O Fórum Social Mundial

Por Edmar Roberto Prandini

Acho que valeria alguma matéria sobre o Fórum Social Mundial. Estou achando que vão tentar uma operação abafa no noticiário, dada a relevância e a oportunidade da crítica. Pelo que estou sabendo, participarão em eventos, em Belém, o Lula, o Chaves, o Morales, o Lugo e o Correa. Mais de 8 mil jornalistas e mais de 80 mil inscritos.

Estive em todas as edições em Porto Alegre e reputo ao Forum Social Mundial um poder de disseminação extraordinário.

É uma das mais inovadoras criações dos movimentos sociais, mundialmente falando, tendo tido valiosa contribuição de dois brasileiros no seu pontapé inicial: Francisco Whitacker – extraordinário! e Oded Grajew, além do apoio de Bernard Cansin, do Le Monde Diplomatique.

Destaco também a intensa participação do sociólogo português Boaventura de Souza Santos, que tem produzido, na interlocução com estes movimentos, uma inovadora epistemologia da sociologia das emergências. Alguns dos temas são “democratizar a democracia”, a rejeição ao “desperdício da experiência”, dentre outros.

Comentário

O Blog estará aberto às informações de lá. Se houver boa quantidade de notícias, posso abrir um Dossiê no Portal do Blog.

Luis Nassif

33 Comentários

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  1. Até agora, na TV as duas
    Até agora, na TV as duas únicas referências que vi sobre o FSM é de que lá a Guarda Nacional estará iniciando as operações com o Teaser (aquela pistola que dá um choque e provoca a descoordenação motora..)

    Nada sobre o que será discutido, quem vai ou seja s/o que é relevante….

  2. Nassif, desculpe o
    Nassif, desculpe o incredulismo mas 8 mil jornalistas cobrindo tal evento me parece um pouco exagerado. Acho que nem a posse do Obama, que talvez tenha sido o evento mais importante do ano, atraiu tamanha cobertura jornalistica.

  3. Edmar,
    Vale a pena ler o
    Edmar,
    Vale a pena ler o artigo de Emir Sader sobre a trajetória do Forum Social Mundial, desde seu surgimento em 1994. E a participação do Brasil, especialmente da cidade de Porto Alegre como sede dos três primeiros encontros, em função da qualidade de gestão que o PT imprimiu aos governos. Depois disso vieram o FSM IV no Quênia e o V na Índia. O Sexto Forum Social Mundial volta ao Brasil, em Belém, mas Sader faz algumas observações sobre a necessidade de amadurecimento dos encontros para que se revertam em ações e não somente reflexões e testemunhos.
    “O movimento anti-neoliberal passou assim da fase de resistência à fase de construção de alternativas. Este FSM demonstrará se permanece na fase de resistência, de fragmentação de temáticas, de limitação à “sociedade civil” ou se se coloca à altura da etapa atual de disputa hegemônica, já não mais a nível nacional ou regional, mas a nível global, quando a crise capitalista e o esgotamento do modelo neoliberal coloca para o FSM seu maior desafio: ser agente na construção concreta do “outro mundo possível” ou permanecer como espaço de testemunhos, ricos, mas impotentes. ”
    Sader também faz críticas à composição do atual comitê de organização do Forum que ainda é restrita, por incluir ONGs que não necessariamente representam a sociedade civil. Ele aponta para a importância da Via Campesina como interlocutor que estimula a expansão e ampliação da representação da sociedade civil no Forum. Seriam as representações surgidas entre os ativistas dos movimentos sociais, que teriam compromisso com a organização e a ação solidária de brasileiros que lutam por terra, moradia, escola, emprego e renda.

  4. Amanhã vou no Forum Midia
    Amanhã vou no Forum Midia Livre.
    Dia 26 de janeiro (segunda-feira)

    9h
    Mesa 1 – Como ampliar o Midialivrismo
    Debatedores: Sérgio Amadeu (Cásper Líbero), Renato Rovai (Revista Fórum), Ivana Bentes (UFRJ), Sóter (Abraço), Antonio Martins (Le Monde Diplomatique), Michael Hardt – EUA (a confirmar), Oona Castro (Overmundo), Maria Pia (AMARC), Gustavo Gindre (Intervozes, a confirmar).

