Proposta de um novo modelo de partido

Um novo modelo de partido

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Achei um comentário interessante no site do Rodrigo Vianna, propondo um novo modelo de partido: e aí, o que vocês acham?



“Caro Rodrigo, aqui está o programa alternativo!!!

Não é o capitalismo que tem que controlar a internet e sim a internet (via o povo) é que tem que controlar o capitalismo.

Como a população controlaria o sistema???

1- Para alterar as regras do jogo eleitoral, precisamos primeiro, começar a fazer parte do jogo. Por mais que nós gritemos, fizermos passeatas, enviemos emails…nada disso comoverá os políticos, que lá estão. Por isso, a necessidade de se criar um novo partido político e exercer, através deste partido, a real vontade da população.

2- Este novo partido terá que apresentar uma proposta, totalmente diferenciada para a população. Caso contrário, será apenas mais um partido. A novidade será o website do partido, onde os filiados acessarão e votarão sobre os rumos das políticas publicas e sobre as escolhas dos novos candidatos.

3- A novidade trazida será a sua gestão descentralizada, ou seja, as decisões partidárias serão tomadas mediante o voto direto dos filiados no partido. O político que representa o partido, será apenas um interlocutor entre as decisões já tomadas pelos filiados e o congresso nacional. Ele não poderá agir por conta própria, nem contrariar o voto dos filiados, senão, estará automaticamente expulso do partido.

Porque a população se interessaria sobre isso?
– Pelo mesmo motivo que se interessam pelo twitter, facebook e Orkut.
– Por poderem interferir diretamente no processo de discussão e construção das leis.
– Por ser uma “coisa” transparente.
– Por não carregar os velhos vícios dos partidos vigentes.
– Por ser um processo dinâmico.
– Por ser nacional e não carregar o cunho de ser uma coisa de paulista, carioca ou nordestina.
– Por ser a única oportunidade de unir sobre um mesmo guarda-chuva, gente de esquerda, de direita, moderados e extremistas.
– O peso dos votos de cada dos filiados um é igual ao do outro.
– Por evitar a formação de blocos ou setores dentro do partido.
– Por que os filiados votariam em idéias e não nas pessoas.

Exemplo:

Imagine que exista no congresso o seguinte projeto: Projeto de lei que obriga as TV e Radios de tocarem, 3 vezes por dia, o hino nacional.

Como funciona a politica hoje:

– O gabinete do deputado/senador receber uma cópia do projeto de lei;
– Os assessores analisam o projeto e repassam para o politico os principais pontos;
– O político, então, agenda conversas paralelas com as pessoas da área de comunicações para saber os prós e contras do projeto. (jornalistas, empresarios do setor e etc)
– Se o projeto for atingir o setor “negativamente”, no ponto de vista do empresários, o parlamentar “sabiamente” decidirá então, cobrar um “taxa de sucesso” desses empresários, para que o projeto não siga para a votação ou se for, que ele seja alterado para que não prejudique os interesses dos tais empresários.
– O projeto vai a votação e esses honrosos politicos fazem as alterções, embargos juridicos e todas as chincanas possiveis, para que o projeto saia de acordo com os interesses de quem esta pagando a tal “taxa de sucesso”.

Como funcionará:

– O gabinete do deputado/senador receber uma cópia do projeto de lei;
– Automaticamente o projeto seria colocado no site do partido para leitura e discussão pelos filiados.
– Uma lista com os 10 principais pontos, a favor e os 10 principais pontos, contra, seria feita para sintetizar as partes mais importantes.
– Os filiados logariam e teriam acesso para leituras e comentários.
– Seria aberta a votação.
– Encerrada a votação, a posição vencedora, seria levada pelo parlamentar do partido da web, para o congresso, para que o mesmo a apresentasse como uma posição do partido.

Perguntas e respostas:

Porque só seriam eleitos deputados e senadores em um primeiro momento?
– Existem 3 poderes constituídos no Brasil: Executivo (prefeitos, governadores e presidente), Legislativo (vereadores, Deputados estaduais, Deputados Federais e Senadores) e Judiciário (Juizes de varias intancias, promotores e etc)
Como as leis são feitas no congresso e este é constituido por Deputados Federais e Senadores é lá que temos que atacar primeiro.

Para o executivo e o judiciario, seria implementada uma segunda fase.

Porque o token + senha?
– A questão que seria mais discutida e martelada pela imprensa, governo e oposição seria a questão da confiabilidade do banco de dados e das votações.
Estes 3 personagens (midia + oposição + governo) se juntariam para poder desacreditar o projeto e dizer que as votações são manipuladas.
Teriamos que fornecer o maximo de segurança e confiabilidade no processo de cadastramento dos filiados, votação e apuração.
Um cartão de senhas númericas aleatórias (token igual ao do Bradesco) + uma senha de 8 dígitos seria o suficiente para uma boa segurança.

Como o partido seria gerido?
– Um grupo de pessoas seria responsável por gerenciar a ferramenta, porem estas pessoas não poderiam se tornar candidatos. Já as pessoas que queiram se tornar candidatos, não participariam da gestão da ferramenta.

Como seria o processo de discussão?
– Os filiados, ao acessarem o site, leriam os projetos e fariam comentários, criticando ou enaltecendo o projeto. Os comentários seriam avaliados, pelos outros filiados, que poderiam dar notas (+1) para os bons comentários feitos.

Como seria o processo de alteração do projeto?
– Se algum ponto do projeto for muito controverso, algumas votações isoladas poderiam ser feitas, apenas para alinhar estes pontos. Exemplo: A maioria dos filiados entende que o hino nacional deve ser tocado, mas apenas 2 vezes ao dia. Assim colocasse em votação primeiro este item, e depois o projeto, já ajustado.

