O protesto de terça em SP e o policial que citava Jung

Do Jornal GGN

Psicologia das massas e vinagre na batida da polícia

Participar de um protesto ou trabalhar nele – seja como repórter ou vendendo água – tornou-se um desafio nos dias de hoje. Na noite de terça-feira (30), durante o ato contra o governador Geraldo Alckmin, que teve início no Largo da Batata, em Pinheiros, não foi diferente. Mesmo assim, Nacho Lemus e eu acompanhamos os protestos. Comparado aos anteriores, que juntaram mais de 10 mil pessoas de uma só vez, esse conseguiu reunir um grupo modesto, de cerca de 200 pessoas.

A polícia militar foi às ruas para conter os black blocs, ou BBs, que são os anarquistas perseguidos da vez. Durante o trajeto que se esticou pela avenida Rebouças, um o outro manifestante gritava, na tentativa de impedir os pixos e depredações de lojas e bancos – o que foi em vão. Até eu, que fiquei entre um BB e uma agência bancária, por pouco não viro alvo de uma pedrada. Há quem diga que protestos devam ser pacíficos, mas se assim o fossem não seriam protestos, e sim, passeatas. Mas deixemos esse debate para outra ocasião.

No meio do tumulto, gente que nem sabia a razão do protesto se misturava a grupos dispersos. Uma delas era uma mulher que chorava por causa dos efeitos da bomba de gás lacrimogêneo, que tinha sido jogada pela PM na direção do ônibus em que estava. “Odeio esses manifestantes! Acabei de voltar de uma entrevista de emprego… eu só queria voltar para casa!”, disse, enraivecida.

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Luis Nassif

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