A discussão sobre o ensino paulista

Por Fabiano Duarte

Nassif: hoje, dia 15 de outubro, comemora-se o dia do professor. Desde 1965 que me dediquei como professor da escola pública, aqui no Estado de Sâo Paulo.

Nos anos da ditadura militar, com ato institucional, nós educadores, faziamos greves e passeatas em que colocavamos mais de 50 mil profissionais da educação em passeata pela avenida paulista, consolação etc. Era Secretário naquela época o sr. José Bonifácio Coutinho Nogueira. Conseguimos várias conquistas e até um plano de carreira bastante razoável. O Secretário, na época, ouviu as entidades e os reclames dos educadores.

Depois, com outros governos e governantes, o magistério só teve perdas, e muito desqualificado. Tivemos algum avanço na época do sr. Fleury, especialmente com a introdução do modelo denominado de “Escola Padrão”. Foi um projeto muito descutido com diretores e supervisores. O Secretário da educação participava de reuniões e debatia com diretores a respeito da implantação do projeto em questão. As bases eram ouvidas e decidiam. Depois de um início tumultuado, já no primeiro ano da implantação do projeto, os diretores das escolas que não entraram no projeto, percebendo o progresso que acontecia nas escolas “padrões”, procuravam ser indicados e as escolas onde eram diretores, se transformassem també em “escola padrão”.

Em 1994, com a eleição de Covas para o governo de Estado e sendo indicada Secretária da Educação a sra. Tereza da Silva Neubauer, foi lançado, após três meses do novo governo, Covas e Secretária decretaram a reforma do ensino público paulista e é esta que vigora até hoje, lamentavelmente e com medidas draconianas mais rígidas ainda e com muita desqualificação dos profissionais da educação.

Ninguém, da base participou da eleboração do projeto imposto  guela abaixo pelas autoridades. Como dizia Guiomar N. Melo, a cabeça autoritária do grupo do psdb: nós não somos basistas e portanto dicidimos tudo o que nos parece bom para a educação. Foi um desastre e a aprova disto está nos resultados medíocres das avaliações a que são submetidos os alunos das escolas públicas paulistas. Há mais de 16 anos que o magistério não tem aumento salarial, as salas de aula estão abarrotadas com 40, 45, e 50 alunos. O número de aulas semanais que eram de 30 aulas-semanais, para racionalizar custos, passaram para 25, com a diminuição das aulas de física, quimica, biologia, geografia, história, educação física, ciências.

Nestsas condiçõe fica muito difícil realilzar um trabalho pedagógico de qualidade. As escolas estaduais passaram a produzir analfabetos funcionais. Durante os anos de Serra, a desqualificação dos educadores, a humilhação a que estes profissionais foram submetidos, inclusive pela mídia, que sempre apoiou os governantes psdbistas, foi impressionante. Até a cavalaria foi colocada contra os professores na avenida Paulista, sendo governador o ser. Covas. E agora, volta como governador eleito o sr. Alckimin, inclusive com o voto de grande parte dos professores.

Neste cenário, jamais a educação paulista terá qualquer melhora e o ser Serra aparece na televisão falando de dois professores na primeira série e loutras coisas que knão têm levado a qualquer melhoria. É muita enganação. O psdb-dem jamais fará alguma coisa para melhorar o social e isto se constata com clareza aqui no Estado 

Luis Nassif

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