Pesquisadora defende tese da farsa da crise da Previdência

Enviado por Leo V

Do Adunicentro

Em tese de doutorado, pesquisadora denuncia a farsa da crise da Previdência Social no Brasil forjada pelo governo com apoio da imprensa

A crise forjada da Previdência

Por Coryntho Baldez

Com argumentos insofismáveis, Denise Gentil destroça os mitos oficiais que encobrem a realidade da Previdência Social no Brasil. Em primeiro lugar, uma gigantesca farsa contábil transforma em déficit o superávit do sistema previdenciário, que atingiu a cifra de R$ 1,2 bilhões em 2006, segundo a economista.

O superávit da Seguridade Social – que abrange a Saúde, a Assistência Social e a Previdência – foi significativamente maior: R$ 72,2 bilhões. No entanto, boa parte desse excedente vem sendo desviada para cobrir outras despesas, especialmente de ordem financeira – condena a professora e pesquisadora do Instituto de Economia da UFRJ, pelo qual concluiu sua tese de doutorado “A falsa crise da Seguridade Social no Brasil: uma análise financeira do período 1990 – 2005” (leia a tese na íntegra).
Nesta entrevista ao Jornal da UFRJ, ela ainda explica por que considera insuficiente o novo cálculo para o sistema proposto pelo governo e mostra que, subjacente ao debate sobre a Previdência, se desenrola um combate entre concepções distintas de desenvolvimento econômico-social.

Jornal da UFRJ: A idéia de crise do sistema previdenciário faz parte do pensamento econômico hegemônico desde as últimas décadas do século passado. Como essa concepção se difundiu e quais as suas origens?

Denise Gentil: A idéia de falência dos sistemas previdenciários públicos e os ataques às instituições do welfare state (Estado de Bem- Estar Social) tornaram-se dominantes em meados dos anos 1970 e foram reforçadas com a crise econômica dos anos 1980. O pensamento liberal-conservador ganhou terreno no meio político e no meio acadêmico. A questão central para as sociedades ocidentais deixou de ser o desenvolvimento econômico e a distribuição da renda, proporcionados pela intervenção do Estado, para se converter no combate à inflação e na defesa da ampla soberania dos mercados e dos interesses individuais sobre os interesses coletivos. Um sistema de seguridade social que fosse universal, solidário e baseado em princípios redistributivistas conflitava com essa nova visão de mundo. O principal argumento para modificar a arquitetura dos sistemas estatais de proteção social, construídos num período de crescimento do pós-guerra, foi o dos custos crescentes dos sistemas previdenciários, os quais decorreriam, principalmente, de uma dramática trajetória demográfica de envelhecimento da população. A partir de então, um problema que é puramente de origem sócio-econômica foi reduzido a um mero problema demográfico, diante do qual não há solução possível a não ser o corte de direitos, redução do valor dos benefícios e elevação de impostos. Essas idéias foram amplamente difundidas para a periferia do capitalismo e reformas privatizantes foram implantadas em vários países da América Latina.

Jornal da UFRJ: No Brasil, a concepção de crise financeira da Previdência vem sendo propagada insistentemente há mais de 15 anos. Os dados que você levantou em suas pesquisas contradizem as estatísticas do governo. Primeiramente, explique o artifício contábil que distorce os cálculos oficiais.

Denise Gentil: Tenho defendido a idéia de que o cálculo do déficit previdenciário não está correto, porque não se baseia nos preceitos da Constituição Federal de 1988, que estabelece o arcabouço jurídico do sistema de Seguridade Social. O cálculo do resultado previdenciário leva em consideração apenas a receita de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que incide sobre a folha de pagamento, diminuindo dessa receita o valor dos benefícios pagos aos trabalhadores. O resultado dá em déficit. Essa, no entanto, é uma equação simplificadora da questão. Há outras fontes de receita da Previdência que não são computadas nesse cálculo, como a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e a receita de concursos de prognósticos. Isso está expressamente garantido no artigo 195 da Constituição e acintosamente não é levado em consideração.

Jornal da UFRJ: A que números você chegou em sua pesquisa?

