Os 1.500 “notas zero”

Considero balela essa história dos 1500 professores que tiraram nota zero nas provas da Secretaria da Educação para selecionar substitutos.

Estatisticamente é impossível por várias razões óbvias:

1.Não sei a quantidade de questões, algum de vocês poderia mandar o link da prova. O que digo é estatisticamente impossível 1500 professores não saberem a resposta certa de sequer uma questão. É impossível, a não ser que as questões não tivessem um ponto de contato sequer com o currículo dos professores.

2.Mesmo não sabendo, seria muito difícil que, no chutômetro, 1500 professores tivessem errado todas as questões.

Então é bastante provável que a Secretaria da Educação, Maria Helena, esteja faltando com a verdade ao insistir nesses dados – e os jornais repetirem.

Agora os que são contra o exame têm apresentado argumentos no mínimo inconsistentes. Outro dia li um artigo da presidente da APEOSP falando em boicote dos professores (o que explicaria a tal epidemia de notas zeros) e em prova mal feita. Aí dá discussão da boa.

Mas na Folha de hoje, o artigo da professora Ângela Soligo, contra os sistemas de avaliação expõe argumentos que apenas servem para depreciar a luta dos professores.

Diz dela, entre outras coisas:Esses processos avaliativos baseiam-se em instrumentos padronizados, inspirados na ideia de meritocracia: padronização na desigualdade -provas iguais para realidades e condições de aprendizagem e de existência desiguais.

Por tudo o que conheço das formas de utilização das avaliações, procura-se comparar escolas de realidades homogêneas. E, especialmente, comparar a escola consigo mesmo, premiando as que experimentaram avanços, ainda que sobre um base baixa.

(…) Mas a experiência mostra que os professores mais bem avaliados escolhem as escolas com as melhores condições de trabalho, o que só contribui para ampliar o abismo educacional e social que marca o nosso Estado.

Ora, existem os professores mais bem avaliados, os menos bem avaliados e os sem condição de dar aula. Se houver seleção adequada, todos ganham, mesmo que as escolas com melhores condições de trabalho sejam mais beneficiadas.

Não defendo aqui que não se avalie, mas me contraponho a esse processo avaliativo. É possível pensar em outros mecanismos de avaliação: pelos pares, pelos alunos, pelos produtos do processo de ensino-aprendizagem, que representam perspectiva mais democrática e realista, pois levam em conta os sujeitos do processo e as condições de produção.

Processos de avaliação precisam ser objetivos, técnicos. Não existe democracia em processo de avaliação. A democracia, nas escolas, deve se manifestar na atuação das associações de pais e alunos batalhando por melhor ensino, ou junto com os professores contra o Estado, ou pressionando os professores.

Mas há outros pontos a considerar.

O primeiro deles é o princípio meritocrático, que “enche a boca” de políticos, estudiosos, curiosos etc. A questão do mérito não pode ser desvinculada das condições de produção do sujeito e suas competências. Não se pode de fato falar de mérito em condições tão desiguais de existência, seja de alunos, seja de professores.

Mas, claro. Sem medir, como vai se chegar ao diagnóstico adequado. É evidente que os sistemas de avaliação devem vir acompanhados de uma retaguarda para o professor. Não entendi o que a professora quis dizer sobre as condições do mérito não serem desvinculadas das competências do professor. Presumo que um sistema de avaliação de um professor avalia a sua capacidade de dar aula e ensinar. Ou não?

Na desigualdade profunda que nos marca, no máximo podemos falar em mérito relativo, o que torna os instrumentos de avaliação -as provas- um fraco indicador de qualidade.

É sofisma. Se se comparam escolas de uma mesma região entre si, ou se a avaliação é sobre o avanço relativo de cada escola, o argumento não procede.

(…) Ora, os discursos oficiais, que colocam na competência do professor e nos cursos de capacitação toda a responsabilidade pela melhoria da educação, vêem reforçada nesses dados sua tese de que, para que a educação “ande nos trilhos”, basta o esforço do professor e a liderança do gestor.

Não é isso o que ocorre. Quando os indicadores são ruins, o Secretário é o primeiro a ser crucificado, e com justiça. Vice caso Chalita.

Mas será isso mesmo? Será que podemos esperar que a educação melhore se promovermos cada vez mais processos avaliativos e classificatórios que somente apontam culpados, mas não levam a efetivas mudanças nas condições educacionais?

Para poder melhor tem que medir a avaliar. Senão, jamais se saberá se melhorou ou não.

Podemos esperar um professor altamente qualificado com os baixos salários praticados no Estado, a carga horária desumana, as salas de aula superlotadas, as escolas sucateadas, as bibliotecas empobrecidas ou trancadas, os processos de exclusão da cultura do aluno e de sua família?

Argumento contra a política de salários da Secretaria, mas que nada tem a ver com sistemas de avaliação.

Luis Nassif

49 Comentários

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  1. Nassif, se houve boicote,
    Nassif, se houve boicote, como há no Provão do MEC, especialmente nos cursos de humanas, como deve agir o poder público? Aceitar o boicote? Ou promover o mérito na categoria? Eu fico com a segunda opção. 15 mil zeros deve ser fruto de boicote mesmo. E tal ato merece punição.

    É só informar que 15 mil professores boicotaram e não que 15 mil analfabetos funcionais participaram da prova.

  2. Nassif,

    não tenho o link das
    Nassif,

    não tenho o link das provas,
    mas o conteúdo estava relacionado
    com os cadernos da Proposta Pedagógica (currículo)
    e que foram enviados pela SEE/SP às escola no ano de 2008.
    Os proferessores deveriam estudar os conteúdos da
    5ª série ao 3º do ensino médio para serem avaliados.
    Tenho professores que trabalharam na mesma U.E em que trabalho e que “supostamente” tirou zero, conheço estes professores,
    e sei que estudaram e que dificilmente iriam zerar a prova.
    Aqui em Guarulhos, vários professores que fizeram a avaliação numa mesma escola tiraram nota zero, o que deixa essa história mais estranha ainda.
    Sei que estamos numa fase de mudança que estão sendo efetuadas
    pela SEE/SP, muitas são boas, e que visam melhorar a qualidade
    do ensino. Mas diante desses fatos, é preciso abrir uma boa discussão
    para que ao final não sobrem aos profesores a responsabilidade o não avanço na qualidade do ensino.

  3. Nassif,

    Sou favorável a toda
    Nassif,

    Sou favorável a toda forma de monitoramento. Acredito nos indicadores enquanto ferramenta de gestão: fornecem condições para o desenho das políticas e intervenções com vistas a debelar dificuldades, destravar entraves, obter avanços em áreas de maior sensibilidade.

    Mas, penso que compreendo algo das críticas da professora. O primeiro indicador de avaliação que os governantes deveriam adotar seria o mais simples de todos para se aferir: quantidade de horas/aula por professor/semana. Um indicador individual. Pergunta-se a cada professor quantas horas/aula cada um dá na rede pública, escola por escola, estadual ou municipal e particulares. Ou se ele, ainda possui outra ocupação além de lecionar.