    11p0
    Mesa 2 – A Mídia e a Crise
    Debatedores: Luiz Hernandez Navarro (La Jornada), Sandra Russo (Página 12), Pascual Serrano (Rebelión), Marcos Dantas (PUC-RJ), Joaquim Palhares (Carta Maior), Altamiro Borges (Vermelho), Joaquín Constanzo (IPS), Bernardo Kucinski, Bernard Cassen – França (a confirmar), Ignacio Ramonet – Espanha (a confirmar).

    14h
    Almoço

    15p0
    Seminário de Comunicação Compartilhada no FSM
    Conceito e modelos alternativos ao jornalismo de mercado

    Abertura: Comunicação Internacional do Fórum Social Mundial

    Mesa e recomendações da comunicação compartilhada ao FMML

    * Mídias colaborativas – Ciranda, Minga, Flamme D`Afrique
    * Fórum de Rádios – Fórum de Defesa das Rádios Comunitárias do Pará, Amarc, Radio Kosh
    * Fórum de TVs – Intervozes, Folcuspuller, Mau Mau (Quênia)

    Informes

    * Laboratório de Conhecimentos Livres
    * Jornal Terra Viva/IPS

    Microfone aberto: Recomendações do movimento social ao FMML

    * Movimento social criminalizado (MST/Via Campesina)
    * Movimento Feminista (Articulação Mulher e Mídia)
    * Movimento Negro (Força Ativa)
    * Movimento Indígena
    * Movimento Juventude
    * Movimento Conhecimentos Livres

    18h
    Respiro

    18p0
    Atividades auto-gestionadas
    Reunião dos veículos, reunião das entidades que atuam pela democratização, reunião da academia, reunião dos blogueiros, oficinas, etc.

    21p0 – Confraternização e sistematização dos debates

  5. Bom, contribuindo com
    Bom, contribuindo com informações sobre o Fórum: a prefeitura de Belém vai disponibilizar 600 mil camisinhas para os participantes!

    Pelo visto, diversão não vai faltar.

  6. Duas observações:

    1. Para o
    Duas observações:

    1. Para o Caio: a cobertura da posse do Obama é muito mais simples do que a cobertura do Fórum Social Mundial. O Fórum Social não é um evento. São milhares de eventos simultâneos, não promovidos por um centro unificado. Há uma coordenação que propoem eixos estruturantes dos debates, apenas isso. A partir desses eixos, via web, organizações formais ou informais, grupos de pessoas interessadas, ingressam propostas de oficinas de debates, aos milhares. Em certo momento, definem-se as aprovações e constrói-se a agenda, procurando adequar espaços disponíveis e tempo. Por isso, a cobertura pela imprensa internacional requer uma presença maior de jornalistas do que num evento unívoco, como a posse do presidente.

    2. Ivanisa: apenas o ajuste da data. O I FSM aconteceu em Porto Alegre em 2001, e sua criação deu-se entre o final de 1999 e o início de 2000. A divulgação inicial deu-se a partir da segunda metade de 2000. Tive a alegria de receber por e-mail um convite. Ao lê-lo, lembrei-me da convocação para o Plenário Pró-Participação Popular na Constituinte, que recebi em 1995. Por isso, resolvi ir. Lá, em Porto Alegre, soube que o Fórum tinha nascido da criação da imaginação revolucionária de Chico Whitaker, um dos propulsores do Plenário, aberto, plural, funcionando em rede. Tenho por ele, a maior admiração.

  7. Eu partipei do primeiro,
    Eu partipei do primeiro, Nassif. É uma riqueza impressionante de culturas e etinias, sem contar a imensidade de temas em discussão!

  8. Para o Edmar:
    Um pequeno
    Para o Edmar:
    Um pequeno exercio matematico: Se o Brasil tiver 500 jornalistas cobrindo o FSM, considerando-se que o evento ocorre aqui ,e assumirmos que teremos jornalistas de outros 100 paises fazendo cobertura, chegamos a uma media de 75 profissionais por pais.
    Para fazer cobertura de um evento que em sua 6 edicao ainda nao conseguiu reverter em nenhuma acao, mas somente reflexoes e testemunhos ( de acordo com Emir Sader)?
    Outra pergunta. Evento de tamanha importancia, que atrai a atencao da imprensa mundial de tal forma que 8 mil profissionais estao mobilizados para sua cobertura, por que que das 6 edicoes, 4 eventos aconteceram no Brasil? E em cidades/estados administrados pelo PT. Quanto dinheiro dos nossos impostos esta sendo usado para pagar esta festa toda? Tenho a impressao que bastante.

