Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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O ministro dos sonhos e da esperança, por André Araújo

 
O MINISTRO DOS SONHOS E DA ESPERANÇA
 
por André Araújo
 
O erro de pessoa na escolha de perfil de um Ministro da Fazenda para este ciclo da economia parece persistir em Brasília, onde circula o nome de Henrique Meirelles. Esse nome não muda em nada o contexto que circunda o atual Ministro Joaquim Levy e apresenta notórias desvantagens. Levy é um sólido técnico com vocação de serviço público. Meirelles é um ex-executivo de um banco que não existe mais e que nunca foi de grande importância no Brasil ou nos EUA. Nesse cargo preocupou-se sempre mais com sua imagem pessoal inflando sua importância e desempenho através das mídias sempre disponíveis para personagens “homens do ano”.
 
No Banco Central foi beneficiário de um ciclo de altos preços de commodities que fez fluir ao Brasil enorme volume de divisas. O mesmo teria ocorrido se o cantor Sérgio Reis estivesse à frente do Banco Central, portanto o ciclo virtuoso não se deveu à sua alta capacidade técnica e sim às circunstancias da época. Além de presidir a esse ciclo, não se conhecessem outras virtuosidades do Ministro Meirelles, além do que tem uma contaminação muito forte com os EUA, onde tem casa e currículo de decadas, o que menos o Brasil precisa é de americanizados neste momento.

O que o Brasil precisa é um ministro que traga de volta sonhos e esperanças, que indique caminhos e apresente o ponto de chegada de uma politica, além de saber operá-la no curto e longo prazo. Levy e Meirelles não tem nem remotamente essa capacidade política de liderar e vender esperanças, algo essencial para mover a economia para a frente, economia é crença, a palavra crédito vem de crença, assim como acreditar, sem crença ninguém investe e contrata.
 
Semanas atrás apresentei aqui a figura excepcional do Ministro da Economia da Alemanha Ludwig Erhard, que a partir de 1949 levantou uma economia destruida e sem moeda para ser logo depois nem passados cinco anos, uma das mais dinâmicas da Europa, salva dos escombros da Segunda Guerra. O Brasil necessita de figura desse porte que saiba operar politicamente em meio à ruinas, enfrentar desafios, nós, crises, déficits, com ideias flexíveis e não de cartilha.
 
Não vejo outro nome no horizonte além de Antonio Delfim Neto. Idade? Grandes homens não tem idade, são personagens da História e seu capital vem da biografia. Delfim sabe formar equipes e sabe liderar, pode faze-lo sem sair de casa.
 
Ah, dirão, mas o mercado financeiro prefere o Meirelles. Pobre do País que atende primeiro o mercado financeiro e depois se der tempo, o resto da população. Em momento de turbulência vale o capitão com muita experiência e que já viu tudo.
Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

45 Comentários

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  1. Há anos leio esse blog.
    Há anos leio esse blog.

    Compreendi através dele que qualquer um pode escrever sobre assuntos graves sem ter noção suficiente.

    Assim, vi de tudo um pouco, da apologia ao PCC até chutes ridículos em matéria de governo.

    E aí está o problema: falta qualidade enquanto sobra improviso, intuição, palpites.

    A última do Delfim foi defender o voto distrital.

  2. O lula é péssimo em indicações

    Errou feio em indicar o Joaquim Barbosa, errou mais ainda em indicar a Dilma. Já deveria ter se recolhido ao silêncio recomendado aos ex-presidentes a muito tempo. Agora nós vamos ter que sofrer as consequências de mais um erro do Lula: Henrique Meirelles. Não sei se Delfim seria um bom ministro, temos outros excelentes nomes, mas o problema principal é a presidência. Provavelmente nem o o Paul Krugman conseguiria se sair bem  tendo a Dilma como chefe. Nós estamos condenados a mais três anos de mediocridade.

    1. Já está mais do que óbvio,

      Já está mais do que óbvio, pra quem não é militante, que a indicação de Dilma foi mais um furo de Lula, na mesm linha que foi a do Toffoli.