    Medida decorrente: multiplica-se o número dor um percentual que se estabeleça como adequado para o tempo de preparação necessário: eu diria 1/1 (trabalhos, provas, leitura, construção das estratégias didáticas, etc…) e, dado o resultado dessa conta, examina-se se o professor pode viver assim.

    Conheço, em São Paulo, muitos professores entusiastas. Um deles, professor João, de matemática, chegou a 52 horas/aula semanais, contando rede pública estadual na periferia de Ribeirão Preto e no SESI. Desligou-se de tudo… nenhuma participação social, nenhum vínculo religioso, apenas aulas, trânsito, cansaço. Não deu conta. Adoeceu.

    O piso salarial do professorado deveria ser fixado em valor mensal mínimo, independente da quantidade de aulas. Fixado o valor da hora/aula, ultrapassando o piso mensal, o professor ganharia a diferença. Mas, o tempo de preparação pedagógiga deveria ser valorizado. Não é, em lugar nenhum do Brasil. Como ser bom professor sem ganhar para preparar aulas?

    Deveria haver um teto para para o número de horas/aula de um professor, já incluído o tempo de preparação. Eu fixaria esse teto no teto constitucional: tempo máximo de 44 horas/semanais. Pela minha proposta, se uma hora em sala de aula for igual a 1 hora preparando, então, nenhum professor poderia estar em sala de aula, somados os regimes públicos e privados mais do que 22 horas por semana!

    Pela proposta aprovada no Congresso, a proporção para preparação é de 1/3, o que elevaria o teto em sala de aula para 33 horas por semana.

    Sem perda de salário!

    Evidentemente, há muito mais que se fazer, mas não creio em medida alguma corretiva que não comece pela valorização do tempo de preparação e sua remuneração!

  4. Salário baixo não atrai
    Salário baixo não atrai qualidade. Ao contrário. Recuperar para patamares minimamente satisfatórios a qualidade da educação pública é tarefa para décadas. Será necessário aguardar, inclusive, a aposentadoria de muitos.

  5. Um dos grandes problemas
    Um dos grandes problemas atuais na administração da educação é a “AVALIOSE” (doença causada por um memovirus cujos sintomas são: avaliar e só avaliar).
    Soube que o boicote consistiu em entregar a prova em branco, o que justifica as notas zero. Acho que a questão que precisa ser respondida é porque os professores não são todos concursados (como era no meu tempo de estudante, quando a escola publica era a melhor do país). Houve concurso recentemente, mas o que aconteceu? Não existiam vagas suficientes? Não existiam candidatos para preencher as vagas?

  6. Vamos la. A maioria dos
    Vamos la. A maioria dos professores e muito ruim sim senhor. Especialmente em fisica, redacao e matematica. Tanto e que sao as materias onde os alunos das escolas publicas mais “penam” no vestibular.

    E dizer que e impossivel 15 mil professores terem tirado zero como faz o Nassif e “tampar o sol com a peneira”. A verdade e que 75% (tres em cada 4) tiraram menos de 6. Seriam eles proprios REPROVADOS.

    Alguem poderia dizer que a prova nao e um bom meio de medir a eficiencia do professor. Me poupe. Como seria entao? Avaliacao pelos pares, alunos e pela comunidade e o que menos funciona; basta pra isto fazer tipo. Se vc for “legal”, entao ta tudo legal.

    O governo estadual esta certo. A prova deveria ser obrigatoria e quem nao fizesse nao daria aula. Simples assim. E o MEC tambem esta certo em avaliar os alunos. Deveriam e ter mantido o Provao original que era uma beleza.

    Nos EUA, todos os profissionais – engenheiros, medicos, professores e etc – tem que fazer prova a cada 5 anos pra demonstrarem que ainda entendem do oficio.

    A realidade nas escolas publicas e que o professor faz mais politicagem do que ensino. E muito comum ficarem inventando atividades que em nada contribuem pro ensino. Ou viagens pra conhecer alguma universidade; onde se fica uma hora no campus e outras tantas no shopping.

    Tambem e comum o professor ficar “cozinhando o galo” num unico topico durante todo o ano. E cada um ensinar o que bem entende. O resultado ta ai, mas alguns nao querem ver.

    A Secretaria da Educacao esta certissima. Curriculo padronizado, cobranca de conteudos minimos e provas constantes de avaliacao. Deveriam IMPOR tambem a TABUADA e a CARTILHA. E deveriam recriar o CASTIGO. Nada destes modernismos idiotas. E, claro, acabar com a progressao continuada.

    O que mais me desperta asco contra este sindicato que tanto prejudica os alunos e que eles jamais lutam pelo que poderia melhorar mesmo o futuro dos alunos como o ensino de ingles desde a 1a serie primaria.
    Lutar por um ensino de qualidade da lingua inglesa eles nao lutam.
    Ou pela introducao da informatica nos currriculos. E so o deles. Nao deveriam portanto misturar o deles com o nosso interesse.

    O pais errou muito ao deixar o ensino nas maos dos professores. E preciso que o governo tome as redeas e volte a IMPOR as normas.

    Parabens governador Serra pelo ato de bravura.

  7. Voçê diz; ” Quando os
    Voçê diz; ” Quando os indicadores são ruins, o Secretário é o primeiro a ser crucificado, e com justiça. Vice caso Chalita”.

    Chalita foi eleito o vereador mais votado do municipio de São paulo, disparadamente, com todo apoio e empenho da máquina tucana. Bela cruz, queria carregar uma dessas… não consegui captar o teu senso de justiça.

    Não significa nada. No meio educacional e político, é visto como um desastre. Para ser vereador bem votado, bastaram os livros de auto-ajuda.

  8. oi nassif,
    na Inglaterra há
    oi nassif,
    na Inglaterra há poucos meses estava ocorrendo uma discussão de conceder um acréscimo salarial para os melhores professores que se dispusessem a se transferir por pelo menos três anos para as piores escolas, pois estavam percebendo que estava ocorrendo no sistema público de ensino um desequilíbrio na qualidade da educação, com os alunos mais carentes recebendo uma educação pior. Isso, por que em regiões mais carentes e com condições não tão boas, os melhores professores não querem trabalhar. Consequentemente, o nível de qualidade do ensino público que deveria ser o melhor e o mesmo para todos, estava ficando desigual. Na opinião deles, é importante melhorar as condições de ensino-aprendizagem, em especial para alunos mais carentes, para que tenham mais oportunidades no futuro.
    A questão das avaliações é sempre complexa e delicada, pq realmente as condições das escolas variam muito – e isso inclui tudo: condições de vida do aluno, condições físicas da escola, formação e aperfeiçoamento dos professores, disponibilidade de material, etc. Talvez se o sistema de avaliação fosse feito a partir de uma ampla discussão da sociedade, ou seja, os profissionais da educação, os pais e o governo, e não imposto… Bom, isso pode ser utópico, não? Esse tipo de prova me parece inadequado, pois tb atesta a incompetência do govrno na seleção dos professores, afinal, eles não prestaram concurso para entrar na carreira? Não passaram por um período probatório (tem isso para essa carreira? alguém por aí para esclarecer)? Uma vez admitido, me parece que a avaliação deve ser feita de outra forma e considerando mais parâmetros…
    Não sei como é o sistema de avaliação do governo, ele propõe comparar escolas de uma mesma região e as escolas consigo mesmas ao longo do tempo? Entra nessa comparação a situação da escola (recursos recebidos, infra-estrutura, propoção professor/aluno, etc.)?
    Abraços,
    Cláudia

  9. Nassfi

    Por aqui no interior
    Nassfi

    Por aqui no interior a história que se relata :


    Secretaria informa que entre tres mil e 3.500 dos 214 mil docentes temporários zeraram

    ADRIANA FEREZIM
    Especial para a Gazeta

    Ter uma educação básica de qualidade é o desejo de todos os cidadãos que contam com o ensino público para educar os filhos. Em Piracicaba são mais de 43,6 mil estudantes na rede estadual, que enfrenta nos últimos meses a polêmica sobre a aplicação de provas para os professores temporários. As aulas têm início na próxima segunda-feira (16), nas 55 escolas estaduais da cidade.