  9. Morales, Lugo, Correa,
    Morales, Lugo, Correa, Chavez, a Via Campesina , todos juntos no Estado mais caotico do Pais, onde morrem 55% dos recem nascidos internados em UTI, contra a média mundial de 10%, Estado campeão nacional em corrupção, desmatamento, falta de saneamento, falta de hospitais, Judiciário sob investigação do CNJ tal o numero de denuncias.
    O Governo desse Estado lamentavel vai dar todo o apoio ao evento. .
    Há todavia muita coisa a discutir, a destruição de tudo o que funciona na America do Sul, como a Via Campesina fez com laboratorios de pesquisa agricola, como Morales está fazendo com a unica riqueza de seu miseravel Pais, como Lugo quer fazer com a soja dos brasiguaios e com Itaipu (colocando lla um diretor-financeiro paraguaio, ah, ah, ah), como Chavez está fazendo com a PDVSA. O Forum tem muito assunto a discutir,ainda tem muita coisa de pé na America Latina para por abaixo.
    Juntando todos que estarão lá não se encontrará alguem que tenha plantado um pé de alface na vida.
    Morales acaba de estatizar a terceira empresa de gás da Bolivia, a Chaco, desenvolvida por um entusiasta do gás boliviano, Alejandro Bulgheroni, dono do grupo Bridas da Argentina e sócio da BP na Pan American Energy. Bulgheroni criou a ideia de um Corredor Bioceanico de Santos a Iquique no Chile, com rodovia, trem e linha de transmisão eletrica, tudo em torno de um gasoduto que seria o quadruplo do Gasbol, um projeto de 17 bilhões de dolares, que seria desenvolvido por uma Corporação Quadrinacional (Brasil, Paraguai, Boliviae Chile), que daria à Bolivia um porto autonomo em Iquique. Bulgheroini era um entusiasta do projeto, pagou os primeiros estudos do seu bolso e apresentou-o ao Governo brasileiro antes da eleição de Morales, apresentação feita no Planalto.
    Conseguiu o apoio do Governo americano, parte do gás seria liquefeito em Iquique e vendido à Costa Oeste dos EUA. O projeto seria a redenção da Bolivia. Com a eleição de Morales tudo acabou e agora para completar Morales liquidou com Bulgheroni na Bolivia. É a vanguarda do atraso levando a America andina para os tempos pré-colombianos. Mas serão devidamente aplaudidos em Belem, como se fossem os costrutores do progesso.
    O FSM começou com uma visão reformista do capitalismo, agora passa a uma nova etapa, a destruição do capitalismo rumo ao primitivismo indigena.
    Morales vai ser a nova cara do FSM.

  10. Caro Chato,
    Talvez seria
    Caro Chato,
    Talvez seria desejável q a prefeitura de Belém disponibilizasse (eita palavra feia) Detefon, pra se livrar de artrópodes inconvenientes… 🙂

  11. Caio… não é o caso de
    Caio… não é o caso de discutirmos por causa do número de jornalistas. Entretanto, pondere que o Fórum de Porto Alegre, na última edição ocorrida no Brasil, reuniu mais de 200 mil participantes. Não me recordo dos números, mas foram feitos inúmeros estudos sobre o impacto que a realização em Porto Alegre produzia na economia da cidade de tal modo que a decisão do Comitê Internacional de levar o Fórum a Mumbai (India) foi objeto de campanha na cidade, que ficou contrariada pela perda dos ingressos financeiros. Este Fórum tem como grande atrativo o fato de ocorrer na Amazônia, mais um fator de interesse da mídia internacional.

    Mas, com certeza, não é o número de jornalistas o feito mais importante do Fórum. Quanto ao conceito de que não conseguiu reverter em nenhuma ação, não é isso o que pensa o Emir Sader, seguramente. O Fórum não é apenas um espaço de reflexão e testemunho, muitissimo pelo contrário. A título de exemplo, o Fórum de 2003, concluído em janeiro, convocou para 15 de fevereiro daquele ano, manifestações contra a guerra, pretendendo constranger o ataque americano ao Iraque. Em mais de 300 cidades do mundo, após apenas 15 dias de mobilização local, mais de reuniram-se milhares de pessoas atendendo à convocação. O ataque americano, previsto para o início de março, foi postergado. No Brasil, a realização de um conferência sobre economia solidária, agregando participantes que passaram a interagir no primeiro e segundo fórum, levou o governo a instalar uma Secretaria Nacional de Economia Solidária, liderada pelo prof. Paul Singer, desde 2003. Outras milhares de pequenas iniciativas surgiram no Fórum, difundiram-se e cresceram através dele. O próprio orçamento participativo passou a constar da pauta de iniciativas de administrações em cidades européias. Os exemplos são muitos.