      Dilma poderia, no máximo, ocupar uma gerencia média de uma estatal qualquer, ou um ministério pouco relevante, como da pesca etc.

      Estamos afundando a -3%, a popularidade dela é a pior de um presidente nas últimas três décadas, mas nego insiste que, após cinco anos fazendo trapalhadas e deteriorando a situação do país (ao qual ela assumiu crescendo a 7,5%), simplesmente um belo dia ela irá começar a administrar de verdade e sairemos do buraco.

      ACORDEM.

  3. É incrível como começam a

    É incrível como começam a surgir ideias revolucionárias defendendo o passado.

    O atual ministro da Fazenda pode até ter ideias semelhantes,ou até iguais, as do ex-presidente do Banco Central .Isto não quer dizer absolutamente nada.

    Existem pessoas que diferenciam-se pela capacidade de liderar e de influenciar. O atual ministro da fazenda não tem este perfil. O ex-presidente do BC,ao contrário do que o missivista aponta em seu post,teve sim importância fundamental,sobretudo no primeiro mandato do presidente Lula onde,talvez pelo fato da memória já estar falhando,não lembra-se que o mar não estava para peixe e tanto isto é verdade que o presidente nas reuniões corriqueiras com vários expoentes da economia brasileira,inclusive Delfim Neto,agora aqui defendido,sempre apoiou as medidas adotadas pelo BC.

    É preciso lembrar,inclusive,que aqui no blog os ex-presidente do BC sempre teve oposição forte,a começar pelo dono do blog.

    Também,querer fazer qualquer ilação em relação a ämericanização”de Henrique Meirelles é um tentativa vil de angariar apoios baseados no antiamericanismo. É importante frisar que não existe ninguém mais americanizado do que o missivista,basta uma rápida leitura pelos seus posts anteriores.

    Quanto a Delfim,ele prestará um grande serviço,se a presidenta Dilma assim entender,participando de conversas como as existentes no período em que o presidente Lula governou.

    Nào adianta a direita vir se travestir de não golpista.Será sempre golpista.

    1. Segundo o proprio divulgou

      Segundo o proprio divulgou para ele assumir a presidencia do banco (na realidade era apenas da parte internacional) foi preciso uma autorização especial da União Europeia tal a importancia do cargo que ele iria assumir, uma balela ridicula

      contada para leigos bobocas que acreditam em duendes. Quem lastreia sua importancia em tais lorotas tem pouca

      consistencia real, é apenas um personagem que foi construido por assessoria de relações publicas.

  4. Ludwig Erhard

    Ludwig Erhard não teria levantado a Alemanha nos anos 50 se não fosse o Plano Marshall e a Guerra Fria. Os americanos “refundaram” a Alemanha…

  5. Ludwig Erhard

    Ludwig Erhard não teria levantado a Alemanha nos anos 50 se não fosse o Plano Marshall e a Guerra Fria. Os americanos “refundaram” a Alemanha…

    1. Todo dinheiro do mundo na mão

      Todo dinheiro do mundo na mão de incompetentes não leva a nada. Está ai a Venezuela do chavismo, de 1998 a 2014

      entraram na Venezuela 2 TRILHÕES DE DOLARES de receitas de petroleo e hoje as prateleiras dos supermercados estão vazias por falta de dolares.

  6. Melhor uma tropa unida que um General bacana

    Não existe varinha mágica nem única pessoa que faça esse milagre. É o povo organizado e trabalhador quem levará o Brasil, para frente. Uma nação será desenvolvida quando morem nela pessoas desenvolvidas e amantes do seu país. O Levy está aí por circunstâncias do momento, pois é quem melhor inspira confiança aos atores do mercado global com os quais devemos lidar. O Levy é a tecla SAP do Governo em questões de economia global.

