A falta de acordo entre lideranças e ausência de quórum para votação adiaram, mais uma vez, a apreciação das contas do prefeito de Salvador, João Henrique (PP) na Câmara Municipal. Mas entre os vereadores, a avaliação é que o momento pós-eleições é desfavorável ao prefeito, que enfrenta, além da oposição, a rejeição de vereadores da sua própria bancada.
O presidente Pedro Godinho (PMDB) convocou reunião de líderes para a próxima terça-feira, para discutir o assunto. Godinho vê dificuldades em relação à votação dos nove projetos encaminhados semana passada pelo Executivo. “O clima é favorável à votação das contas, mas desfavorável à apreciação dos projetos”, afirmou. “Falta tempo”, afirmou.
Hora do troco – A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) enfrentou a resistência do líder do governo, Téo Senna (PTC), ao tentar votar pedido de preferência para a apreciação das contas. “Fui surpreendido com o pedido, já que havia pauta de projetos não-polêmicos definida”, diz Senna. O tempo de discussão foi suficiente para que parte dos vereadores se retirasse e fosse constatada a falta de quórum no plenário.
Alguns parlamentares defenderam a votação até o final do ano. “Devemos fazer isso em respeito à cidade”, disse Sandoval Guimarães (PMDB), presidente da Comissão de Orçamento e Fiscalização e responsável pelo relatório que concorda com o parecer do Tribunal de Contas do Município, que rejeitou as contas. Mas, além de Sandoval e apesar da resistência de Senna, integrantes da bancada do prefeito se declaram favoráveis à votação imediata.
“Já passou da hora”, afirmou Paulo Magalhães Jr. (PSC). “Vou referendar o parecer do TCM e da Comissão”, disse. Alemão (PRP) tem a mesma intenção. “Ser da base governista não me impede se ser coerente”, salientou. Para Gilmar Santiago (PT), ao deixar a votação das contas para depois das eleições, o prefeito perdeu o timming. “Há problemas na relação do Executivo com a sua base de sustentação no final da gestão, sobretudo depois que o prefeito declarou seu apoio a apenas uma das candidaturas da base. É a hora do troco”, analisou.
Fonte: http://atarde.uol.com.br/politica/materias/1468588
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