    Finalmente: por que aconteceram no Brasil. No nascimento do Fórum, a experiência da administração de Porto Alegre era objeto de atenção mundial, principalmente por causa do Orçamento Participativo. Os movimentos sociais e as lideranças identificadas com a luta contra o neo-liberalismo e a democracia entendiam que o que acontecia na cidade era mais do que uma experiência administrativa, tratava-se da simbolização de um novo espírito emancipatório, de renovação do Estado tendo por base o exercício efetivo da cidadania. Por isso, a realização em Porto Alegre, em 2001, 2002, 2003 e 2005. Em 2004, foi na India e 2007 em Nairobi e agora, 2009, em Belém.

  12. Brincadeiras à parte, o
    Brincadeiras à parte, o pessoal acampado dentro dos campus tá levando sova de carapanã (pernilongo) e outros insetos, pois é época de chuva e a UFPA fica na beira do rio, haja repelente.
    Hoje no hórario da chuva, mangas caindo nas cabeças dos turistas, cena imperdível.
    Um acidente grave dentro do campus. Um gaiato subiu em uma arvore,
    caiu e teve traumatismo craniano.

  13. LN,

    Sugiro que crie um post
    LN,

    Sugiro que crie um post sobre o Fórum Mundial de Midia Livre que vai ocorrer em Belém / PA na véspera do FSM.

    Renata Mielli: Pela existência da Mídia Livre

    Em março de 2008, dezenas de jornalistas e pessoas ligadas à comunicação no país – unidas pela avaliação comum de que algo vai mal no reino da mídia nacional (e há um bom tempo, diga-se de passagem) – reuniram-se em São Paulo para pensar alguma ação comum na busca de caminhos para garantir maior diversidade informativa no Brasil. Desse encontro resultou o Fórum de Mídia Livre.

    Por Renata Mielli, para o blog Janela sobre a Palavra.

    Essa articulação de veículos, jornalistas e outras organizações realizou, em junho de 2008, o 1º Fórum de Mídia Livre, no Rio de Janeiro e agora se prepara para realizar o 1º Fórum Mundial de Mídia Livre, na cidade de Belém, nos dias 26 e 27 de janeiro de 2009, véspera do Fórum Social Mundial.

    Bom, mas que almeja esse Fórum de Mídia Livre? Almeja existir, sobreviver. A ditadura midiática que vimos ao longo das décadas se consolidar no Brasil o fez, em grande medida, pelo poder econômico e político do Estado, numa explicita demonstração de que o aparelho estatal sempre esteve à serviço do projeto político das elites brasileiras.

    Continua no link abaixo.
    http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=49955

    O investimento através de linhas de financiamento públicas, o aporte de publicidade governamental – seja ela direta ou indireta – foram determinantes para construir os impérios de comunicação que reinam no país, com o intuito de abafar as vozes contestatórias existentes na sociedade.

  14. Edmar: nao vamos discutir a
    Edmar: nao vamos discutir a cifra de 8.000 jornalistas, pois ela, sabidamente, nao resiste a dois minutos de analise. Se tiver 1.000 jornalistas ja eh muito.
    Se voce puder compartilhar com os leitores do Blog o quanto o governo do Estado do Para esta gastando para promover o evento seria muito ilustrativo.
    Imperdivel devera ser as participacoes ilustres de Lula, Chavez, Morales, Lugo e Correa. O Obama deve estar ansioso para ouvir as sugestoes do quinteto e a solucao bolivariana para a crise mundial. Infelizmente ele nao pode vir mas, certamente, mandou um grupo de jornalistas americanos para gravar tudo e levar para ele.
    Esqueceu-se de mencionar entre os ilustres o grande ministro Tarso Genro, que pelo que se diz, vai ter uma participacao especial para defender o criminoso italiano. Melhor manter a imprensa italiana longe do ministro, sabe como eh, para se evitar que perguntas constrangedoras estraguem esta bonita festa.