    A Secretaria Estadual de Educação e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divergem sobre a questão da prova. No final de 2008, 214 mil docentes fizeram o teste no Estado. Na região da Diretoria de Ensino de Piracicaba,1.234 professores fizeram o teste e suas notas não foram divulgadas.

    De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, em todo o Estado, entre 3.000 e 3.500 professores tiraram zero. O resultado do teste era um dos quesitos que as Diretorias de Ensino deveriam utilizar, junto com o tempo de carreira e os títulos do professor, para a atribuição de aulas dos docentes temporários. Como a liminar da 13ª Vara da Fazenda Pública determinou que não fosse utilizada as notas na seleção, o processo voltou ao modo antigo, conta somente com a avaliação pelos anos de docência e os títulos.

    Com isso houve atraso no cronograma de atribuição e as aulas que deveriam ter começado no dia 11, terão início na segunda-feira (16), para cerca de 5 milhões de alunos no Estado. Em Piracicaba, são 43.658 estudantes, conforme dados de 2008.

    O teste tinha 25 questões, cada uma valendo 3,2 pontos, sendo 80 pontos o total e não havia nota mínima. “A prova era para poder reciclar os profissionais, tirar aqueles que não estão aptos para ensinar os alunos e colocar aqueles que realmente sabem o conteúdo de suas respectivas disciplinas”, informou por e-mail a assessoria.

    “Nenhum professor foi obrigado a fazer a prova. A prova tinha como objetivo selecionar aqueles que desejavam entrar na rede de ensino estadual. O conteúdo da prova foi a Proposta Curricular implantada desde 2008, ou seja, era tudo aquilo que os professores temporários estão acostumados a lidar no dia-a-dia”.

    A Apeoesp aponta falhas no exame. De acordo com a diretora da entidade em Piracicaba, Roberta Iara Maria Lima, a prova não foi entregue aos professores em envelopes lacrados e ocorreram erros, como um professor que se inscreveu para prestar a prova na disciplina de História e recebeu o teste correspondente a Biologia, por exemplo.

    “Temos conhecimento que algumas pessoas manusearam as provas antes da aplicação e alguns professores já tinham o gabarito antes do início do exame. Todos esses fatos constam do processo que foi entregue à Justiça”, afirma.

    Com relação às notas zero, Roberta fala que foram um mínimo que tiveram esse resultado e ocorreram erros que levaram ao zero também. “Um professor que optou por duas disciplinas na inscrição e fez somente uma prova, recebeu zero nas duas”.

    A secretaria informou por meio da assessoria de imprensa que não houve incidentes com as provas e que os professores tiveram dois dias para recorrer dos resultados.

    Roberta ressalta que o grande problema da educação no Estado é a falta de investimentos, da melhores condições de trabalho dos docentes e os baixos salários.

    “Hoje temos professores deixando a rede estadual para ir lecionar em outros estados e até mesmo ingressando na rede municipal. Tivemos casos de professores que foram para o Paraná e outros mudaram para Campinas. São perdas que se as condições fossem melhores, seriam evitadas”, disse.

    CONCURSO. A diretora informa que há em Piracicaba 1.200 professores efetivos e 1.800 temporários. A Apeoesp defende que seja realizado concurso para professores efetivos e tenham somente 5% das aulas para temporários. “Hoje esse índice chega a 60%”, explica.

    A secretaria informa que os temporários existem nas redes de ensino de todo o país e “sempre vão existir porque eles preenchem vagas que não são previstas em concursos públicos, como por exemplo, uma professora que fica grávida e precisa de licença, um professor que morre. São casos em que não teria como abrir um concurso para preencher vagas tão pontuais. Para isso eles estão na rede.

    A secretaria também acha que é preciso abrir concurso e já anunciou que pretende criar 75 mil vagas para professores efetivos em cargos de 10 horas semanais.

    O projeto será encaminhado à Assembléia Legislativa.

    http://www.gazetadepiracicaba.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1620090&area=26050&authent=FFA8CBB77517338EE9FCA3666672B9

  10. Sobre a prova para Professor
    Sobre a prova para Professor Temporário do Estado de São Paulo, tenho algumas observações a fazer:
    Duvido que 15000 professores tenham tirado zero, mas não pelo quantitativo em si, já que este representa aproximadamente 7% dos inscritos na prova, sendo um quantitativo razoável. Duvido porque as questões da prova não eram muito difíceis e, tendo em vista que a maioria dos inscritos trabalha ou já trabalharam na rede estadual, é de se supor que o número foi super valorizado.
    A história de um possível boicote também não me convence, pois os professores que fizeram a prova, os chamados OFAs (Ocupantes de Função Atividade) geralmente dependem do contrato temporário para que possam pagar suas próprias contas. Logo, a argumentação do “boicote” perde força, sobretudo porque a própria APEOESP, principal sindicato da categoria, não deu nenhuma orientação aos seus filiados para que assim o fizessem. Não obstante, o número de professores que tiraram zero na prova, segundo informações disponíveis nos portais do O Globo e do Estadão é de 3 mil e não de 15 mil, o que representaria 1,4 % dos inscritos, tornando o número plausível.
    Se qualquer pessoa decidir ir ao processo de atribuição de aulas da rede estadual, especialmente para os temporários (OFAs), esta pessoa ficaria surpresa com o despreparo de alguns profissionais que lecionam no Estado, o que é justificado pela forma adotada até então ( e mantida devido à liminar conseguida pela APEOESP).
    O processo de atribuição no Estado de São Paulo funciona de maneira corporativista. Para conseguir aulas no Estado, o sistema atribui pontuação por tempo trabalhado na rede estadual e aos títulos (Mestrado e Doutorado) que o candidato vier a possuir. O que ocorre muito na rede é que graduandos dos cursos de licenciatura se inscrevem para a vaga de eventual na rede. O cargo de eventual consiste no professor, formado ou não, que, mediante inscrição na Diretoria Regional e com o aval do Diretor de Escola, fica à disposição do Colégio para o caso de uma eventual falta de um professor com aulas atribuídas. O eventual só ganha por aula efetivamente dada, isto é, se ninguém faltar, ele não ganha nada no dia. No entanto, a cada aula que ele substitui alguém, ele consegue uma determinada pontuação que, depois de formado, poderá utilizar na hora da atribuição. Não é segredo para ninguém: boa parte de nossos formandos mal conhecem a estrutura básica de nossa língua e da própria matéria que irão lecionar, haja vista que nas faculdades públicas, o sistema de cola e do jeitinho faz com que o tão mal afamado sistema de aprovação automática seja a norma no ensino superior, em especial o privado, salvo, é claro, raras exceções.
    O sistema de pontuação “pune” quem não faz isso, ou seja, um profissional com dez anos de experiência na rede particular de ensino em um colégio de ponta e duas especializações em sua área de atuação não consegue aulas no Estado, porque sua pontuação é 0, 000. Como ele tinha provavelmente um emprego enquanto fazia sua graduação, ele não consegue aulas no Estado, ao passo que o mau aluno, recém formado, mas que foi eventual durante dois anos, consegue aulas com facilidade (poucas, no início e, com o passar dos anos, carga horária completa).
    A reclamação da APEOESP é porque a prova minimizaria essa prática e faria com que os profissionais – alguns com mais de 15 anos de casa – já atuantes pudessem ser ultrapassados na pontuação por ingressantes recentes na rede. Esses profissionais mais velhos de casa, têm verdadeiros feudos devido ao sistema de pontuação e, não sei porque, não são aprovados nos concursos para titular, exceto uma minoria que não o faz (o concurso) por opção.
    Por fim, pois já me estendi muito, considero que o processo de atribuição deveria levar em consideração a experiência que o professor tem, também, na rede particular, mesmo que atribuindo pontuação diferente para o Estado. Os cursos de especialização também deveriam ser considerados, pois são um diferencial na formação do professor que o Estado simplesmente despreza. Não obstante, creio que seja possível 3 mil professores terem tirado zero na prova. Acredito que a solução é que haja concurso público para professor, pois 40% da rede contratada é um absurdo que só o governo tucano não vê e, indiretamente, afasta bons profissionais da rede que optam por ingressar apenas por concurso.

