Deputados estudam rever isenções para igrejas e clubes de futebol

Jornal GGN – Com o objetivo de reduzir o deficit do INSS, deputados federais pretendem aproveitar a discussão sobre a reforma da Previdência para rever isenções fiscais, incluindo as concedidas para igrejas, instituições de ensino religiosas e também clubes de futebol.

De acordo com a Folha de S. Paulo, as isenções dadas para pequenos empresários, indústrias, entidades filantrópicas e produtos rurais atingem até R$ 62,5 bilhões, montante que poderia ajudar a financiar a Previdência Social.

Em 2017, o deficit do INSS deve chegar a R$ 181 milhões, levando em conta suas despesas e as contribuições que recebe. As isenções representam mais de um terço do saldo negativo.

Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), escolhido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para relatar a reforma da Previdência, fez discurso levantando a questão das isenções. “Recebi a incrível informação de que todos os clubes de futebol do Brasil, todos, Flamengo, Corinthians, Internacional, nenhum paga a Previdência Social”, afirmou.

Antes, os times de futebol recolhiam um percentual da folha de salários e, agora, pagam 5% sobre o total do faturamento.

A política de desoneração da folha pretende preservar empregos, mas o governo tem de repassar a diferença do valor arrecadado para a Previdência.

Leonardo Rolim, consultor de Orçamento da Câmara, defende que o governo reveja isenções na área educacional. “Tem muita instituição que cobra mensalidades caras e poderia se virar sem isso”, afirmou.

Em julho, o Planalto pensou em rever os benefícios de entidades filantrópicas, mantendo apenas para aquelas instituições que comprovassem a relevância de seus serviços, mas Michel Temer voltou atrás.

Com a reforma da Previdência, o governo quer dificultar o acesso à aposentadoria, com uma idade mínima de 65 anos e maior tempo mínimo de contribuição, aumento de 15 para 25 anos.

Uma das propostas pretende acabar com a isenção para o agronegócio, que não recolhe contribuições sobre receitas decorrentes de exportações. 

Redação

4 Comentários

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  1.  Já passou de qualquer limite

     Já passou de qualquer limite de tolerância com o setor mercadista da fé. Não é possível a comercialização de um produto de largo consumo popular, sem pagar nenhum imposto, apenas redendo fortunas para os operadores e proprietários desses redes de supermercados da fé.

    Também não se poderá admitir, que a empresa comerciante mais antiga, e o que mais fatura, continue gosando de injustificado privilégio de nada recompensar à sociedade que tanta riqueza lhe tem propiciado. Me refiro à poderosa e imperial Igreja Católica Romana S.A. Não é possível o trabalhador pagar imposto de renda(?) sobre a pouca miséria que ganha, e esses nababos represententes de Supermercados da Fé continuem insentos.

    Orlando

  2. Não existe déficit ?

    Várias  organizações  e associações  de fiscais, auditores, etc., país à fora, inclusive a Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) dizem e apresentam dados que comprovariam não existir esse déficit.

    Quando veremos um debate a esse respeito?

    Pelo andar da carruagem do rolo compressor da maioria congressista do governo golpista, nunca.

    Não há  debate de espécie alguma, no máximo escutam sem ouvir ou contradizer e votam o que lhes foi ordenado ou contratado, uma vergonha completa.

    E como fala fino essa pretensa oposição….

     

     

  3. ISS

    Vamos considerar a “propagação da fé” , “os milagres” de todo o tipo, etc , etc, como um serviço.

    (porque não? qual o absurdo?

    antes de falar algo, por favor, leiam a lei do ISS de sua prefeitura.

    Tudo se encaixa.)

    Logo deveria ser tributado pelas prefeituras.

    ISS de 5% neles!

     Vai aliviar o caixa e todos seriam iguais preante a lei.

    (É mais fácil o homem ir a Marte e voltar no mesmo dia)

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