Por foo
Outra coisa: não se tem notícias que o tráfico na Holanda mata tantas pessoas quando por aqui. Agora também não se prova com isso que a descriminação diminui a violência. Tanto que nos países vizinhos daí o tráfico continua sendo crime e nem por isso estes países são violentos.”
Em muitos países europeus, é proibida a posse de armas.
Aliás, fico me perguntando porque é que no Brasil e nos EUA a posse de armas é permitida, e a de drogas não.
Mas, o fato é que as drogas ainda são uma das principais causas de encarceramento de pessoas na Europa.
“Também acho que a gente deveria ser mais específico ao dizer que a maconha é liberada por aí. Sim, é, dentro de certos parâmetros. Depende da quantidade em posse do usuário, do tamanho de seu “estoque”, etc. Mesmo aí quem for pego com 2 kilos de maconha não poderá alegar que é só usuário, certo?”
IssoIsso é verdade. As maconha é tolerada na Holanda, o que não significa que seja um “liberou geral”.
Uma das características mais interessantes dos coffeshops (locais onde são vendidas drogas) é que eles precisam obedecer uma série de normas: não podem ser localizados próximos de escolas, não podem fazer propaganda, não podem receber menores, e não podem causar distúrbios na vizinhança. Os donos de coffeshops obedecem essas normas, pois, caso contrário, arriscam-se a receber multas ou ter o estabelecimento fechado.
“Falando nisso, não foi aí que as leis foram endurecidas recentemente devido ao abuso? Se bem me lembro foi diminuída a quantidade tolerada que pode ser encontrada em posse de usuários. Tambem se comentava sobre o cadastramento destes usuários para que a coisa não virasse a casa da mãe-Joana. Mas posso estar enganado.”
O que aconteceu na Holanda, e está acontecendo em muitas outras partes da Europa, é a ascensão de partidos políticos de direita, e de extrema-direita. Na Holanda, um desses partidos chegou ao poder, e ameaçou fechar os coffeshops.
Entretanto esse plano nunca seguiu em frente; talvez porque a maconha gere quase 600 milhões de euros em impostos, todos os anos.
Isso mesmo: ao invés de gastar dinheiro em uma guerra sem fim, os holandeses cobram impostos e investem em prevenção e tratamento.
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