  11. nassif:

    segundo o que eu
    nassif:

    segundo o que eu acompanhei na midia, foram 3.500 professores que teriam zerado na prova… e não quinze mil…
    li na folha de terça feira uma reportagem sobre o assumto… uma salada de numeros… mas quem leu com atençao, as contas nao fecham… nao sou doutora em matematica, mas achei tudo estranho… os numeros:

    3500 professores tiraram zero
    2000 professores eram fora do sisitema
    1500 professores estão em sala de aula, dos que zeraram

    o estado possui:
    230 mil professores na rede, sendo que:
    130 mil professores são efetivos
    100 mil professores temporarios

    214 mil professores prestaram exame
    se a prova não tivesse sido anulada, 50 mil novos professores ingressariam esse ano….
    nao entendi nada…

  12. Nassif,
    Acho ridículo um
    Nassif,
    Acho ridículo um professor ser contra avaliação. É um contra-senso. Mas taí a aprovação automática, que desgraçou a educação de tantas crianças, e que teve, sim, aprovação de vários (maus) professores. Acho que dava menos trabalho, pois não havia tantas avaliações para corrigir…
    Mas um ponto a considerar é o fato de o Estado usar a avaliação como processo apenas punitivo. Não sou contra haver punições para os mau-avaliados, mas daí a não melhorar as condições de trabalho, salários e não oferecer cursos de formação vai uma grande distância. A questão é: para que avaliar, se não há políticas que dêem um sentido à avaliação? Como professor, sei que a prova que aplico avalia não apenas meus alunos, mas também a mim mesmo, e que pode e deve sugerir melhorias nos meus métodos de ensino. O Estado entende que a reprovação dos professores também mostra sua falência na questão educacional? Entende que deve formular políticas para minorar as deficiências? E que, além de formular, deve implementar de maneira justa e equânime, sem delegar a implementação para apaniguados incompetentes? Sem isso, a avaliação não tem nenhum sentido, ou apenas o sentido de ameaça aos professores.
    Abraços,
    Ademário

  13. Nassif,
    Antes de descer o
    Nassif,
    Antes de descer o sarrafo (tem umas trocentas coisas que eu não gostei nos seus comentários), eu gostaria de perguntar qual o processo de avaliação da capacidade do professor ensinar e dar aula vc considera adequado. E se vc acha possível uma prova medir essa capacidade.
    Agora, tem gente rápida no gatilho. Se houve boicote, já quer punição. Eu costumo tentar entender razões antes de condenar. É meio assim mais civilizado, entende…

    Estou falando de sistemas de avaliacao como um todo, inclusive com uma rede só de concursados.

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    14:10 14/02/2009

  14. Fui professora do Estado por
    Fui professora do Estado por 27 anos… Aposentei-me em 2004. Posso falar do sistema de avaliação “do meu tempo”. Ninguém era contra, desde que, as regras fossem claras, que conhecessemos os métodos e os resultados até para que melhorássemos. Eles nunca foram apresentados e eu, nunca fui bem avaliada, mesmo tendo obtido aprovação em 4 concursos públicos para professores do estado…
    É Nassif, pra falar bem ou mal, deveríamos nos aprofundar no tal sistema de avaliação. Discussão pra lá de boa, que ninguém fará porque exporia as mazelas que não são dos professores…

  15. È esse tipo de coisa que
    È esse tipo de coisa que fornece argumentos aos privatistas, que não querem nem saber de melhorar o nível do ensino, só querem uma chance de poder montar suas escolinhas e faturar uma grana às custas do estado…

  16. Nassif, permita-me uma
    Nassif, permita-me uma correção:

    Não são 15 mil, mas 1,5 mil professores. POrém a primeira notícia foi a de qeu eram 3 mil professores, depois, sem explicações, mudou-se para 1.500.

    O que não se divulga é que a avaliação foi feita de forma irregular. Não houve uma empresas especializada em provas para executar a avaliação. Os fiscais das provas forma os próprios professores da rede. Quer dizer. colega fiscalizando colega. Outra irrgularidade é qeu muitos professores fizeram a prova, mas depois constavam como ausentes. E, por último, há provas de qeu os gabaritos vazaram antes da execução da avaliação.

    A mídia inverteu o fato. A incompetência foi da Secretaria da Educação e do próprio governo do estado.

    E para que a avaliação tivesse validade para a contratação, o governo deveria mudar a lei 444/85 do magistério paulista, que regula a contratação dos professores temporários. O governo passou por cima da lei e ainda assim foi incompetente nisso.

    Abraços.

  17. Nassif,

    Na marcação dos
    Nassif,

    Na marcação dos sublinhados, há uma inversão entre o trecho da professora e seu comentário, logo na primeira citação.

  18. Vou te confessar um fato
    Vou te confessar um fato muito grave? Um colega me disse que colou a prova e foi observado por um outro prosssor que aplicava a prova. Você sabe que os professores titulares (efetivos) aplicaram a prova para os temporários?. Alguma dúvida sobre a falta de credibilidade desta prova?

  19. Nassif,
    as notícias que tenho
    Nassif,
    as notícias que tenho lido falam em 1500 (dez vezes menor do que 15mil). E tem sim, em provas de concursos, muitos candidatos que zeram a prova. Resta ver quantos, no total, fizeram a prova; 1500 é quantos por cento do total?

