“Se eu ganhasse R$ 712, ia ser servente de pedreiro”, diz assessor a grevista

Atualizado às 10h23

Por Raimundo Gomes Soares

Vergonha, é isso que traduz todo o sentimento que sinto nesse momento. 

Vegonha de uma imprensa que não consegue se posicionar contra essa ilegalidade;

de um judiciário que concede uma liminar dizendo ser ilegal um movimento que pede que simplesmente o cumprimento de uma lei, verdadeiro absurdo.

Nosso país, apesar da enorme evolução dos últimos tempos continua ainda reservando absurdos como esse: fazemos um movimento enorme pela aprovação de uma lei, lutamos, enfrentamos o status quo e depois de muita luta vemos ela lei aprovada, ponto final? Não, agora temos que lutar para que a lei seja cumprida, correndo o perigo dessa luta ser julgada ilegal. É um ultraje.

Que legitimidade um governo terá para exercer seu papel se ele está a margem da lei? E o judiciário baseia-se em que para se pronuciar contra esse movimento sem com isso reconhecer que não é ilegal estar a margem da lei? 

Vergonha; mas muita esperança que assim como vivo dias em que coisas antes inimagináveis ( como um juiz preso) acontecem, meus filhos também viverão dias em que estar a margem da lei o tornará o que realmente és um marginal indepentende da sua posição na sociedade e serás tratado como tal.

Por Jair Fonseca

Eis o conselho dirigido pelo assessor (Flávio Castro) do líder do governo tucano de Minas (deputado Luiz Humberto Carneiro – PSDB) ao professorado em greve há mais de cem dias: “Se eu ganhasse 712, eu ia ser servente de pedreiro“. Registrado via TV Alterosa (SBT). Quem dialoga com os professores acampados em protesto na Assembléia, visando superar esse impasse e ao mesmo tempo assumindo sua posição ao lado dos professores é o deputado estadual do PT, Rogério Correia. É preciso dizer algo mais?

Luis Nassif

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