  15. O PIG não está boicotando o
    O PIG não está boicotando o FSM, apenas está mostrando os dproblemas, os aspectos folclóricos (na idéia deles) e os que a TFP não gosta. Mas eles estão pela bola sete, queda na imprensa impressa, sites sérios com notícias gratuitas, blogs e comunidades como esta nossa.
    Este desespero é simples desorientação. Cada vez mais perdem credibilidade e dinheiro.
    Esses dinossauros se extinguirão muiro rápido. Aí que será dos Civita, Frias, Marinhos? Voar para Miami

  16. O que acho de especial
    O que acho de especial interesse para o Blog e para a Comunidade (nao que os outros temas nao o sejam tb) é a questao dos incentivos a pontos de mídia livre. Acho que a Comunidade tem tudo para merecer um desses incentivos (120.000,00… nada mal).

  17. Caio,

    1. É evidente a
    Caio,

    1. É evidente a impertinência de seu questionamento. Nâo sou da comissão organizadora, mas tenho certeza de que os jornalistas credenciados superam os números que você almejaria, em muito.

    2. Não sou paraense. Mas, esta crítica acerca dos valores gastos é de baixíssima qualidade. A repercussão internacional, a presença de milhares de participantes de todo o Brasil e do exterior, a dinâmica que um evento como esse produz na economia local, são enormes. Ou você nunca ouvu falar em turismo de eventos? É evidente que estou muito mais atento a importância política que o evento possui. Você desconsidera que uma mobilização dessa dimensão tenha importância política também?

    3. Se o Obama quiser efetivamente interagir com o sentimento de mudança e quiser encaminhar mudanças políticas e econômicas efetivamente relevantes, terá que dialogar com os participantes dos movimentos que se expressam no Fórum Social Mundial, com certeza.

    4. Não sabia da presença do ministro Tarso Genro, mas é eloquente que o ministro responsável pelo bloqueio de US$ 2 bilhões de dólares de uma gangue financista tenha como referência ético-política os movimentos que se agregam no Forum Social Mundial. O que mais ainda revela a qualidade do fórum e a importância dos que lá se reúnem para produzir mudanças em favor da democracia e da igualdade social.

    5. Aqui, da UNB, 390 estudantes partiram de ônibus para o Fórum. Há uma delegação de 1500 indígenas, sendo 500 brasileiros.

    6. Com a crítica do André Araújo, discordo de tudo, exceto quando diz que a situação atual do Pará é lamentável. Imagino o grau de brutalidade empregado pelos que produziram a atual situação em que se encontra o Estado. Quanto os governantes locais negaram-se a atuar para tornar a lei presente. Lembro que naquele estado encontram-se casos e mais casos de violência agrária, trabalho escravo, desmatamento, etc. Realmente, merece todo respeito a governadora Ana Júlia, que deve estar enfrentando todo tipo de boicote e pressão para que se inviabilize seu governo. Parabéns à governadora por atrair para o Pará o Fórum Social. Que este feito, governadora, possa contribuir para acelerar as mudanças que seu governo deve estar tentando promover no Estado.

  18. Não entendo o motivo mas com
    Não entendo o motivo mas com certeza deve existir um, porque se o Reinaldo Azevedo acredita nas coisas que ele fala naquele “blog” dele é muita falta de cabeça.
    Ele disse que não vê sentido em pessoas se reunirem e discutir temas politicos no Forum Mundial Social…
    Alguem devia avisar a ele que ele não passa de um nada. pra resumir.

  19. Ah, o chato! Cê foge da
    Ah, o chato! Cê foge da resposta e vem perturbar aqui no FSM!
    Chato fujão, vc não respondeu qual a contribuição (e as propostas) da direita para a democracia e o Brasil.

  20. André tenho por formação
    André tenho por formação respeitar opiniões. Mas você não acha que foi bastante preconceituoso e infeliz ao se referir ao estado do Pará como o mais caótico do Brasil? Será que é só aqui que ocorrem os fatos relatados por você?

