Os 50 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil

Do Brasil de Fato

2012 marca os 50 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil

Em 27 de agosto de 1962, a profissão de psicólogo era regulamentada no país; atividades serão promovidas ao longo de todo o mês de agosto

Christiane Gomes

Em 27 de agosto de 1962, a edição da Lei nº 4119/62 regulamentou a profissão de psicólogo(a) no Brasil. Mas, muito antes disso, a Psicologia, como ciência, já fazia parte da vida da população brasileira, desde a época da colonização do país. Nesta época, os saberes psicológicos eram elaborados no âmbito da Medicina e da Educação. Entre os anos de 1890 e 1930 a importação de idéias, o intercâmbio internacional, o ensino, a pesquisa e a prática contribuíram para a Psicologia conquistar sua autonomia como campo de atuação profissional.

A criação do Conselho Federal de Psicologia, em 1973 e, posteriormente, a criação dos Conselhos Regionais se constituíram como importantes passos para consolidar a regulamentação do exercício da profissão, sempre tendo em mente a importância de garantir a qualidade da Psicologia, com seu exercício ético e sua colaboração ativa na consolidação dos valores democráticos no Brasil.

No estado de São Paulo, são mais de 74 mil profissionais atuantes. Ao longo de todo o mês de agosto, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo promoverá atividades que comemoram a história da construção desse projeto profissional, ético e democrático, com o intuito de promover sempre a reflexão e a reconstrução dos rumos da Psicologia. Na capital paulista, o CRP-SP irá homenagear os primeiros psicólogos inscritos na região metropolitana em uma sessão solene.

Em nível nacional, a comemoração também tem dia, local e horas marcadas. De 20 a 22 de setembro, será realizada, no Anhembi, em São Paulo, a 2ª Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, uma atividade que reunirá mais de 20 mil pessoas e que contará com a apresentação de cerca de 5 mil trabalhos de todo o país. Experiências que serão compartilhadas e que irão comprovar como o(a) psicólogo(a) vem atuando em diversas áreas e temáticas, desempenhando uma importante função na construção do bem comum, com ética e seriedade.

“Cinco décadas podem parecer pouco tempo para uma profissão se instituir, mas, ao mesmo tempo, foram 50 anos significativos para um país jovem como o Brasil. Encaramos a finalização de um processo de ditadura e, nos últimos 20 anos, acompanhamos a busca pela consolidação de um processo democrático no país. E a Psicologia se tornou referência para discutir políticas públicas e direitos humanos. Não vemos tantas outras profissões inseridas nesse processo de maneira tão intensa e organizada”, afirmou Carla Biancha Angelucci, Conselheira Presidenta do CRP SP.

Muitos ainda são os desafios. E muitos também são os (as) profissionais comprometidos (as) em construir esses rumos de forma coletiva e sistemática, sempre tendo em mente como a Psicologia pode agir para a constituição de uma sociedade democrática e que proporcione, de fato, qualidade de vida. 

Luis Nassif

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