De dentro das lonas erguidas nas calçadas saíam idosos, crianças, estudantes com mochilas nas costas, mulheres grávidas, catadores de papelão. Todos andavam a esmo em uma rua que parece desconectada com o resto da cidade. Segundo relatos de moradores e de vigias de empresas, a PM e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) teriam cercado os grupos de dependentes nesse espaço que está meio vazio e desabitado, cheio de pensões e bares lacrados em 2009 pela prefeitura. Seria uma forma de evitar que eles voltem a se espalhar por áreas residências ou redutos de lojas, contaram alguns PMs ouvidos pelo jornal. Mas o comando negou. Muitos dependentes entraram nesses locais lacrados e estão morando nos imóveis. Eles chegam a quebrar as paredes de cortiços abandonados para revender o entulho.