    Agora, esta foi demais:

    Semanas atrás apresentei aqui a figura excepcional do Ministro da Economia da Alemanha Ludwig Erhard, que a partir de 1949 levantou uma economia destruída e sem moeda para ser logo depois nem passados cinco anos, uma das mais dinâmicas da Europa, salva dos escombros da Segunda Guerra. O Brasil necessita de figura desse porte que saiba operar politicamente em meio à ruinas, enfrentar desafios, nós, crises, déficits, com ideias flexíveis e não de cartilha.!

    Um povo educado, unido, surrado e derrotado em duas guerras mundiais, é capaz de sacrifícios e de caminhar junto pela sua nação, de refazer as pirâmides do Egito, despoluir a Bahia de Guanabara, ou até limpar o Rio Doce em poucas semanas. 

  7. Qual Delfim? O do milagre do

    Qual Delfim? O do milagre do início dos anos 70 ( milagre feito à base de arrocho salarial garantido pela violência dos militares ) ou o do que fazia aquelas cartas de intenções ao FMI quando o Brasil quebrou porque ele achou que o governo republicano do Reagan não ia subir os juros dos EUA – e subiu e quebrou o país? E ainda  um amoral nato – que disse que não sabia que tinha tortura no Brasil e que estava defendendo o aumento da CIDE e não criação do CPMF não por questão técnica mas porque ele é sócio num projeto de combustível verde. Deixe Delfim e Beluzzo na Carta Capital, pelo amor de deus. rs 

    1. O crescimento do Brasil nos

      O crescimento do Brasil nos anos 70 foi o maior do planeta, Delfim foi um grande operador politico-economico, a alta dos juros americanos não foi na sua gestão, o Ministro era Ernane Galveas, defeitos teve e tem , a conta que deve ser feita e do saldo.

      1. Sim, a Brasil foi a China dos

        Sim, a Brasil foi a China dos anos 70. Só que uma coisa é você ser ministro da fazenda dum governo militar, em que não teve que negociar com o congresso as medidas econômicas e onde a classe trabalhadora tinha que ficar calada com o arrocho salarial. O bolo cresceu, sem dúvida, mas ele foi muitíssimo mal dividido

        Portanto, não sabemos como Delfim se sairia tendo que ficar cara a cara com os ilustres deputados federais e senadores, tendo que aguentar o mau hálito deles, e sabendo que o seu chefe não tem a menor habilidade pra lhe garantir o mínimo de retaguarda. Não nego que Delfim é uma pessoa inteligentíssima, talvez o maior economista brasileiro vivo,  e criador de umas sacadas geniais. Mas isso não é o suficiente pra dar conta de um quadro político que beira o caos.

  8. O governo Dilma é tão

    O governo Dilma é tão incompetente, tão desastroso, que levou o país a esse buraco atual e ainda pode corooar com uma herança maldita: a volta dos tucanos ao poder em 2018.

    Ouvi dizer que Ciro e Cristovam estão articulando uma aliança de esquerda para impedir que isso aconteça. Espero que seja verdade, pois assim quem é de esquerda de verdade (e não militante fanático de um partido que se tornou quase uma seita) terá uma alternativa para varrer do poder os incompetentes atuais, sem trazer de volta os entreguistas de ontem.

    1. Vc se revolta com o blog,

      Vc se revolta com o blog, escreve sobre isso e some.

       Eu tbm.

       Mas a gente sempre acaba voltando.

        Este blog é único.

        Único até na quantidade de petistas desinformados ou repletos de paixão pelo líder máximo que ficou milionário, sem trabalhar há trocentos anos. Nada os desitimula.

         Veja esse toque de 3 dedos que li hoje de um colunista :

        ”Quando o filho da presidente chilena Michelle Bachelet foi apanhado em traficâncias, ela demitiu-o e disse que enfrentava “momentos difíceis e dolorosos como mãe e presidente”. Não culpou a elite nem viu conspiração, muito menos “retrocesso político”. Viu apenas realidade: Seu filho metera-se numa roubalheira.”

         Caro Chalie: Vc acha que Lula se incomodou com isso ? E os seguidores dele ?

         Menos ainda.

