Uma discussão sobre gastos públicos

Dois textos de hoje levantam a questão do tamanho ideal de Estado. O articulista David Leonhardt, do jornal The New York Times, diz em seu texto “In Greek Debt Crisis, Some See Parallels to U.S.” que, se a população norte-americana quiser bons programas sociais de assistência à saúde, previdência, educação, infraestrutura e exército forte, terá que pagar mais impostos.

A Grécia, que gastava mais do que arrecadava, é um exemplo prático de que não é possível pagar poucos tributos e ter bons serviços públicos. “Lidar com esta desconexão [entre arrecadação e serviços] será a questão central da economia da próxima década na Europa, Japão e neste país [os EUA]”, segundo Leonhardt.

No Portal Luís Nassif, o blogueiro L Malheiro disse, no texto “A arrecadação per capita“, que a discussão sobre o tamanho do Estado é secundária. A qualidade do serviço público é diretamente proporcional ao capital nele investido, segundo Malheiro. “Exemplos desse problema são os professores que ainda perdem tempo com diários de papel ou funcionários da prefeitura que reparam buracos no asfalto de forma inadequada, com pás.”

“Poucos ou nenhum jornal faz uma defesa da redução da carga tributária através de investimentos em eficiência do Estado (em contraposição a melhora da eficiência através de “cortes”), aumento da produtividade da população e distribuição de renda, com a conseqüente distribuição de carga tributária. Parece que a única solução é a redução de alíquotas”, critica Malheiro.

Para ele, está na hora de “começar a discutir o Estado necessário e o Estado possível”.

Luis Nassif

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