Como seria o processo de votação?
– Em um dado momento, as discussão online seria encerrada e os filiados estariam aptos a votar os projetos. As pessoas se posicionariam a favor, ou contra, o projeto. Só poderia votar uma vez e sem permissão, de alteração posterior.

Como se tornar um candidato?
– Qualquer filiado poderia se candidatar a um cargo. O que determinaria os candidatos seriam a quantidade de avaliações positivas que o candidato tivesse em seus comentários. (Como se fosse uma avaliação de “behavior score”)

Isso demonstraria:
1) As pessoas com maiores votações (avaliações) são as que mais participam e estão “antenadas” nos mais diversos assuntos;
2) São pessoas que conseguem através de um espaço reduzido, propor algo novo. Explicar isso para uma quantidade grande de pessoas.
3) Seriam as pessoas mais preparadas (independente da educação formal) a representar e levar a mensagem do grupo aos demais parlamentares.

Seria feita uma analise do coeficiente eleitoral para se determinar quantos candidatos seriam lançados por estado. Então, seriam feitas algumas discussões presenciais e debates com estes pretendentes, para analisar discurso, fala e demais atributos.
Feitos isso, estes candidatos seriam colocados no site para serem selecionados, por votação direta dos filiados, quem seriam os candidatos do partido.

Porque não seriam aceitos politicos de outros partidos como candidatos?
– Simplesmente porque não precisariamos deles e segundo, porque iria “queimar o filme”.
No que está sendo proposto, não há a necessidade de se abrir a porta para os políticos profissionais.

Porque o politico só poderia se candidatar por dois mandatos?
– Pra que ele quer ficar mais? Nesse modelo a importância do politico é bem reduzida. Não há a necessidade de se fazer uma carreira politica.

Quais seriam as “clausulas pétrias” (imutáveis) do estatudo do partido?
– O partido se chamaria PINTA: Partido da Internet Aberta e teria como ponto base a disseminação da internet para toda a população brasileira, bem como, a democratização dos meios de comunicação.
– O parlamentar eleito pelo partido tem a obrigação de seguir a votação do partido. Se não o fizer, estará automaticamente expulso;
– Ninguem pode se candidatar mais do que duas vezes para o mesmo cargo.
– Todas as contas do partido seriam abertas no site.
– O partido não aceitaria doação de nenhuma empresas privadas, apenas de pessoas fisicas e limitado ao valor de um salário mínimo.

Tecnologia para fazer isso tudo…já temos!!!

abs,
Giovani”

Deixo já aqui minha opinião: acho que esse projeto tem pontos muito bons, porém ainda sou um pouco cético em relação ao fim do “político profissional”. Existe algo dentro de nós, seres humanos, que precisa da personificação, a pessoa que faz. O projeto com as pessoas nos bastidores é sim importante, porém o ser humano (principalmente os de camadas mais pobres) muitas vezes se deixa levar pelo culto à pessoa, o que pode tornar esse projeto inviável. Mas e vocês, o que acham? 

(PS: aqui vai o link para quem quiser ler a matéria e o comentário do Giovani)

http://www.rodrigovianna.com.br/palavra-minha/o-povo-na-rua-mas-nao-aqui-no-brasil.html

Luis Nassif

1 Comentário

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  1. A DEMOCRACIA DIRETA AVANÇA!

    CONHEÇA O PARTIDO DA INTERNET!

    Já temos gente engajada nessa proposta, mas é fundamental que haja participação das pessoas de boa vontade. Porque senão, os políticos profissionais e seus assessores podem perfeitamente invadir e tomar conta do novo partido, desviando-o para outro caminho.

    VEJAM O MARAVILHOSO E REVOLUCIONÁRIO ESTATUTO DISCUTIDO PELO PARTIDO DA INTERNET (A ideia pode ser levada para seu partido também):

    https://docs.google.com/document/d/1hsYS3RFAmWelFKNLpi_kyHOaEWemOBG1Mlrov_JaVNs/edit?pli=1#heading=h.zcngrmsuc70h

    https://www.loomio.org/d/VpNvrMHF/estatuto-do-partido-da-internet

    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1578617799086616&set=gm.910128532377836&type=1

    O brasileiro precisa se conscientizar de que os bilhões de reais dados pelos bancos às campanhas presidenciais, representam a própria corrupção no Brasil. Por isso essa gente, os banqueiros, exportadores, especuladores imobiliários, etc; nunca sofrem nada, mesmo nas crises. Vejam a situação confortável em que se encontram, ficando praticamente isentos de impostos, enquanto nós pagamos a conta sozinhos:

    http://democraciadiretabrasileira.blogspot.com.br/2015/02/impostos-sim-mas-com-justica.html

    Isso não ocorre apenas porque eles compram todos os principais candidatos a presidente, que quando chegam lá, já estão comprometidos com essas oligarquias. O principal culpado somos nós mesmos, que não nos dispomos a lutar por mudanças dentro dos partidos políticos, para torná-los mais democráticos; e nem ao menos ajudar quem está querendo trazer propostas novas ao Brasil. O que pode ser feito sem gastar um único centavo, para quem não tem condições; bastando participar e ajudar com trabalho voluntário, onde for preciso. Ou seja, enquanto eles despejam bilhões de reais, para ter acesso ao centro de decisões políticas do país; nós não nos dispomos nem de participar de uma reunião, ajudar a formar uma ideia, fazer uma crítica, etc; ajudando quem está procurando associar, organizar, e unir a sociedade; para que tenha mais força, e possa enfrentar a corrupção. Por isso quem manda no país, e sai ileso de toda crise são eles…

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