Na Argentina, os protestos contra Cristina Kirchner

Atualizado às 14h17

Panelaço contra Cristina Kirchner. Os argentinos querem mais segurança, menos inflação, transparência das estatísticas oficiais, independência dos poderes, fim das barreiras contra as importações e pagamento aos aposentados, entre outros pedidos. Também se manifestaram contra a possibilidade de uma reforma constitucional que habilitaria Cristina a concorrer a um terceiro mandato.

http://www.gazetamaringa.com.br/online/conteudo.phtml?tl=1&id=1316581&tit=Panelaco-contra-Cristina–Kirchner-mobiliza-todo-o-pais

Leo La Valle/EFE / Manifestantes contra o governo se concentram no Obelisco, símbolo de Buenos Aires

Por Ledour

Do G1

Milhares vão às ruas na Argentina contra Cristina Kirchner

Multidão ocupou o Obelisco e a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada. Eles protestam contra a insegurança, a corrupção e a reeleição de Kirchner.

Da France Presse

Milhares de argentinos saíram às ruas de Buenos Aires nesta quinta-feira (8) para um “panelaço” contra a insegurança, a proibição da compra de dólares, a corrupção e a reeleição para um terceiro mandato da presidente Cristina Kirchner.

A multidão ocupou o Obelisco, tradicional monumento em Buenos Aires, sob um grande cartaz com a frase “Chega de matar”, em alusão à crescente violência criminal no país. O protesto também invadiu a tradicional Praça de Maio, diante da Casa Rosada, sede do governo.

 Natacha Pisarenko/AP)

Manifestantes se reúnem ao redor do Obelisco na capital argentina (Foto: Natacha Pisarenko/AP) AFP)Protesto é contra o aumento da inflação, dos índices de criminalidade e da corrupção. (Foto:AFP)

Outro fator que motivou o protesto foi o apagão que atingiu nas últimas horas a capital argentina e sua periferia, em meio a um calor fora do comum.

“Não gosto do autoritarismo de Cristina. Não pode fazer o que quer porque foi reeleita com 54% dos votos”, disse Federico Chelli, um estudante de 20 anos.

Kirchner chegou ao poder em 2007 e em 2011 foi reeleita para um segundo mandato, que concluirá em 2015. A Constituição argentina não permite uma segunda reeleição, mas setores do governo já falam em uma reforma ao estilo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, o que é rejeitado por mais de 80% da população, segundo pesquisas.

No entanto, as principais preocupações dos argentinos são com a violência crônica e a inflação, ainda segundo as pesquisas.

 Natacha Pisarenko/AP)

Manifestante bate panela durante protesto, nesta quinta-feira (8), em Buenos Aires. (Foto: Natacha Pisarenko/AP)

As últimas pesquisas de opinião revelam uma significativa queda na aprovação de Kirchner — reeleita em outubro passado com 54% dos votos — devido ao agravamento da situação econômica na Argentina provocado pela crise internacional.

As eleições para a renovação da metade da Câmara dos Deputados e de um terço do Senado estão previstas para outubro de 2013, e segundo os analistas, dificilmente Kirchner obterá uma vitória capaz de lhe assegurar os dois terços do Congresso necessários para reformar a Constituição.

Mundo
O protesto foi acompanhado por argentinos que vivem em Nova York, Washington, Paris, Roma, Madri, Toronto e Miami.

Em Londres, cerca de 150 argentinos repetiram o “panelaço” diante da embaixada da Argentina.

“Quero voltar, mas como a situação está agora não é possível. Está muito complicado para todos”, disse à AFP Micaela, uma jovem de 29 anos que mora há três na capital britânica, onde trabalha com pesquisa de mercado.

Luis Nassif

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