  20. Nassif,
    Por curiosidade,
    Nassif,
    Por curiosidade, dei uma lida em várias provas. Coisa de burocrata acadêmico. Mede mais o conhecimento do Vygotsky, das DCN, um pouco de legislação, um pouquinho de conhecimento da área. Apenas um analfabeto funcional tiraria zero. Sei que eles existem, é claro, inclusive dando aulas no 3o grau.
    Mas se eu tivesse que fazer essa prova, eu entregaria em branco. Supor que ela avalia minha capacidade de ensinar ou de dar aula (que, a propóstio, é nenhuma: posso até ser instrutor, mas não professor) é um acinte.
    Usar essa prova como instrumento de gestão é um pouco mais: beira o crime. Descontextualiza o professor, e o elege como principal culpado do desempenho escolar fraco. Ou seja, a Secretaria tira da reta. A frase final (?) da professora não é uma reclamação salarial apenas. Quais são os suportes que a Secretaria dá efetivamente para o desempenho do professor, principalmente o temporário (muito mais emblemática é a antiga denominação, “precário”)?
    Não cabe democracia na avaliação? Agora a gente sai no pau. É aí que a democracia é mais importante: na aceitação das diferenças, disparidades e dessemelhanças. Essa aceitação faz, inclusive, parte da proposta metodológica da Secretaria. Existe um vasto repertório de RAPs (rapid assessment procedures) que garantem democracia em avaliações. São procedimentos técnicos, talvez não tão objetivos, mas aliados a procedimentos estatísticos e pesquisa de fundo tem se mostrado de grande valia em planejamento estratégico.
    BTW, vc chegou a dar uma espiada naquele paper do Pedro Demo (ops, nenhuma relação com o DEM, que eu saiba) q eu repassei pra vc?
    []s

  21. Pelo q li no Gilberto
    Pelo q li no Gilberto Dimenstein, eram 3 mil professores nota zero.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u500752.shtml

    Política de salários pode influenciar sim. Mas definitivamente, o q influencia são as condições de trabalho. O profissional não se atualiza, não existe perspectiva justa de crescimento nem incentivo a contento para elaboração de métodos pedagógicos. Falo por minha mãe, professora aposentada do Estado, com 3 cursos universitários e ganhava merreca.

  22. NASSIF

    É uma pena que nossa
    NASSIF

    É uma pena que nossa educação tenha chegado ao final dos tempos.

    Fui aluno de professores ginasiais que marcaram época, alguns deles, como Ármen Mamigonian, expoentes nacionais.

    Naquele tempo, no ginasial, havia aulas de português, francês, inglês e latim. Ainda, história geral, das Américas e do Brasil. Geografia do Brasil, Geografia Geral, Ciências, Desenho, Artes, Música ( os quatro anos ), Matemática

    Agora, é terrível constatar uma professora escrevendo ” excessão “.

    Outro dia, conversei com uma que me disse:

    Nós vai passear no Rio. E completou, dizendo que ainda não sabia se ia mesmo, pois ” seu filho tinha muita energia “.

    Entendi que a criança não parava, mas ela explicou:

    Ele tem uma coceira no corpo todo.

    Nem preciso falar que era alergia.

    E a coisa vai por aí a fora.

    Pense bem: uma professora ensinando seus filhos desta maneira.

    Provavelmente, tiraram zero mesmo.

    A situação do ensino está caótica.

    Terrível.

    Insuportável.

    São Paulo está em situação incompatível com sua tradição.

    Um desastre.

    Que pena das crianças.

  23. Caro Nassif! Se você
    Caro Nassif! Se você conversar com professores concursados do Estado e que realmente trabalham apesar de todas as condições ou a falta delas você vai entender o quanto esta prova é importante. Existem exemplos de professores que estão há 20 anos dando aulas e que não sabem escrever! Isso mesmo, não sabem escrever! São professores que acumularam pontos mas não tem a mínima condição de estar em uma sala de aula! E estão!

  24. Olá,
    Ao ler o artigo da
    Olá,
    Ao ler o artigo da professora na FSP de hoje quase que o café voltou.
    Toda vez que alguem menciona a palavra “avaliação” os incompetentes se assombram. “Igualdade só na mediocridade”, é o lema deles. E isto vale para qualquer área de trabalho ou de estudo.
    Foi mal? Culpe o método, os tais “critérios”, o “tempo muito abafado”, a “prova que não corresponde à realidade”, etc. etc.
    [ ]´s

  25. FÁBIO

    É isso aí
    FÁBIO

    É isso aí mesmo.

    Acumulam pontos e não querem saber de concurso, dando um chega para lá naqueles que tem maiores conhecimentos, quando continuam sendo contratados temporariamente.

  26. Aposentei-me na Secretaria de
    Aposentei-me na Secretaria de Educação após 30 (trinta) anos de
    serviço ; nesse intervalo de tempo NUNCA me foi oferecida a
    oportunidade de prestar algum concurso para provimento de cargo .
    Assim , aposentei-me como ACT e Estável pela Constituição de 88 ,
    mas com 500 reais a menos no hollerith , bem como crédito
    de mais ou menos 20 000 reais relativo a 5 anos de gratificação
    não paga , mas com “transitado em julgado ” que virou “precatório”
    que já dura 10 anos .
    Agora só posso reclamar ao Bispo !

  27. Evidentemente a estória está
    Evidentemente a estória está mal contada ; o Judiciário já pediu ao
    Ministério Público investigação a respeito !
    Quem acredita que 1 500 professores tiraram zero , deve também
    acreditar em Papai Noel , Saci Pererê , Mula sem Cabeça ……………..

  28. Caro Nassif
    O Governo Serra
    Caro Nassif
    O Governo Serra age como um terrorista no começo do ano, em 2008 ele cortou 20% dos ganhos professores, e ainda estavámos em féria; agora vem essa notícia, pense me como isso vai repercutir junto à comunidade, aos alunos, gostariamos sim de saber quem são esses 1500 professores.
    Vamos começar o ano levando bordoada, o que me parece é que eles já tem a nota do SARESP, e possívelmente para explicar as notas baixas, alguém em que pagafr o pato. Advinhem quem?
    Não seria mais interessante fazer um Concurso Para efetivação?
    Na realidade acredito que o Serra tem alguma bronca pessoas com a categoria, e de uma forma ou outra ele demonstra.
    Aguardemos que a bronca ainda não acabou, o interessante é humilhar.
    A mídia agora faz o resto.
    Saudações

  29. La pelo final dos anos
    La pelo final dos anos setenta, num programa de entrevista de televisao no meio da madrugada, o entao Ministro da Educacao, (Coronel) Jarbas Passarinho, respondendo a pergunta sobre qual fora o grande ganho da implantacao da famigerada Lei de Diretrizes e Bases da Educacao, disse: “Conseguimos acabar com o magister dixit”.
    Vangloriava-se por ter aniquilado o poder do professor em sala de aula, acabado com a sua capacidade de lideranca. Esmagado, extinguido o valor do professor.
    Em conversa com o recentemente falecido Dom Lorenzo (Reitor, na ocasiao, do Colegio de Sao Bento), ele me disse algo assim: essa Lei esta destruindo o Ensino, e como um tecido apodrecido; se for remendada, arrebenta logo adiante. O que deveriamos fazer e livrarmo-nos completamente dela, voltar ao regime antigo, sem aproveitamento de nada dela.
    Questionado por mim sobre as geracoes que haviam se submetido e ainda se submetiam a Lei de Diretrizes e Bases, se elas nao seriam perdidas, ele me repondeu: “Mas estas geracoes ja estao perdidas; nao e melhor salvarmos todas as que virao?”
    Nunca mais me esqueci dessas palavras e passei o resto de minha vida observando o quanto eram verdadeiras – e ainda sao. Ja nao existe mais o mesmo professor, o mesmo ensino e o mesmo aluno, gracas ainda aquela Lei.