Denise Gentil: Fiz um levantamento da situação financeira do período 1990-2006. De acordo com o fluxo de caixa do INSS, há superávit operacional ao longo de vários anos. Em 2006, para citar o ano mais recente, esse superávit foi de R$ 1,2 bilhões.

O superávit da Seguridade Social, que abrange o conjunto da Saúde, da Assistência Social e da Previdência, é muito maior. Em 2006, o excedente de recursos do orçamento da Seguridade alcançou a cifra de R$ 72,2 bilhões.

Uma parte desses recursos, cerca de R$ 38 bilhões, foi desvinculada da Seguridade para além do limite de 20% permitido pela DRU (Desvinculação das Receitas da União).

Há um grande excedente de recursos no orçamento da Seguridade Social que é desviado para outros gastos. Esse tema é polêmico e tem sido muito debatido ultimamente. Há uma vertente, a mais veiculada na mídia, de interpretação desses dados que ignora a existência de um orçamento da Seguridade Social e trata o orçamento público como uma equação que envolve apenas receita, despesa e superávit primário. Não haveria, assim, a menor diferença se os recursos do superávit vêm do orçamento da Seguridade Social ou de outra fonte qualquer do orçamento.

Interessa apenas o resultado fiscal, isto é, o quanto foi economizado para pagar despesas financeiras com juros e amortização da dívida pública.

Por isso o debate torna-se acirrado. De um lado, estão os que advogam a redução dos gastos financeiros, via redução mais acelerada da taxa de juros, para liberar recursos para a realização do investimento público necessário ao crescimento. Do outro, estão os defensores do corte lento e milimétrico da taxa de juros e de reformas para reduzir gastos com benefícios previdenciários e assistenciais. Na verdade, o que está em debate são as diferentes visões de sociedade, de desenvolvimento econômico e de valores sociais.

www.youtube.com/watch?v=vXzUbziZQ2c

Jornal da UFRJ: Há uma confusão entre as noções de Previdência e de Seguridade Social que dificulta a compreensão dessa questão. Isso é proposital?

Denise Gentil: Há uma grande dose de desconhecimento no debate, mas há também os que propositadamente buscam a interpretação mais conveniente. A Previdência é parte integrante do sistema mais amplo de Seguridade Social.

É parte fundamental do sistema de proteção social erguido pela Constituição de 1988, um dos maiores avanços na conquista da cidadania, ao dar à população acesso a serviços públicos essenciais. Esse conjunto de políticas sociais se transformou no mais importante esforço de construção de uma sociedade menos desigual, associado à política de elevação do salário mínimo. A visão dominante do debate dos dias de hoje, entretanto, freqüentemente isola a Previdência do conjunto das políticas sociais, reduzindo-a a um problema fiscal localizado cujo suposto déficit desestabiliza o orçamento geral. Conforme argumentei antes, esse déficit não existe, contabilmente é uma farsa ou, no mínimo, um erro de interpretação dos dispositivos constitucionais.

Entretanto, ainda que tal déficit existisse, a sociedade, através do Estado, decidiu amparar as pessoas na velhice, no desemprego, na doença, na invalidez por acidente de trabalho, na maternidade, enfim, cabe ao Estado proteger aqueles que estão inviabilizados, definitiva ou temporariamente, para o trabalho e que perdem a possibilidade de obter renda. São direitos conferidos aos cidadãos de uma sociedade mais evoluída, que entendeu que o mercado excluirá a todos nessas circunstâncias.

Jornal da UFRJ: E são recursos que retornampara a economia?

Denise Gentil: É da mais alta relevância entender que a Previdência é muito mais que uma transferência de renda a necessitados. Ela é um gasto autônomo, quer dizer, é uma transferência que se converte integralmente em consumo de alimentos, de serviços, de produtos essenciais e que, portanto, retorna das mãos dos beneficiários para o mercado, dinamizando a produção, estimulando o emprego e multiplicando a renda. Os benefícios previdenciários têm um papel importantíssimo para alavancar a economia. O baixo crescimento econômico de menos de 3% do PIB (Produto Interno Bruto), do ano de 2006, seria ainda menor se não fossem as exportações e os gastos do governo, principalmente com Previdência, que isoladamente representa quase 8% do PIB.

