Mensalão deu ‘injeção de vitalidade’ para a oposição

Por j@iro, de sp

Comentário ao post “A repetição da história

Meus caros, em minha não tão modesta opinião (não tão modesta porque já vivi e vivenciei muito este país e tenho a infelicidade de conhecer do quê e principalmente do quanto a direita brasileira é capaz) digo que a situação é grave.

A oposição, que andava quase totalmente desmoralizada, ganhou uma injeção de vitalidade monumental com o modo como corre o julgamento do assim-chamado  ”mensalão”.  Nem os mais fervorosos eleitores de José Serra, Alvaro Dias, ACM Neto et caterva, em seus mais ardentes delírios, ousariam supor que as coisas chegassem a esse ponto.

De repente, todos aqueles recalques e as variadas formas de frustração que assomem ao universo emocional do brasileiro médio (com isso quero dizer o seguinte, uma média de nossa população que não é a média aritmética, é a média ponderada, ou seja, quem pode mais, quem tem mais, e principalmente quem tem mais força para ser ouvido, lido e visto, foram alçados ao paraíso.

É o seguinte, minha gente: todas aquelas frases feitas, batidas e esgarçadas, mas que nunca morrem, enfim têm a chance de se realizar, de ver seus anseios realizados. Estou falando dessas frases como “político é tudo ladrão”, “se está sendo processado é porque alguma coisa ele fez”, “polícia não pode dar moleza prá bandido, tem mais é que matar”, e por aí vai.

A direita pode não ter voto (vejam bem, em eleições inteiramente livres, em que todos possam apresentar seus projetos, suas idéias, e possam criticar e ser criticados livremente pelos adversários). Mas o que a direita tem de sobra é a capacidade de expor suas idéias (idéias? estou sendo bondoso), de ser ouvida, lida e vista de norte a sul do país.

De repente, esse senhor Joaquim Barbosa, transformou-se num queridinho da mídia. Para o brasileiro médio, de repente, chega alguém destemido, independente, sem papas na língua, que fala em voz alta para todo o Brasil, o que esse “brasileiro médio” quer ouvir.  

Escrevi lá em cima que a situação é grave. Errei. É mais do que grave. É gravíssima.

E eu sei de quem é a culpa. DE QUEM É TODA A CULPA.

Queria dar um recado curto e grosso. Não sei se fui grosso, mas sei que até aqui curto não fui.

Tenho mais, muito mais a escrever.  É o que farei, se isso que escrevi até aqui, tiver merecido a atenção de vocês.  

Luis Nassif

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