  30. Há muito tempo que se ouve
    Há muito tempo que se ouve aos quatro cantos do Brasil a necessidade de se realizar uma reforma no Sistema Educacional do país. Saído da camada mais pobre da população, concordo plenamente com essa necessidade.

    Durante o governo FHC, época da minha graduação, muito se falou em privatização das Universidades Federais. Balela! Nunca acreditei. Não acreditava porque a Universidade Publica Brasileira é o único sistema publico que serve aos ricos.

    A classe mais abastada paga um bom plano de saúde e se consulta com hora marcada e no horário agendado, logo, não há a necessidade de uma saúde publica de qualidade, o outro sistema publico que, junto com a educação, acredito serem os pilares de uma sociedade justa.

    Mas, Universidade, sim, essa é fundamental aos ricos. Esse é o motivo do porquê que eu nunca acreditei que a Universidade fosse privatizada.

    E nunca será! A sociedade mais rica não quer pagar por ela. E também não paga pelo ensino básico, uma vez que ela abate esses valores no imposto de renda. Lembremos aqui que pobre não paga imposto de renda.

    Pois bem, a privatização não acontecerá, mas a reformulação, essa sim é possível e necessária.

    E qual seria a reforma a ser feita para que ricos e pobres, em curto espaço de tempo, possam ter as mesmas oportunidades?

    Primeiramente, no ensino básico, valorização do docente. Em segundo lugar, um sistema de fornecimento de material didático centralizado por Estados da Federação. Aliado a esses dois itens, um sistema de avaliação docente, qualitativo e quantitativo.

    A valorização do docente se dá com melhores condições de trabalho. Para se atingir esse objetivo, os professores deveriam receber um salário justo por 40h semanais.

    Existem professores que trabalham de manhã, tarde e noite! O docente deveria ter um mínimo de 8 horas semanais fora da sala de aula, despendido na própria escola onde trabalha, para reciclagem de seus conhecimentos.

    Anualmente, os docentes, todos, deveriam ser submetidos a uma avaliação preparada por pessoal independente com um mínimo de pontos a serem atingidos.

    Aqueles que ficarem acima desse mínimo, ótimo, mas, para aqueles que se saírem bem acima da média, a sociedade lhes presenteariam com uma gratificação em dinheiro, paga pelo Estado, durante todo o ano seguinte.

    Aqueles que não atingirem a pontuação mínima teriam que participar de um curso de reciclagem durante o período de férias escolares.

    Logicamente que aqueles que não atingirem o mínimo por três ou quatro anos seguidos devem ser substituídos, tal como acontece em qualquer posto de trabalho.

    Com relação ao material didático, é fácil verificar que o sistema empregado pelas grandes redes de ensino particular do país é muito funcional, basta fazer igual, ou aperfeiçoá-lo.

    Não há a necessidade de grandes livros, em papel de alta gramatura, com lindas figuras coloridas. O material didático tem que ser funcional e barato.

    Ele tem que dar ao professor tempo para discussão e explicação do assunto e não fazer com que o professor perca mais de dois terços da aula passando conteúdo na lousa.

    Uma maneira de baratear o material seria utilizar apostilas padronizadas, por Estado ou região, devido às diferenças regionais, e deixar que as escolas escolham de quem comprá-la, o que pode ser realizado nas gráficas do próprio município, gerando empregos a própria sociedade local.

    Ah! Mas e os direitos autorais? As Universidades estaduais/federais podem produzir as matrizes, com base em diretrizes estabelecidas pelo MEC, respeitando as diferenças regionais, e fornecê-las sob uma licença gratuita, tal como acontece com os Programas Livres para Computador.

    Sim! Para se fazer isso deve-se carrear mais verbas para o ensino fundamental e médio e é por isso que acredito que a Reforma Universitária apresentada pelo MEC ira aprofundar as desigualdades entre pobres e ricos, o que gerara mais violência dentro da sociedade, podendo vir a desestabilizar a ordem social, que já não é lá muito favorável.

    Vejamos alguns pontos elencados pelos professores Carlos Henrique Araújo e Nildo Luzio em recente artigo [1] publicado no blog do Noblat [2]. Segundo eles, com dados do Inep, em 2002, para cada 1 real investido em todas as modalidades de ensino básico o governo gastou 11 reais com o ensino superior.

    Esses mesmos professores compararam esses valores com os apresentados em dois países: Republica da Irlanda e Coréia do Sul. Nos dois países verifica-se que o gasto com o ensino básico é muito maior que no ensino superior. Estariam os países ricos, desenvolvidos, errados e nós estaríamos corretos?

    Além das sugestões acima para o ensino básico, eu esperaria que a Reforma do Ensino no Brasil desse às Universidades ampla e irrestrita liberdade de administração e de captação de recursos.

    Ao Estado caberia determinar as diretrizes básicas do ensino, tão somente. Vejamos algumas fontes de recursos às Universidades: otimização dos recursos humanos; parcerias com empresas publicas e privadas; prestação de serviços; venda de tecnologia (que hoje é dada de graça); cobrança de mensalidades de quem pode pagar (a ampla maioria).

    Segundo dados publicados pela Unicamp [3] para o ano de 2004, 42,7% de seus alunos são provenientes de famílias que ganham menos de 10 salários mínimos. Considerando que a mesma possuía 16.313 alunos, aproximadamente 9.347 alunos podem pagar alguma quantia por mês para estudar.

    Se isso fosse feito e considerando 1.000,00 reais por mês um valor médio, a Unicamp arrecadaria, 112.164.000,00 de reais por ano. Essa quantia corresponde a pouco mais de 14% da dotação orçamentária da Unicamp no ano de 2004, que foi de 793.049.141,00 [3].

    Portanto, com 14% dessa Universidade, 14% daquela outra, 14% de uma terceira,… e assim por diante, o governo poderia aumentar o investimento no ensino básico, ao contrario do que esta se propondo.

    Isso seria uma transferência de renda dos ricos para os pobres. Logo, não se prega aqui a total ausência de financiamento público nas Universidades, propõe-se uma inversão nos percentuais atuais: 25% para as Universidades e 75% para o Ensino Básico.

    Se fosse realizada uma reforma desse tipo, em cinco anos o Brasil seria outro. Teríamos uma maior massa de pessoas alfabetizadas, as quais seriam aptas a ver que nem todo mundo necessita de uma Universidade, e sim, que todos precisamos de uma educação básica de qualidade.

    A Universidade Pública não necessariamente precisa ser gratuita a todos!