Jornal da UFRJ: De acordo com a Constituição, quais são exatamente as fontes que devem financiar a Seguridade Social?

Denise Gentil: A seguridade é financiada por contribuições ao INSS de trabalhadores empregados, autônomos e dos empregadores; pela Cofins, que incide sobre o faturamento das empresas; pela CSLL, pela CPMF (que ficouconhecida como o imposto sobre o cheque) e pela receita de loterias. O sistema de seguridade possui uma diversificada fonte de financiamento. É exatamente por isso que se tornou um sistema financeiramente sustentável, inclusive nos momentos de baixo crescimento, porque além da massa salarial, o lucro e o faturamento são também fontes de arrecadação de receitas. Com isso, o sistema se tornou menos vulnerável ao ciclo econômico. Por outro lado, a diversificação de receitas, com a inclusão da taxação do lucro e do faturamento, permitiu maior progressividade na tributação, transferindo renda de pessoas com mais alto poder aquisitivo para as de menor.

Jornal da UFRJ: Além dessas contribuições, o governo pode lançar mão do orçamento da União para cobrir necessidades da Seguridade Social?

Denise Gentil: É exatamente isso que diz a Constituição. As contribuições sociais não são a única fonte de custeio da Seguridade. Se for necessário, os recursos também virão de dotações orçamentárias da União. Ironicamente tem ocorrido o inverso. O orçamento da Seguridade é que tem custeado o orçamento fiscal.

Jornal da UFRJ: O governo não executa o orçamento à parte para a Seguridade Social, como prevê a Constituição, incorporando-a ao orçamento geral da União. Essa é uma forma de desviar recursos da área social para pagar outras despesas?

Denise Gentil: A Constituição determina que sejam elaborados três orçamentos: o orçamento fiscal, o orçamento da Seguridade Social e o orçamento de investimentos das estatais. O que ocorre é que, na prática da execução orçamentária, o governo apresenta não três, mas um único orçamento chamandoo de “Orçamento Fiscal e da Seguridade Social”, no qual consolida todas as receitas e despesas, unificando o resultado. Com isso, fica difícil perceber a transferência de receitas do orçamento da Seguridade Social para financiar gastos do orçamento fiscal. Esse é o mecanismo de geração de superávit primário no orçamento geral da União. E, por fim, para tornar o quadro ainda mais confuso, isola-se o resultado previdenciário do resto do orçamento geral para, com esse artifício contábil, mostrar que é necessário transferir cada vez mais recursos para cobrir o “rombo” da Previdência. Como a sociedade pode entender o que realmente se passa?

Jornal da UFRJ: Agora, o governo pretende mudar a metodologia imprópria de cálculo que vinha usando. Essa mudança atenderá completamente ao que prevê a Constituição, incluindo um orçamento à parte para a Seguridade Social?

Denise Gentil: Não atenderá o que diz a Constituição, porque continuará a haver um isolamento da Previdência do resto da Seguridade Social. O governo não pretende fazer um orçamento da Seguridade. Está propondo um novo cálculo para o resultado fiscal da Previdência. Mas, aceitar que é preciso mudar o cálculo da Previdência já é um grande avanço. Incluir a CPMF entre as receitas da seguridade é um reconhecimento importante, embora muito modesto. Retirar o efeito dos incentivos fiscais sobre as receitas também ajuda a deixar mais transparente o que se faz com a política previdenciária. O que me parece inadequado, entretanto, é retirar a aposentadoria rural da despesa com previdência porque pode, futuramente, resultar em perdas para o trabalhador do campo, se passar a ser tratada como assistência social, talvez como uma espécie de bolsa. Esse é um campo onde os benefícios têm menor valor e os direitos sociais ainda não estão suficientemente consolidados.

Jornal da UFRJ: Como você analisa essa mudança de postura do Governo Federal em relação ao cálculo do déficit? Por que isso aconteceu?

Denise Gentil: Acho que ainda não há uma posição consolidada do governo sobre esse assunto. Há interpretações diferentes sobre o tema do déficit da Previdência e da necessidade de reformas. Em alguns segmentos do governo fala-se apenas em choque de gestão, mas em outras áreas, a reforma da previdência é tratada como inevitável. Depois que o Fórum da Previdência for instalado, vão começar os debates, as disputas, a atuação dos lobbies e é impossível prever qual o grau de controle que o governo vai conseguir sobre seus rumos. Se os movimentos sociais não estiverem bem organizados para pressionarem na defesa de seus interesses pode haver mais perdas de proteção social, como ocorreu em reformas anteriores.

