Bolsonaro indica, agora, que está sem saída e que deve cortar recursos de pobres

Jornal GGN – “O Auxílio Emergencial, infelizmente para os demagogos e comunistas, não pode ser para sempre”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em comunicado nas redes sociais, na manhã desta terça (29).

A declaração do mandatário ocorre um dia depois dos anúncios de sua equipe econômica, encabeçada por Paulo Guedes, de que o novo programa social, o Renda Cidadã, será sustentado pelo hoje auxílio emergencial, com o uso de precatórios e de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), além, é claro, dos recursos destinados ao Bolsa Família.

Apesar da negativa pública de Jair Bolsonaro, de que não tiraria recursos dos pobres para dar aos mais pobres, a proposta de gastos do Orçamento para 2021 não é sustentável, já sem incluir este programa, conforme mostramos em reportagem. Segundo análise de técnicos, o Teto dos Gastos deverá ser rompido.

Entretanto, ao dar o anúncio nesta segunda (28), sobre a forma de financiamento desse Renda Cidadã, o ministro de Jair Bolsonaro frisou que irá se comprometer com a política fiscal e não irá ultrapassar o teto. A saída? “Substituições”, admitiu Guedes.

Tanto os investidores, como representantes de entidades civis se manifestaram contrários e repudiando a decisão. Por parte dos investidores, o governo não apresentou ainda uma proposta de reforma tributária e não ficou claro como os novos gastos serão arcados sem haver mais cortes.

No Congresso, relatores da proposta do Fundeb criticaram duramente o governo, e defenderam que o projeto seja reprovado. barrado. “Absurdo completo, lastimável e impensável”, disse o senador Flavio Arns (Podemos-PR) ao jornal O Globo.

“Eu diria que as chances de aprovar uma matéria dessa natureza é muito difícil no Senado e na Câmara. Todo mundo votou na Câmara justamente o contrário e agora vão querer mudar tudo. A chance de ser aprovada é difícil”, disse.

“Lá na década de 70, talvez até 80, era possível fazer asfalto a dois quilômetros da escola, na porta da escola, e colocar como recurso da educação. Esse tempo já passou e passou muito. Quando a educação funciona, eu estou fazendo uma enorme mudança na situação de vulnerabilidade de uma família. Acho que há uma falta de compreensão da importância da educação para esse desenvolvimento, e esse é o ponto mais lamentável”, disse a deputada Dorinha (DEM-TO), também ao Globo.

Na mensagem, Bolsonaro revelou que não encontra saídas, pedindo, inclusive “opções de como atender a esses milhões de desassistidos” da imprensa, criticando-a, e afirmando que o governo está “aberto a sugestões juntamente com líderes partidários”.

Entenda mais:

 

 

Redação

Redação

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  • Já era qualquer expectativa de solução...
    quem pede ajuda ao mesmo tempo que ameaça a imprensa, só quer uma coisa, tirar o corpo fora e torcer para que que tudo piore.

    Foi por aí que se elegeu e o que aconteceu? só piorou

    passou a maior parte do tempo negando tudo que nem percebeu que tudo que negava estava acontecendo da pior forma possível ou imediatamente após suas negativas

  • Quem nunca aprendeu a produzir, apenas chupinzar das coisas alheias, como vai gerar algo sustentável? O sujeito viveu sempre a custas de trabalho fácil, de enganar e mentir para se servir, extrair do estado e de funcionários com requintes milicianos, pensa que na governança de um país dá para se sustentar por jeitinhos e enganando o gado que aceita qualquer tipo de capim. Dá para ver o tipo de ensinamento desajustado que deu aos filhos:
    - dizendo que se puder, sonega mesmo.
    - que para se servir, mesmo que tenha de prejudicar e disputar com sua própria mãe.
    - para pagar as despesas de sua vida enrolada, mesmo que tenha de extrair de suas funcionárias, que você já paga a maior o salário (o assessor não vai fazer nada mesmo), para se locupletar com dinheiro público. Peque e faça o outro pecar também. Comete um crime, mas como covarde leve um comparsa.

    É este paraquedista irresponsável que cai bem, na maior crise já vivida pelo país, estando na cadeira presidencial.

  • É só revogar a lei sobre teto do orçamento e propor ao CN, um novo orçamento readequado à realidade e necessidades do povo brasileiro, não prejudicando os pobres, pois tais recursos, se não sabem, é quem estimula o crescimento do mercado interno, fortalece os pequenos comércios e gera empregos e renda no seio da população.

  • Por que rico, rico mesmo, que ganha centenas de milhares de reais por mês, quase não paga IRPF? Por que só no Brasil, praticamente, milionários que vivem dos dividendos, sobretudo dos bancos, não pagam IRPF? Por que o ministro da "economia" e seu bando (em merecidas minúsculas) não pensam nem um segundo nos interesses do Brasil? Por que, SEM NENHUM VOTO, o mercado financeiro parasita manda mais do que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário aqui no Brasil?

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