    Eu tinha convicção que uma reforma nesses moldes nunca seria implementada por um partido de direita. Eu também pensava que o governo do Partido dos Trabalhadores seria o único partido a realizar uma reforma que desse chances iguais a pobres e ricos, uma vez que ele é um partido Socialista. Estaria eu enganado?

    E para deixar claro, os 42,7% de alunos cujas famílias ganham menos de 10 salários mínimos continuariam a estudar gratuitamente! Isso sim seria uma Reforma do Ensino Brasileiro, mas, do jeito que está, mais e mais rebeliões estarão por vir, futuramente.

    1. noblat1.estadao.com.br/noblat/visualizarConteudo.do?metodo=exibirArtigo&codigoPublicacao=21444

    2. http://www.noblat.com.br

  31. Seja o resultado real ou
    Seja o resultado real ou irreal, o fato é que há sim uma enorme discrepância de capacitação entre um e outro profissional, o que reflete a heterogeneidade de qualidade do sistema educacional (que deve ser considerado desde a pré-escola até a educação superior). E, essa realidade, ao que me parece, é realimentada pela política de educação adotada pelo Governo do Estado. Acho que o boicote dos professores só se justifica como resistência a uma avaliação que esconde os seus reais objetivos. O que me parece ser o caso. Por isso não vejo em que as críticas da professora possam ser contra a resistência dos professores ou inadequada ao problema. Cada vez fica mais clara a farsa da Mídia de vender o Serra a opinião pública como alguém que difere do FHC. Longe disso, são farinha (ruim) do mesmo saco. Na melhor das hipóteses, são politiqueiros que seguem a onda sem nenhuma visão de futuro. Quando no MEC, FHC/Paulo Renato deixou as universidades federais em situação de miséria: não contratava professores, não repassava recursos para custeio, uma verdadeira política de terra arrasada. Aí, inventaram o famigerado Provão para avaliar o conhecimento dos alunos e justificar o não investimento na escola pública, abrindo o caminho para o ensino privado (mais um crime que o governo anterior cometeu contra o país) Ora, a questão central é: qual o objetivo da política educacional? Espera-se que seja melhorar a qualidade do ensino. Se este é o objetivo, a crítica da professora é pertinente, pois é óbvio que a avaliação deve considerar o produto em relação às condições de produção. O que implica em avaliar, também, como se desenvolve o processo educacional. O ENADE, um dos instrumentos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), por exemplo, corresponde à avaliação do aprendizado (do aluno) e vai nesta direção ao avaliar o aluno do 1º e do último ano de um curso, com a mesma prova e devidas ponderações para as respectivas turmas e, com isso, quando o aluno do 1º ano, lá na frente é avaliado como aluno do último, consegue o objetivo de medir o que a escola agregou de conhecimento ao aluno. Creio que este é um dos instrumentos de avaliação da qualidade da educação a ser somado a outros para se detectar os problemas existentes nas várias instituições e corrigi-los com o objetivo de eliminar as distorções e assegurar educação de qualidade a todos. Parece que o governo paulista considera que a ausência de mérito decorre da falta de vontade do professor. Daí, também, considerar impertinente a possibilidade de incorporar os alunos e os professores como sujeitos da avaliação da qual são, também, objetos, a partir de um entendimento equivocado de que não haveria objetividade na avaliação. É a ética da competitividade presente na tecnocracia neoliberal e no DNA dos tucanos da qual não conseguem se livrar e cuja medida é a racionalidade técnica com base unicamente na noção quantitativa. Essa gente morreu e esqueceu de deitar, para o mal do Brasil. E isso cria o círculo vicioso que se conhece: alunos com poder de compra cursam boas escolas e entram em boas universidades que produzem melhores professores que escolhem melhores escolas e, tudo se repete…

  32. A secretária errou ao não
    A secretária errou ao não dizer com todas as letras que as inúmeras notas zero eram resultado de um boicote. Tudo bem. Mas quem está no caminho certo é ela, e não a APEOESP

  33. A secretária errou ao não
    A secretária errou ao não dizer com todas as letras que as inúmeras notas zero eram resultado de um boicote. Tudo bem. Mas quem está no caminho certo é ela, e não a APEOESP. Não há “empate” aqui – um erro do lado de lá, outro do lado de cá. Há uma secretária (tucana, do José Serra – e daí?) lutando bravamente para vencer o que há de mais atrasado na esquerda brasileira, e uma associação que se coloca sistematicamente contra toda e qualquer tentativa de instituir critérios de avaliação minimamente objetivos na área educacional.

  34. Já ocorreu de nenhum
    Já ocorreu de nenhum vestibulando acertar determinada questão discursiva da Unicamp (que possui vários níveis de pontuação, o que a assemelha a uma prova de múltipla escolha onde as questões podem estar “meio-certas”).

    Também já participei de concursos onde nenhum candidato acertou determinada questão de múltipla escolha por falha ou confusão no enunciado ou nas alternativas.

    Por estes motivos acho plenamente possível 1500 professores errarem UMA OU OUTRA questão. Mas é claro, a menos que toda a prova fosse um fiasco (o que é improvável) ou que o processo de correção tenha falhado (o que é bem mais provável), com certeza essa afirmação da secretaria é fantasiosa. Mesmo porque a totalidade destes professores fizeram os últimos concursos e não se tem notícia de terem repetido essa “proeza”.

    Para mim essa história é pura propaganda oficial para justificar uma política que não se sustenta na argumentação.

  35. Há cerca de 20 anos,nos
    Há cerca de 20 anos,nos EUA,alguns chipanzes foram submetidos(depois de aprenderem como fazer)a testes de multipla escolha.O acerto deles foi de 25 por cento.
    Esta prova da secretaria de educação(tudo com minusculas mesmo)acredito que seja uma das maiores mentiras que já tive conhecimento.Nem chutar,sabiam?Conta outra,helena.

  36. O mais provavel é que 15 mil
    O mais provavel é que 15 mil professores tenham sido reprovados. Tirar zero é MUITO mais dificil do que fazer zero ponto em alguma loteria.
    Quanto a colocaçao da secretaria talvez seja para mostrar que essa “raça” de professores não presta. São analfabetos.
    Viram a Carta Capital da semana passada enchendo a bola da Cotrim(?), secretaria da Prefeitura do Rio? Como se ela soubesse de alguma coisa de educação! Quando vi, não li o restante da revista. Já caiu muito mesmo antes do silencio obsequioso(?) do Mino (ou mimo de mimado?) Carta.

    Nassif, olha só a obs. que recebi: “Você está publicando comentários rápido demais. Mais devagar.” Gostei

  37. Nassif,

    devem ter tirado
    Nassif,

    devem ter tirado zero sim. O relaxo é total. sou voluntário em um grupo que procura ajudar escolas públicos há muitos anos. Acho o Serra um péssimo governador, mas ele não tem nada com estas notas.
    Os alunos não querem estudar, os pais boicotam os professores que são exigentes, os programas de televisão desmerecem o ensino, as escolas são construídas para serem um forno, etc.
    Convido os leitores do seu blog a visitar uma escola pública as 2 da tarde e entrar na sauna que são as salas de aula.

