Mourão se encontrou com invasor da embaixada venezuelana, por Jamil Chade

Agenda do Planalto confirma que Tomás Silva se reuniu com vice-presidente duas vezes; invasor é visto como "número dois" da embaixadora María Teresa Belandria

Jornal GGN – O líder da invasão à Embaixada da Venezuela em Brasília, Tomás Silva, esteve duas vezes no Palácio do Planalto durante o governo Jair Bolsonaro. Os encontros foram com o vice-presidente Hamilton Mourão nos dias 15 de abril e 24 de julho deste ano.

As informações são do jornalista Jamil Chade, em artigo publicado no portal UOL. Tomás Silva se autoproclama ministro-conselheiro, e é tido como “o número dois” de María Teresa Belandria, nomeada embaixadora da Venezuela no Brasil por Juan Guaidó.

Na agenda da reunião mais recente, consta que o vice-presidente recebeu o diplomata como “enviado especial para assuntos de Direitos Humanos do Presidente Juan Guido (sic)”. María Teresa Belandria participou das duas reuniões, ambas realizadas no gabinete da Vice-Presidência do Palácio do Planalto.

O chefe de gabinete adjunto da Vice-Presidência da República, Álvaro Gonçalves Wanderley, também participou da reunião do dia 24 de julho, assim como o chefe da assessoria diplomática, Juliano Nascimento, que também esteve presente na reunião do dia 15 de abril.

Silva é considerado o “o número dois” da embaixadora María Teresa e, assim que a invasão foi iniciada, ele gravou um vídeo em que se apresenta como líder da iniciativa.

O Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer Guaidó como presidente da Venezuela e, desde então, o governo Bolsonaro credenciou uma embaixadora e até mesmo abriu espaço na delegação na Assembleia Geral da ONU para integrantes da oposição ao governo Nicolas Maduro, em uma atitude considerada rara pela diplomacia internacional.

Redação

6 Comentários

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  1. Houve um momento no início deste governo que ficou uma dúvida no ar: parecia que o comportamento destemperado, aloprado e sem nenhuma medida governamental que objetivasse eliminar ou dirimir o caos social que o país vivia (e vive ainda), seria tomada pelo chefe da nação que não tinha a menor noção de estadista e neste governo caótico havia relampejos de um comportamento de estadista no vice. Mas com o correr dos dias, vimos que o vice é tal qual o chefe. Perpetrar uma invasão a embaixada venezuelana via governo em pleno século XXI é inimaginável! A palavra aloprados não chega perto do real adjetivo que qualifica suas ações. Passarão para a História como uma nódoa que vai manchar nossa República.

  2. Veículo usado na invasão do território estrangeiro (é assim que as embaixadas são vistas em países civilizados) era do marido da atual presidente do rotary clube de Brasília. A organização decadente que foi criada num período de caça a corruptos nos EUA, mostra que é nada mais que antro corrupto no pior estilo lavajatista. A conivência, incentivo e talvez organização da invasão por militares dos porões só reforçam o desprezo pela vida humana, em suas ações terroristas.

  3. Mourão apoia terroristas! Bolsonaro apoia terroristas! É isso que esses invasores são: terroristas. Por isso tais terroristas não foram presos e simplesmente saíram da embaixada da Venezuela. Nossa Constituição não dá respaldo a tais atitudes. Bolsonaro, seu filho e Mourão juraram cumprir e defender a Constituição. Como ocupantes de cargos públicos, devem ser processados e devem pagar por essa violações a nossa Constituição.

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