    1. Bresser é um grande

      Bresser é um grande intelectual e conhece economia como poucos mas não é bom comandante e nem bom politico,

      essa a razão de sua passagem não ter sido boa pelo Ministerio da Fazenda, comandar a economia é 90% politica e 10%

      técnica , é vencer barreiras imensas que impedem cortes de gastos inuteis e boa gestão.

  9. Se o Ciro controlar seus surtos, seria um nome oportuno

    O problema é que ele as vezes fala mais rápido do que pensa, o que não é dificil de aprender a controlar.

    Sua eventual candidatura em 2018 pode ser destruida ou alavancada 

    Lembremos que ele ajudou a montar e tocou o Real com Itamar, tanto antes quanto depois (de Ricupero), enquanto FHC assistia a execução, por menos de 1 mes, mas colhia os louros espalhados ao vento pela miRdia então à (permanente) procura do anti-Lula seguinte.

     

  10. ”’A última do Delfim foi

    ”’A última do Delfim foi defender o voto distrital.’

     Será que saquei errado ?

     Concordo com tudo o que o articulista do post escreveu. E agora mais ainda :

       Vc não gosta do voto distrital ?

      Prefere voto em lista, como se o Brasil pudesse se dar ao luxo de votar em ”partidos”.

       Dá licença,meu.

    1. Com o distrital ocorre o que

      Com o distrital ocorre o que se chama eleição de “vereadores federais”. Uma espécie de paroquialismo da perspectiva quando se requer – ou se espera – que o eleito possa abordar temas mais abrangentes.

      Nenhum país do mundo tem ido nesta direção, mas no caminho inverso: a Nova Zelândia, por exemplo.

       

  11. Há anos leio esse blog/2

    Perfeito. Eu mesmo poderia ter escrito este comentário do Chico O Cavalo Manso.

    Só acrescentaria que por algum motivo que posso imaginar, nimguem passa do meio da montanha,

    isto é, ninguem se atreve a dar o nome aos bois. O blog, muito útil por sinal, como todos os demais

    blogs “progressistas” está pasteurizado. Resumindo, não se consegue trocar ideias como seria

    numa conversa a quatro olhos. Alguma sugestão?

  12. As considerações filosóficas 

    As considerações filosóficas  do Delfim são instigantes, mas o que precisamos no momento atual são conselhos práticos para sair mais rapidamente da crise. Por exemplo, o Delfim precisa dizer claramente se é a favor de continuar com a atual política de redução de gastos, cujo resultado é uma piora da situação fiscal, devido à queda maior da receita, ou se recomenda uma mudança.

    O Lula recomenda o estímulo ao consumo, via aumento do crédito, como forma de estimular o investimento e a economia. Qual a posição do Delfim a respeito dessa proposta?

    Para Delfim, o verdadeiro problema é o desequilíbrio estrutural inscrito na Constituição de 1988.

    Eu desconfio que a posição do Delfim é deixar rolar a crise, até chegar ao ponto em que são feitos os necessários “ajustes” nos benefícios sociais. Nas palavras dele: “..já não há qualquer solução possível a não ser o estabelecimento, na Constituição, de um mecanismo de cointegração quase automático entre a receita e as despesas primárias do governo, que gere um superávit primário para sustentar a relação dívida bruta/PIB em patamar adequado que torne possível, quando necessário, mitigar os efeitos do ciclo econômico com inteligente política fiscal”.

     

  13. Pergunta pessoal…

    Caro André:

    O ministro da fazenda da presidenta manda ou mandará, independente do nome?

    Ele terá autonomia pra criar um plano sem as intromissões quase sempre desastradas da primeira mandatária?

    1. Delfim operou sob

      Delfim operou sob circunstancias de poder autoritario de quem estava acima dele e por inumeras vezes foi confrontado e soube sair bem desses confrontos.

       

      1. Será?

        Olha André,

        Não sei se ela não é pior do que aqueles generais, mulher que gosta de mandar sai de perto, principalmente se for chefe….

