O direito à sexualidade

Por Paulo

Recomendo a leitura da matéria “O direito à sexualidade”, na CartaCapital desta semana. Traz um panorama das cirurgias de mudança de sexo pagas pelo SUS, uma velha bandeira do movimento GLBT que se tornou realidade graças ao ministro Temporão.

O texto revela que, dos quatro Centros de Referência públicos autorizados a fazer o procedimento, o de São Paulo encontra-se no pior estado. A médica responsável chega a dizer que se trata de um problema “político e governamental”, porque simplesmente faltam anestesistas no Hospital das Clínicas, onde o Centro funciona! Uma prévia da reportagem está no site da revista: clique aqui

Luis Nassif

20 Comentários

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  1. Vi que pela enquete da
    Vi que pela enquete da própria revista a MAIORIA é contra a medida

    EU SOU A FAVOR, que a cirurgia seja paga pelo SUS

    Olha, prum ser humano pensar em mudar de sexo, com certeza não falamos de um fetiche, muito menos de alguém disposto a uma aventurazinha, a uma fantasia ou a uma simples plástica pra lhe melhorar as medidas

    Penso que pra alguém chegar ao ponto de pensar em mudar de sexo é porque isto lhe é algo muito importante, sério e grave para a sua curta existência

    Assim, o mínimo que podemos fazer como sociedade civilizada, após seguirmos as devidas prerrogativas cabíveis, é respeitarmos, acatarmos e apoiarmos quem vive este dilema tão profundo em suas vidas

  2. Eu não concordo com o SUS
    Eu não concordo com o SUS fazer este tipo de cirurgia…Mas Nassif,neste momento as 12:30 min,o radialista Gustavo Victorino,baba ôvo dos tucanos-Demos e dos anti-petistas,estava lendo uma´matéria vinculada em não sei onde atribuida a vc Nassif!Disse este tal radialista furibundo,que vc iria sim dizer que era da Elite,e iria mandar os pobres pedir esmola para o Lula(uma coisa assim)como sempre êle edita todas as notícias,que são bôas do govêrno Lula,êle distorce de tal forma,que em vez de ser uma boa notícia,a noticia fica ruim…Esta emissôra se chama Rádio Pampa(rede TV e jornal o Sul)

  3. Recomendo fortemente a
    Recomendo fortemente a leitura da matéria para quem ainda tem dúvidas a respeito do procedimento. O texto deixa claro que se trata de um transtorno reconhecido pela OMS – não é fetiche, sem-vergonhice ou afetação. As pessoas simplesmente não se identificam com o corpo que nasceram. É uma situação rara, mas que em alguns casos tem a cirurgia de mudança de sexo como única solução. O SUS deve atender essas pacientes da mesma forma que trata diversos outros transtornos. O preconceito não deve ter lugar no sistema de saúde de um país laico.

  4. Esse assunto sexualidade dá
    Esse assunto sexualidade dá uma discussão e tanto. A sexualidade humana e suas formas culturais ainda são um enorme tabu para todos. Que assunto difícil, complicado, mal esclarecido e cheio de preconceitos e estereótipos!

    Ainda mais em tempo de intervenções cirúrgicas, sofisticação cultural, tolerância, diversidade e Internet, convivendo tanto com a profunda crise da família quanto com o profundo tradicionalismo familiar, que não se confunde com os princípios da vida em família.

    Na Análise de Discurso a sexualidade é base tão importante quanto para a Psicologia, e de dois modos muito peculiares:

    – um, o genial Bakhtin, em seu primeiro estudo de vulto, quando era pouco mais que um adolescente, fez uma crítica sobre Freud e a Psicanálise, e se encontrou com o fato de que a primeira ruptura que se dá a qualquer tempo na sociedade EM TEMPOS DE CRISE, é no comportamento e nos valores sexuais;

    – dois, em seu estudo da maturidade, sobre Rabelais e a Cultura da Idade Média, as formas renascentistas do grotesco e do popular mostram o papel das entranhas, do baixo corporal, no coroamento e destituição do oficial, do formal e dos reis, no imaginário e no ideário das festas, superando a seriedade e rompendo com a novidade, em eterno movimento, o sexo como “carnavalização” e arte, e não como ordem, instinto, procriação ou trauma psicológico.

    Por incrível que pareça, os grandes problemas do mundo, os mais “sérios” e mais graves, não poderão ser resolvidos antes que a sexualidade seja abertamente discutida em todas as suas perspectivas.

    Esse é só um fiozinho da meada…

  5. Caro Luiis Nassif,
    Por favor,
    Caro Luiis Nassif,
    Por favor, responda: por quê o dólar paralelo têm cotação diária? Se o mesmo é ilegal, ou seja, paralelo??? Sendo assim, não é um estímulo a
    esse tipo de prática?? Ilegal!!!
    Grato.

  6. A matéria já começa errada
    A matéria já começa errada pelo título. Operação de mudança de sexo não tem nada a ver com “sexualidade”. Ao contrário, muitas vezes a opção pela mudança de sexo implica mesmo abrir mão da própria sexualidade, ou pelo menos de um aspecto muito importante da sexualidade. Cirurgias de mudança de sexo tem a ver essencialmente com uma adequação do corpo à auto-percepção que o indivíduo tem de sua identidade subjetiva. Ela só deve ser feita após um longo processo de avaliação psicológica.
    Mas, o importante a reter é que ninguém faz operação de mudança de sexo para ter direito à sexualidade. Se a matéria envereda por essa linha de argumentação, é porque os autores não estudaram minimamente o assunto e só estão fazendo proselitismo e propaganda política barata.