  21. Reproduzo o e-mail
    Reproduzo o e-mail abaixo:

    Temos recebido, por parte de companheiras e companheiros de Belém, e também da parte da imprensa, notícias que causam muita apreensão sobre a realização do Fórum Social Mundial naquela cidade.
    O ministro Nelson Jobim, ardente defensor da militarização das cidades com a presença do exército e outras forças, no estilo do que vem sendo feito no Haiti, em pleno acordo com a governadora Ana Júlia Carepa (PT), autorizou o envio de 250 homens da Força Nacional de Segurança (a mesma FNS que cercou o Complexo do Alemão e da Penha e exibiu suas armas durante o Pan, aqui no Rio), com 50 viaturas e 2 helicópteros. A Polícia Federal dará sua “contribuição” com 350 homens vindas de diversas partes do Brasil. Uma das funções dos policiais da FNS será controlar o acesso aos espaços onde estarão se desenvolvendo as atividades do FSM. Ora, até hoje, que eu saiba, pelo menos nas edições do FSM que foram realizadas aqui no Brasil, o acesso da população às atividades era livre. Os inscritos recebiam um kit de material, mas tod@s podiam assistir as oficinas e atividades. Será que não vai ser mais assim? O FSM vai tornar-se algo como uma grande convenção de ONGs, com participação e acesso controlados?

    O governo estadual, por sua vez, “tranqüilizou” os participantes do Fórum
    anunciando que fará ocupação permanente, pela PM, das favelas (lá chamadas “baixadas”) que ficam em torno das univesidades. Peraí, o FSM não tem como lema “um outro mundo é possível”, um outro mundo, entre outras coisas, sem apartheid social, ocupações e cercos militares? Não se deveria, ao contrário, estimular o intercâmbio entre os participantes do Fórum e os moradores daquelas favelas tão próximas? Será que o FSM vai ficar parecido com as reuniões mundiais de capitalistas e governantes, como o Fórum de Davos e o G8, que se reúnem com forte aparato de segurança os separando da população das cidades e países onde eles marcam seus encontros de cúpula?

    Não é só isso. Aproveitando-se das supostas exigências de “segurança” do FSM, o governo do Pará abriu concurso para contratação de mais 2200 PMs, dos quais 565 ficarão na capital. No dia 12/01 foram entregues mais 70 viaturas e 27 motocicletas para a polícia. Foram instaladas mais 15 câmeras de vigilância em “regiões mais problemáticas”, serão ao todo 88 quando começar o FSM. O governo federal já destinou ao Pará R$ 37 milhões para construção de 5 novas penitenciárias, inclusive uma feminina. A Assessoria de Comunicação do governo estadual anuncia com mórbido orgulho: “Para fechar o círculo contra a violência, o Governo solicitou ao Tribunal de Justiça do Estado e à Procuradoria de Justiça maior rigor na concessão de benefícios aos condenados, como a progressão da pena e a concessão de liberdade provisória” (ver em
    http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matLer.asp?newsId=65257). Quer dizer, como foi com o Pan/2007 aqui no Rio, o FSM se tornou um bom pretexto no Pará para se incrementar uma estrutura de repressão e violência que terá resultados cruéis e duradouros para a população pobre de lá, como teve para as favelas e periferias daqui.

    Espero que nós, envolvidos na luta contra tudo isso, como os movimentos e organizações que construíram o Tribunal Popular, não permaneçamos inertes diante de tanta militarização e exibição de força do Estado. Quem sabe podemos organizar uma marcha, visita, ou algo parecido às favelas próximas do FSM? Mostrando que, pelo menos nós, não temos medo deles, pelo contrário, contamos em primeiro lugar com eles para fortalecer nossa luta?

  22. neoniberalismo
    democracia
    neoniberalismo
    democracia burguesa
    torres de papel

    acho que o fsm eh uma especie de resposta para a discussao sobre esquerda e direita, que so foi ou sera superada no meu entendimento com a organica participacao popular…

