Palocci
O Ministro-Chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, deu ontem uma entrevista a Globo, justificando seu aumento de capital durante o tempo em que foi deputado.
Vou só aos pontos principais, visto ter experiência política no Vote Brasil, www.votebrasil.com , onde sou colunista.
O ministro afirmou que durante todo o tempo, declarou os seus ganhos na Prefeitura de São Paulo e na Receita Federal. Ótimo. Se os dados justificarem sua fortuna, está explicado e nada mais deve falar-se sobre o assunto.
Disse também que jamais prestou consultoria ao governo federal ou estadual. Neste ponto, só a investigação da Procuradoria-Geral da República pode dizer. Não se tem acesso a estes dados.
Foram os principais pontos. Mas e o seu prestígio pessoal no governo Lula? Não conta? Um simples agrado justificaria muita coisa. Espertamente, Palocci disse ser prova negativa, a mais difícil no meio judicial. Posso provar que não matei ninguém, se em determinada data estivesse em Gramado, RS e provasse que era verdade. Mas não tenho condições de prova, se estava no local do crime e o morto era adversário. Só a palavra não basta. O velho aforismo in dubio, pro reu anda sacrificado. São tantos os casos em que a dúvida não deve beneficiar o réu que devemos olhar com cuidado.
Em suma: Palocci foi calmo e com aparência inocente. Pode ser que sim. Pode ser que tenha surgido no cenário um novo Jack Nicholson. Ator para ninguém botar defeito.
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