        Mas acredito no Estatuto do Idoso, afinal de contas Delfim tá no 8.5!

  14. Sonhos e esperanças…
    Lula
    Sonhos e esperanças…

    Lula para ministro

    Diz aí, que sonhos?

    Da casa própria, da erradicação da miséria. …

    Dos altos lucros bancários, dis financiamentos subsidiados e garantias de lucro?

    Alguém mais prometeu e cumpriu esse script, além do PT?

    Alguém acreditaria em promessas de crescimento com a retração mundial?

    Menos ladainha senhor, menos ladainha.

    1. Mas tambem foi o comandante

      Mas tambem foi o comandante do milagre economico brasileiro, o maior crescimento mundial na decada de 70.

      Generais brilhantes tambem perdem batalhas as vezes.

          1. Tão boa a situação que os
            Tão boa a situação que os governos que sucederam a ditadura não conseguiram governar até que FHC vendeu metade do país a preço de banana para poder fazer cumprir as obrigações fo país.

            Triste história, que alguns ainda distorcem.

          2. Não conseguiram governar por

            Não conseguiram governar por absoluta incompetencia. Sarney + Collor tinham boa politica economica?

      1. Ei vivi no Brasil nos anos

        Ei vivi no Brasil nos anos 70, Andre.  O tal “crescimento” er de… do que?  Abracadabra economico que “cresceu” sem dar um centavo pra ninguem da populacao do Brasil.  De todo esse “crescimento” dos anos 70, nao sobrou um centavo pra ninguem.

  15. Efeito Jim Jones no PT

    Sem entrar no mérito se Delfim é ou não o nome, se por um ato tresloucado Dilma confirma o Delfim no Minitério da Fazenda, a dupla de lunáticos do PT, Breno Altman e “Valtinho” Pomar, iria comandar uma sessão de suicídio coletivo da militância do Partido semelhante ao do reverendo Jim Jones, em 1978. Dilma embaçou o quanto pôde com o nome da Kátia Abreu, enquanto isso o Breno Altman se contorcia em convulsões apopléticas, chegando ao ponto de garantir que dona Kátia jamais seria ministra. Com o Delfim, o PT perderia metade da militância, conduzidos ao suicídio pela dupla. E já que a idade não vem ao caso, o Jarbas Passarinho está lá em Belém do Pará, aguardando a convocação. 

    1. Jarbas Passarinho é 8 anos

      Jarbas Passarinho é 8 anos mais velho que Delfim e ao que eu saiba nunca comandou a economia brasileira, que é o tema do post.

  16. Nenhum
    Nenhum nome que entre na vaselina, em cima do muro, pensando em agradar gregos e troianos, irá ter sucesso.

    O chamado lulismo se esvaiu.

    A terceira via naufragou no seu nascedouro, na Inglaterra de Blair.

    Terão que ter coragem de assumir o seu lado.

  17. Carência de nomes no Brasil

    A dificuldade em encontrar um nome forte para os ministérios da Fazenda e da Justiça é um péssimo sintoma para o país. Não fomos capazes de galvanizar sumidades ou entidades em persona ao longo das últimas décacas. Sintomas maiores:

    1) Fernando Henrique nomear um operador do mercado financeiro de Wall Street, funcionário graduado (mesmo assim funcionário, batedor de cartão) de grande investidor americano, como presidente-salvador do Banco Central Brasileiro. Imaginem o Federal Reserve pescando um nome para o seu conselho de governadores de uma mesa de operações de banco de investimento. 

    2) Fernando Henrique nomear Renan (o senador) como ministro da Justiça. Dispensa maiores comentários…

    3) Dilma ter que pedir benção ao presidente de conselhor de grande instituição financeira para nomear o Ministro da Fazenda;

    4) Zé na Justiça de Dilma. Já amplamente discutido.

    Ao longo do governo Lula, Lula teve dificuldade em fazer encontrar nomes em instituições sagradas da institucionalidade brasileira como o STF, PGR, entre outras.

