O admirável mundo novo

Não consegui encontrar o link do artigo “E venceu a frugalidade”, do Sérgio Augusto, no caderno Aliás do Estadão. Clique aqui (com a ajuda de vocês, achei).

O Sérgio é um craque que junta experiência de vida, leitura eclética, pesquisa, anti-pedantismo (que acomete todos os candidatos a Paulo Francis) e sensibilidade social e política.

O artig analisa um dos aspectos mais relevantes da atual crise mundial: a frugalidade, imposta pela crise econômica.

O artigo ainda se concentra muito nas consequências imediatas da crise sobre diversos setores das artes – arquitetura, revistas, cinema.

Mas um tema recorrente, nos próximos anos, será a mudança radical nos hábitos, costumes, valores, onde a tônica será, justamente, a frugalidade, a solidariedade, o fim do consumismo desvairado, da busca do sucesso a qualquer preço, da possibilidade das grandes tacadas financeiras – com profundas implicações sobre a formação dos jovens.

Vem aí um mundo novo, cujo profeta é meu amigo e guru Ignacy Sachs.

Luis Nassif

10 Comentários

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  1. O problema vai ser tirar o
    O problema vai ser tirar o brinquedo preferido da classe média, que é justamente consumir sem limites.

    Além de grande estadista, o Sr Crise é um grande professor.

  2. Disse Karl Lagerfeld: “This
    Disse Karl Lagerfeld: “This whole crisis is like a big spring housecleaning — both moral and physical… Bling is over. Red carpetry covered with rhinestones is out. I call it ‘the new modesty.’ ”
    (Toda esta crise é como fazer em casa uma grande faxina de primaveira, tanto moral como física…. O bling está fora. Tapetes vermelhos cobertos de strass estão fora. Eu chamo isto da “Nova Modéstia”)

  3. sergio augusto é dez.
    que
    sergio augusto é dez.
    que legal ler isto aqui acima.
    mas que bom mesmo.

    eu tambem acho isso, nassif e leitores, acho não – encontro, quase todo dia.
    e a frugalidade será ser tanto mais comum quanto mais pessoas tiverem acesso a mais satisfação material, de conhecimento, espiritual etc.
    ou isso ou isso, ja que o exercito americano tb. quebrou…

    a china, p.ex., chegar ao nivel de consumo americano é inviavel e eles sabem disso lá.
    a proposta de criar uma elite perdularia é chamariz elementar mas insustentavel a medio prazo; não há africa que dê.

    li há tempos por aí que o capitalismo tinha encontrado seu limite não numa contraposição tipo ideologica/ filosofica/ economica como comunismo ou socialismo, mas no ‘ambiente’, na limitação pura e simples do tamanho da terra e do conhecimento humano, particularmente da capacidade de recuperação destes, finitos/as ambos/as.

    dizia que a economia neoclassica simplesmente não tem como resolver isso, pois trabalha c/ a hipotese dessa quase infinita competencia, seja capitalista ou comunista…

    como o conceito da globalização, se desenvolvendo nos ultimos 500 anos, foi ‘colonizado’ pelo neo(con)liberalismo, encobriu-se que a ‘mundialização’ da vida e do saber, que vamos vivendo a cada dia mais, tb. é um limite a esse processo suicida coletivo, de privilegio de uns em detrimento de todos os demais.

    e pior, c’uma base economico/ ecologica equivocada: as teorias são todas de um tempo/ mundo c/ uns 500 milhões/ 1 bilhão de seres humanos; c/ 7/10/20 bilhões, a coisa muda p/ valer, e se contar todo o resto de entes vivos (no minimo ‘minimorum’ como suporte de vida), aí já viu, né?
    a ‘contabilidade’ vai precisar melhorar um pouquinho, pois não?

    pra meu modo de ver, a internet, uma rede mundial liberando o acesso e troca de informação e conhecimento – o maior legado dos ’60’s -, ainda vai permitir coisas que a nossa imaginação sequer tem estrutura p/ visualizar, coisa na escala da imprensa de tipos móveis do gutemberg pro fim da idade media.

    isso, mais ‘o ambiente’, o socioambiental, entre outras, porém um pouco menores coisas – p/ o meu limitado entendimento, pelo menos – já vem nos apresentando possibilidades muito interessantes.

  4. “Mas um tema recorrente, nos
    “Mas um tema recorrente, nos próximos anos, será a mudança radical nos hábitos, costumes, valores, onde a tônica será, justamente, a frugalidade, a solidariedade, o fim do consumismo desvairado, da busca do sucesso a qualquer preço, da possibilidade das grandes tacadas financeiras”: !!!!!!!!!!!!!

    Quem ta espalhando isso pelo mundo?!

  5. A frugalidade ainda não
    A frugalidade ainda não venceu. Ela está em processo de estréia como forte tendência, nos Estados Unidos. Mas breve terá de se chocar com um reagrupamento de forças conservadoras que pregarão o retorno ao exagero e ao esbanjamento, tentando confundi-lo com o verdadeiro american way of life.

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