As novas tecnologias contra distúrbios civis

Sugerido por Milton Corrêa da Costa

Do Extra

Feira internacional de segurança no Rio mostra novas tecnologias para serem usadas em protestos; PM faz testes

A 13ª edição da Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública (Interseg), que começou neste domingo e termina nesta terça-feira no Riocentro, na Barra a Tijuca, Zona Oeste do Rio, apresentou tecnologias voltadas para a dispersão de manifestações. A Polícia Militar do Rio já testa algumas das novidades.

Exclusiva para agentes de segurança, a feira traz novidades como uma nova linha de spray de pimenta com alcance maior, desenvolvida pela Condor. Os que são atualmente usados pela Polícia Militar carioca vão até um metro. Os novos chegam a três. A PM faz testes com o novo spray – que ainda não teve o preço definido – durante a feira.

O canhão de som

O canhão de som Foto: Lucas Figueiredo / Extra

Outro aparelho também testado pela PM durante a feira é um canhão de som usado para dispersar multidões. O aparelho está sendo vendido pela Condor, é portátil, tem alcance de 1.500 metros e 150 decibéis. O canhão é fabricado nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em agosto. O preço dele ainda não foi definido.

Uma Taser de quarta geração

Uma Taser de quarta geração Foto: Lucas Figueiredo / Extra

Entre as pistolas elétricas, a grande novidade é a quarta geração da Taser. O novo modelo pode até dar duas cargas de choque de 50 mil volts e tem câmera acoplada, que grava toda a ação. Além disso, quem manuseia a arma pode fazer uma advertência sem atirar, mostrando apenas uma centelha. Cada kit completo custa US$ 1.900. No Brasil, a nova Taser é usada pela Justiça Federal, para segurança dos juízes.

As balas de borracha podem conter tinha ou pimenta

As balas de borracha podem conter tinta ou pimenta Foto: Lucas Figueiredo / Extra

Balas de borracha que podem conter tinta ou pimenta também são outra tecnologia que podem ser usadas em protesto. A tinta marca roupas e também a pele e pode ajudar a identificar vândalos, por exemplo. A pessoa marcada é levada posteriormente para a delegacia.

– Essa tecnologia foi desenvolvida este ano por conta de demandas recentes de manifestações e da dificuldade da polícia em identificar os vândalos no meio dos protesto – disse Massilon Miranda, gerente de marketing da Condor.

As balas são usadas em dois tipos de pistolas não-letais.

A câmera que transmite imagens para celulares

A câmera que transmite imagens para celulares Foto: Lucas Figueiredo / Extra

Câmeras que podem ser acopladas em óculos e uniformes e transmitem a ação em tempo real, via bluetooth, para celulares, estão em fase de testes na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros. Elas já são usadas por 60 mil policiais dos Estados Unidos e dez mil em toda a Europa. Todo o kit custa R$ 6 mil.

Luis Nassif

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