  7. Olá,
    É a manjada tática “uma
    Olá,
    É a manjada tática “uma no cravo (governo federal) e outra na ferradura (governo de SP)” a todo vapor na Carta Capital.
    [ ]´s

  8. Sempre fui favorável a que
    Sempre fui favorável a que cada um faça com o seu corpo e com a sua vida sexual o que bem quiser, desde que o faça por sua conta (inclusive financeira) e risco exclusivo.
    Daí O SUS financiar tais tipos de cirurgias é uma aberração insustentável que só dá margem aos criticos do Lula e de alguns dos seus ministros.

    Até parece que a saúde pública (a verdadeira, aquela que envolve risco de vida) no Brasil vai de vento em popa.

  9. Cesar, concordo que o título
    Cesar, concordo que o título da matéria seja equivocado. Mas vale a leitura do texto, porque ele vai por outro caminho, abordando a questão do ponto de vista médico e de política de saúde.

  10. Não sei qual o conceito que
    Não sei qual o conceito que outras pessoas têm sobre a sexualidade – cada um tem direito ao seu próprio conceito, e este é um campo que permite de fato as divergências ou combinações mais variadas possíveis.

    A abordagem que sigo, portanto, tem a referência dos autores e disciplinas citados, e nesses campos a sexualidade e a identidade são elos indissolúveis. Mais do que isso, são processos recíprocos.

    Isto também se estende, por exemplo, à Antropologia. Em todo o campo dessa disciplina se trabalha com o tabu do incesto para qualquer forma de sociedade humana, praticamente todas, a não ser como conflito ou problema. Ou seja, o próprio conceito de sociedade e de ser humano depende de se preservar os instintos indiscriminados e incestuosos.

    Freud, p.ex., citava a necessidade da frustração relativa, e de se sublimar o desejo, como processo de se tornar alguém aceito em sua sociedade, com a personalidade e identidade em desenvolvimento.

    A sexualidade pode ter muitas formas diferentes de fruição e de compreensão.

  11. Lamparina, mas aqui estamos
    Lamparina, mas aqui estamos falando de risco à vida. O transsexualismo é um transtorno que pode levar ao suicídio. Quer dizer então que o SUS não deveria tratar transtorno bipolar, TOC, transtorno disforme e tantos outros problemas com origem psíquica? De novo: sugiro a leitura do texto, que esclarece a real natureza do problema.

  12. Paulo (17;16), falando no
    Paulo (17;16), falando no popular:

    No caso de uma pessoa ter uma fixação doentia em tornar-se um milionário, o governo deveria satisfazer a sua vontade para impedí-lo de, por frustração, cometer um possível suicídio?

    Estou às ordens para receber tal benefício do governo.

  13. Acho que é uma questão
    Acho que é uma questão médica, indicação ou não da cirurgia.
    Quanto ao fato de falta de anestesistas, não é novidade para ninguém.
    Já houve uma época que tive que pagar pelo anestesista para que a nossa secretária do lar pudesse fazer uma cesariana.

  14. Neste meu último comentário,
    Neste meu último comentário, fui contemplado pela visita do Big Brother, que depois da devida advertencia, fechou todos os sites que tinha aberto.

    Seu Nassif, avise-o que eu estou considerando a ídéia de processa-lo.

    Acho que ele vai me barrar de novo, agora.

  15. Luís
    Eu gosto muito do
    Luís
    Eu gosto muito do Temporão. Tem idéias avançadas, é jovem, cheio de vontade de trabalhar e com uma capacidade indiscutível.
    Claro que somente ele teria “peito” pra passar adiante um projeto destes.
    Eu fico feliz com a notícia e quem é do contra deveria repensar esta posição, afinal há um amadurecimento mundial no ocidente sobre a aceitação das diferenças.
    Não considero aberração que sustentemos este tipo de intervenção cirúrgica. Digo isto porque haverá todo um estudo de viabilidades, pesquisas, questionários e muito tempo de espera para saber se é isso mesmo que a pessoa quer. Como podemos condenar um ser humano, nosso irmão, a viver num corpo que não condiz sua aparência física? É condenar este à infelicidade eterna.
    Quem chega ao ponto de optar pela cirurgia é porque tem certeza do que quer, não está de brincadeira.
    Ministro Temporão, meus parabéns!
    Paulo, parabéns por nos trazer esta boa notícia!
    Bjusssssss
    Bianca

  16. LN

    Que bom que as pessoas
    LN

    Que bom que as pessoas possam realizar seus sonhos mais profundos.

    Em se tratando de sexualidade, ela está muito mais na cabeça do que no corpo.

    Sou a favor de que cada um busque o seu caminho.

    Só espero que o SUS leve tal prática cirúrgica a outros campos (obesidade, defeito congênito ou alguma irregularidade no corpo, que torna a pessoa descontente consigo mesma).

    Cada um responde pela sua vida e escreve a sua própria história.
    Portanto, tenha a sexualidade que quiser.

    Mas o SUS deve dar primazia aos casos de urgência, como transplante de órgãos, medula, etc, que não podem esperar por muito tempo.

    Abraços!

    lu

  17. Ja que o governo paga
    Ja que o governo paga cirurgias de mudanca de sexo, por que nao paga tambem para mulheres colocarem silicone no peito ou cirurgias plasticas para aqueles que se sentem menos favorecidos no quesito beleza. Considerando que o Brasil eh um pais pobre, nao seria melhor utilizar esses recursos em prioridades?

  18. Faltando anestesista? E o
    Faltando anestesista? E o Alckmin não tava desempregado? Até arranjaram um cabide para ele. Alguém faça o favor de avisá-lo dessa oportunidade de emprego.

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