militante do coletivo Juntos, Maurício Costa de Carvalho, confirmou que o ato de quinta-feira será mantido em um misto de comemoração e de novas exigências, desta vez focadas na revogação de prisões de manifestantes feitas durante os atos das últimas duas semanas. Até terça-feira passada, ao menos 11 pessoas permaneciam detidas, pela Polícia Militar. 

Altino acrescentou que a vitória dos R$ 0,20 abrirá debates para a construção de outras pautas do Movimento Passe Livre (MPL), como ampliação das linhas de metrô, dos corredores de ônibus e, futuramente, tarifa zero nos meios de transporte.

Tanto para Maurício quanto para Altino existe espaço para exigir melhoras na infraestrutura do transporte público em São Paulo, sem cortar gastos em setores importantes como saúde e educação, a partir da renegociação das dívidas que o estado e o município têm com a União e da redução nos lucros das empresas de transporte.  

“O mais importante dessa luta é que ela vai além da questão de não onerar mais o povo, não permitindo uma exploração maior, porque ele soube se organizar e ir às ruas pelos seus direitos”, pontuou Maurício.

Redação

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