  23. Edmar,
    Quem escreveu que o
    Edmar,
    Quem escreveu que o surgimento se deu em 1994, em função do movimento zapatista ( que depois se afastou ) foi o Emir. Como o considero bastante informado, aproveitei a informação que me parece ter mérito por procurar situar um marco histórico. Outros podem apontar outras datas e outros movimentos. Exemplo disso é o Bolsa Família e os desacertos sobre quando sua idéia nasceu. Há quem diga que já está em sua quarta geração. Achei a informação do Emir interessante ao fazer a ligação do Forum com o movimento zapatista. Isso me fez pensar.
    Corrigindo o histórico das reuniões do FSM, a partir de suas informações: Porto Alegre em 2001, 2002, 2003 e 2005. Em 2004, foi na India e 2007 em Nairobi e agora, 2009, em Belém. E em 2008, não houve? Você sabe por quê?
    Estive no terceiro FSM, em Porto Alegre. Trata-se da mobilização de milhares de ativistas e conferencistas. Há os grandes debates e as oficinas. A participação é numerosa e entusiasmada. E a troca de experiências e visões sobre os movimentos sociais ao redor do mundo é realmente fantástica. Acredito que o artigo de Emir Sader e seu comentário se deva mais a uma percepção de que já há amadurecimento suficiente para propor ações conjuntas, a partir de lutas comuns entre os diversos povos. É um grande forum sem fronteiras, onde se misturam todas as línguas, dialetos, costumes e propostas. Acredito que um novo mundo é possível.

  24. Ivanisa,

    na dinâmica dos
    Ivanisa,

    na dinâmica dos debates acerca da realização do Fórum, desde os primeiros anos, surgiu o debate sobre o denso e complexo processo mobilizatório envolvido em sua realização, que demanda demasiadamente algumas lideranças. Além disso, identificou-se o ônus financeiro desse processo também. Em função disso, surgiu a deliberação da realização de fórum descentralizados: houve um na Venezuela, por exemplo, Karachi, na Índia e o terceiro, não tenho certeza para afirmar. Em 2008, decidiu-se promover o que passou-se a denominar DIA DE AÇÃO GLOBAL, um dia em que localmente, todos os movimentos articulam-se para promover suas atividades, articuladas com os princípios do Fórum. Aqui em Brasília, por exemplo, soube de algumas organizações reunindo-se em Taguatinga, mas o mesmo ocorreu em mais uma centena de cidades brasileiras e em todos os países, o mesmo processo se deu.

    O mais extraordinário do Fórum reside em sua lógica descentrada e não-hierárquica. O aparente caótico processo dos debates promovem condições para a composição e o enriquecimento dos paradigmas de enfrentamento das desigualdades. É um espaço fecundo de educação ético-política e de formação de militantes. Como você bem afirma, misturam-se línguas, dialetos, costumes e propostas. Em certa ocasião, escrevi um pequeno artigo para o boletim da Arquidiocese de Ribeirão Preto, dizendo que o Fórum inicia-se Babel e termina Pentecostes: ao final, todos seguem falando em seus proprios idiomas, mas há um forte e vibrante espírito unificador: fazer acontecer o novo mundo possível.

  25. Como manter visivel o tópico
    Como manter visivel o tópico durante os dias da realização do Fórum?

    Já postei no Fora de Pauta mensagem sobre o Fórum Mundial Social da Saúde, que propõe tornar o SUS patrimônio imaterial da humanidade, avançando na proposição “universal” de sistemas “universais” de atendimento à saúde.

    Acho que é a demonstração da relevância das discussões que o FSM propicia.

  26. André Araújo, nunca soube
    André Araújo, nunca soube qual era a sua porque não entendo de economia. Agora que vc fez um comentário sobre política, já vi que vc faz parte do que eu chamo egoístas. Critica governos de esquerda do ponto de vista do capitalismo. Bom, pra quem gosta, tá ótimo.

  27. Minha cara Wilma : Eu conheci
    Minha cara Wilma : Eu conheci pela primeira vez Belem em 1949, fiquei encantando com a cidade, com suas mangueiras, seus predios portugueses, Depois voltei muitas e muitas vezes, Belem é uma cidade muito bonita, conheço tambem Salinas e Santarem, aonde chegue de barco em 1980. o Rio Tapajós é espetacular, acho o Estado dos mais interessantes do Brasil. Mas o Pará tem tido uma cultura de desgoverno assustadora. Uma governadora eleita com o apoio de Jader Barbalho é dose, especialmente por ser ela uma figura despreparada para qualquer cargo, entrou no Governo com manicures, namorados, uma falta de senso que colocou o Estado em ridiculo no Pais. Não me parece que tenha melhorado, a saga dos berçarios e UTIs de recem nascidos, exibidos no Pais todo via Globo, mostra o descalabro. Nada contra o Estado e seu povo tão simpatico mas francamento, o Governo é dificil de defender.

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