    Fato é que essa carência de nomes-sumidades é sintomaticamente terrível para o país. De um lado, não vai ser tercerizando o processo de Recrutamento e Seleção de ministros junto a headhunters (conheço defensores dessa perspectiva até hoje) que se resolverá o problema. Por outro lado, são escassos os nomes vindos de universidades, de grandes corporações, dos governos de estados, ou até mesmo da própria máquina pública.

    O Brasil já teve sumidades que superaram tempo, espaço e geografia: Barão do Rio Branco, Osvaldo Aranha, Raul Fernandes, Afonso Arinos, Roberto Campos, Celso Furtado, Delfim Neto, Walther Moreira Salles, Horácio Sabino Coimbra (quem abriu o caminho comercial da RP da China), San Tiago Dantas, Francisco Negrão de Lima, Eliezer Batista. A lista é enorme….no passado.

    E hoje? estou com dificuldade de soletrar um nome.

     

     

     

    1. Bom comentario. O Brasil do

      Bom comentario. O Brasil do passado, desde a Primeira Republica, passando pelo Estado Novo e Republica de 46 tinha uma ELITE POLITICA E ADMINISTRATIVA de primeira linha. O Banco do Brasil de meu tempo fornecia excelentes funcionarios para todo o Governo, o Itamaraty a mesma coisa, o Exercito forneceu bons presidentes e diretores da Petrobras, o general Stenio de Albuquerque Lima dirigiu a construção da refinaria de Cubatão, começou e terminou com a mesma casa e o mesmo carro,

      hoje os ministros são de ingrejas, milicias, times de futebol, radios, nenhuma sumidade em coisa nenhuma, um grande Pais, um dos maiores do mundo, administrado por uma ralé, com honrosas exceções.

       

    2. Concordo. Porém….

      … nenhum desses nomes significou um país mais justo ou rico.

      Mas que estamos vendo o resultado de um sistema de ensino ao mesmo tempo excludente e ridículo, isso estamos.  Os poucos incluídos no sistema de ensino acabavam indo fazer pós-graduação no exterior (com dinheiro público muitas vezes) e nós ficávamos sem o conhecimento.

      Hoje mudou? Claro que não!

       

       

  18. De Nassif

    Delfim montou a seguinte equação:

    A economia explodiu. Com os preços estourando e a OTN congelada, as empresas passaram a investir furiosamente em estoques, colocando mais lenha na fogueira. Em pouco tempo a inflação comeu a maxidesvalorização.

    As contas externas entraram em pane. Para tapar buraco externo, Delfim se valeu das estatais se endividando a pleno vapor. Recorreu a operações de leasing da Petrobras para exportações fictícias. Arrebentou com os controles fiscais e com as contas direcionadas.

  19. goebbels

    Primeiro uma sugestão: colocar login via g+ para comentários.

    Em segundo lugar, parabéns por sugerir um nome, que, além de eu não concordar, não será usado. A coisa vai ficar com o Levy mesmo, já decidiu uma vez, tá decidido.

    E quem salvou a Alemanha não foi economista, foi Goebbels, post-mortem, com uma articulação azeitada da mídia com as ações/decisões econômicas. Não tem como o Brasil deslanchar com este complexo de vira-latas tão decantado, tão decantado a ponto de um cara como Dan Stulbach, que parece esperto, virar quase herdeiro de um Jabor.

     

     

  20. André fica dificil acreditar

    André fica dificil acreditar no governo, porque o PT no ambito nacional prega o ajuste fiscal, mas nos estados são os maiores opositores dos ajustes fiscais estaduais, exemplo no RS o ajyuste fiscal do governador Sartori..

    São duas posições antagônicas que o partido tem e ao mesmo tempo..  

    A conclusão é que não querem resolver a crise , mas é a defesa de um projeto de poder que norteia o PT.

    A crise foi gerada por ações deste governo para se perpetuar no poder.

    E entre o interesse nacional e a permanência no poder, a escolha é o poder não o país.

     

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