    Por fim, gostaria que todos paracem de tratar os professores como coitadinhos. Não são. São cidadãos e por isto devem ser MUITO cobrados.

  38. Nassif, te mando umt exto do
    Nassif, te mando umt exto do meu blog:

    Dia do professor?

    Dia 15 de outubro foi o dia do professor.

    Caiu numa quarta-feira. A maior parte das escolas estaduais de São Paulo ficaram a semana inteira fechadas.

    Demorei para escrever isto aqui até checar esta informação com pessoas que trabalham em mais de 30 escolas estaduais em diferentes cidades do estado.

    Uma calamidade!

    É assim que se destrói o futuro do país.

    Governador que só pensa em política e campanha eleitoral.

    Secretária de educação não se importa com os milhares de professores que faltam para que as crianças tenham aulas de todas as matérias desde o começo do ano.

    Treinamento zero!

    Gastos com propaganda enormes.

    Escolas com sérios problemas de estrutura e manutenção.

    Mas, não adianta falar só dos políticos. É bobagem somente focar neles.

    O Serra e a secretaria perderam o controle do que acontece nas escolas.

    Uma semana sem aula porque na quarta-feira é dia do professor… fim da picada

    Porque os pais não fazem manifestação? Porque acostumaram com este padrão que domina a educação paulista fazem muitos anos.

    Os pais não reclamam, não exigem, se contentam com muito pouco.

    Os alunos acham bom. Ficam sem aulas e tem uma semana de “férias”.

    Os diretores das escolas apoiam a situação: preguiça, falta de compromisso. Uma professora me disse que na sexta-feira apareceram dois alunos de uma série. Ela foi dar aula para os dois alunos, mas a diretora mandou ela dispensa-los.

    Um outro aluno disse que os próprios professores comunicaram aos alunos que não precisariam ir às aulas, que não dariam matéria… Ou seja desestimularam o comparecimento.

    Tudo em nome da preguiça e da falta de comprometimento com a educação.

    Não adianta cobrar somente os políticos. Isto é um erro. A situação saiu de controle e virou um caos. Uma bagunça.

    Perderam a referência e a vergonha na cara.

    Eu, que me esforço sendo voluntário para ajudar a melhorar a educação sinto que estou nadando contra a corrente.

    A imprensa não cobre a área de educação. Os professores são tratados como vítimas (e são, em parte). Os políticos tem medo de enfrentar o problema.

    É uma situação catastrófica. Muito difícil e complicada.

    Uma perda total de compostura dos pais, alunos, professores, políticos e imprensa.

    Cada um finge que cumpre a sua parte.

    E os alunos saem das escolas estaduais de São Paulo semi-alfabetizados. A maior parte não consegue interpretar um texto de média complexidade.

    Depois de 11 anos na escola não conseguem interpretar um texto de média complexidade. São 11 anos…

    Ou o Brasil encara esta verdade ou nunca avançaremos rumo ao verdadeiro desenvolvimento.

    Este é, para mim, um dos textos mais tristes que poderia escrever. Mas, vale a pena fazer este alerta para nossa população.

  39. Olá Nassif

    Bem, o que
    Olá Nassif

    Bem, o que ocorre é que a SEE de São Paulo, possui cerca de 100 mil professores temporários, e ainda faltam professores em algumas regiões, no final de cada ano é apurado a pontuação de todos os professores para a atribuição de aulas no ano seguinte, essa pontuação é baseada em tempo de magistério e títulos ( a grosso modo), acontece que a Secretaria quis fazer um “concurso” para os temporários, e APEOESP entrou na justiça contra essa provinha, conseguiu que ela fosse classificatória ao invés de eliminatória, sendo assim, a pontuação dos professores seria baseada em: tempo, títulos e nota da provinha. Ou seja, em nada vai mudar a qualidade da educação como tem dito a “secretária de educação” pois só iria haver uma reorganização da rede, sendo os que tiveram a menor nota seriam jogados para as periferias da vida, onde o problema é crônico e muito mais grave que o preparo do professor…é impossíovel alguém lecionar com traficante pelos corredores, alunos drogados e ninguém…absolutamente ninguém fala nada!!! Que tal melhorar salários, condições de trabalho ( por que tá feioo negócio!!), segurança (principlamente), fazer concurso todos os anos até acabar com a figura do professor temporário ( que alguns se aposentam nessa situação), investir realmente! Gastar menos em propaganda e investir de verdade em estrutura e pessoal, formação de verdade e não cursinhos que são resultado de uma “ação entre amigos acadêmicos” fora da realidade vivida pelo professor. Tem muito professor ruim? Tem! Mas ninguém nasce professor, as pessoas estudam cerca de 15 anos (educação básica e superior) para entrar em uma sala de aula, então é preciso cobrar mais eficiência de quem forma o professor!!!

  40. Além dos 3.500 professores
    Além dos 3.500 professores que tiraram “Nota Zero” e dos outros 100 mil que tiraram menos que 5, a imprensa também deveria falar das práticas autoritárias das 879 Escolas Nota Zero e das 2836 “Escolinhas de 1,99″…

    O caso da Escola Estadual Jardim Iguatemi (zona leste da capital) é mais um mau exemplo de autoritarismo e práticas de abusos contra alunos, pais e comunidade.
    Aproveitando-se do período de férias, a direção reuniu o conselho de escola para ilegalmente expulsar mais de 20 alunos “indesejáveis”…
    Um dos alunos foi expulso porque a diretora não gostou do “corte de cabelo” dele…
    Leiam o relato da mãe: “Meu nome é………, já fiz um boletim de ocorrência contra a diretora da Escola Estadual Jardim Iguatemi, pois a mesma gritou com meu filho chamando ele de ridículo perante seus colegas e me convocou na escola repetindo perante a mim e meu marido que ele era ridículo, que com aquele cabelo ele não entraria mais na escola e que ele nunca seria alguem com aquele visual. Depois de alguns dias a mesma repetiu perante outros pais que no máximo que ele seria era DJ ou motoboy. Isso ela já fez com outras crianças impedindo até de apresentar trabalhos escolares, pois não estaria de acordo.” (Publicado no site Educaforum, 04/02/2009)

    A Secretaria Estadual de Educação considera a EE Jd Iguatemi uma “escola modelo”… sendo assim, vejamos as notas desta escola de ensino médio no Idesp 2007 (notas variam de zero a dez):
    – 3ª série do ensino médio: nota 1,60
    – Lingua Portuguesa: nota 2,25
    – Matemática: nota 0,94
    (Idesp 2007 – Indice de Desenvolvimento da Educação de SP)

    Mais um detalhe vergonhoso: parece que a Secretaria de Educação considera a EE Jd Iguatemi uma “escola modelo” porque as escolas da Diretoria de Ensino Leste 3 têm nota média de 0,86…

    Postado por Mauro A. Silva – Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública
    http://www.geocities.com/coepdeolho/

  41. Nassif essa é uma boa
    Nassif essa é uma boa discussão. Em Portugal os professores ficaram de greve desde setembro por algo assim. Interessante é a mídia daqui nada reportar sobre movimento de tal magnitude em terras lusas.
    Para maiores detalhes acesse aijesus.blogspot.com

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