Rocinha: Disque-Denúncia recebe quase 500 ligações sobre fuga de traficantes

Rocinha: Disque-Denúncia recebe quase
500 ligações sobre fuga de traficantes

Também há informações sobre armas e drogas

Do R7 | 14/11/2011 às 11h22

Felipe Dana/AP

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Informações do Disque-Denúncia serão enviadas para a Polícia Militar e usadas nas buscas


O Disque-Denúncia recebeu, até as 10h30 desta segunda-feira (14), 493 ligações com informações sobre esconderijos de traficantes que fugiram da favela da Rocinha, na zona sul do Rio, após a ocupação da polícia. A comunidade foi tomada pela polícia para a implantação da 19ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Rio.

Segundo o coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges, o serviço também está recebendo muitas informações sobre a localização de armas e drogas, escondidas pelos bandidos na favela antes da chegada da polícia. Os dados serão enviados para a Polícia Militar e serão usados nas buscas que estão sendo realizadas em casas.

Buscas específicas

A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha, informou, em entrevista à Rede Record, que a varredura das forças de segurança nesta segunda-feira vai focar em “alvos específicos”. Ela não deu detalhes das buscas, mas frisou que a operação permanecerá nas comunidades ocupadas no domingo (13) por tempo indeterminado.

Na madrugada desta segunda, foram apreendidos 50 cartões de crédito e 38 comprimidos de ecstasy. Além disso, os PMs conseguiram localizar o veículo de um dos homens de confiança do chefe do tráfica na Rocinha, identificado apenas como Leão.

Segundo ela, as buscas por criminosos da quadrilha de Nem, o chefe do tráfico nessas comunidades, continuam dentro e fora da Rocinha.
– A gente tem de elogiar a prisão do Nem. Com Nem ou sem o Nem, o resultado teria sido o mesmo. A estratégia de ocupação foi testada, no complexo do Alemão e em outras comunidades.

Martha Rocha comemorou os resultados das apreensões e voltou a afirmar que a grande vitória da ocupação foi a retomada dos territórios da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, por décadas controlados pelo tráfico.

Ela também ressaltou que a ocupação representa um golpe no crime organizado, à medida que o desarticula financeiramente.

Redação

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