Jornal da UFRJ: A previdência pública no Brasil, com seu grau de cobertura e garantia de renda mínima para a população, tem papel importante como instrumento de redução dos desequilíbrios sociais?

Denise Gentil: Prefiro não superestimar os efeitos da Previdência sobre os desequilíbrios sociais. De certa forma, tem-se que admitir que vários estudos mostram o papel dos gastos previdenciários e assistenciais como mecanismos de redução da miséria e de atenuação das desigualdades sociais nos últimos quatro anos. Os avanços em termos de grau de cobertura e de garantia de renda mínimapara a população são significativos. Pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), cerca de 36,4 milhões de pessoas ou 43% da população ocupada são contribuintes do sistema previdenciário. Esse contingente cresceu de forma considerável nos últimos anos, embora muito ainda necessita ser feito para ampliar a cobertura e evita que, no futuro, a pobreza na velhice se torne um problema dos mais graves. O fato, porém, de a população ter assegurado o piso básico de um salário mínimo para os benefícios previdenciários é de fundamental importância porque, muito embora o valor do salário mínimo esteja ainda distante de proporcionar condições dignas de sobrevivência, a política social de correção do salário mínimo acima da inflação tem permitido redução da pobreza e atenuado a desigualdade da renda.

Cerca de dois milhões de idosos e deficientes físicos recebem benefícios assistenciais e 524 mil são beneficiários do programa de renda mensal vitalícia. Essas pessoas têm direito a receber um salário mínimo por mês de forma permanente.

Evidentemente que tudo isso ainda é muito pouco para superar nossa incapacidade histórica de combater as desigualdades sociais. Políticas muito mais profundas e abrangentes teriam que ser colocadas em prática, já que a pobreza deriva de uma estrutura produtiva heterogênea e socialmente fragmentada que precisa ser transformada para que a distância entre ricos e pobres efetivamente diminua. Além disso, o crescimento econômico é condição fundamental para a redução da pobreza e, nesse quesito, temos andado muito mal. Mas a realidade é que a redução das desigualdades sociais recebeu um pouco mais de prioridade nos últimos anos do que em governos anteriores e alguma evolução pode ser captada através de certos indicadores.

Jornal da UFRJ: Apesar do superávit que o governo esconde, o sistema previdenciário vem perdendo capacidade de arrecadação. Isso se deve a fatores demográficos, como dizem alguns, ou tem relação mais direta com a política econômica dos últimos anos?

Denise Gentil: A questão fundamental para dar sustentabilidade para um sistema previdenciário é o crescimento econômico, porque as variáveis mais importantes de sua equação financeira são emprego formal e salários. Para que não haja risco do sistema previdenciário ter um colapso de financiamento é preciso que o país cresça, aumente o nível de ocupação formal e eleve a renda média no mercado de trabalho para que haja mobilidade social. Portanto, a política econômica é o principal elemento que tem que entrar no debate sobre “crise” da Previdência. Não temos um problema demográfico a enfrentar, mas de política econômica inadequada para promover o crescimento ou a aceleração do crescimento.

Fonte: Jornal da UFRJ

Redação

18 Comentários

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  1. estou aguardando uma cpi
    Estou aguardando uma CPI.
    Duvido que venha. Não interessa a ninguém.

    Estou aguardando manchetes nos jornalões e revistas-lixo
    Duvido que tenhamos.

    De tanto mentir e insistir na mentira o assunto vira verdade.

  2. se o  periodo é   ate  2005

    se o  periodo é   ate  2005  é noticia  velha  muita  coisa  mudou   na  previdencia  nos  ultimos  anos,Sabemos que  nao  é  ainda um modelo de  previdencia  de boa  qualidade mais para o  que  ja  vimos  na  previdencia, é  um paraíso. porque  todos  os  dias   voce  tinha  que  dormir nas  filas   interminaveis   e  nunca  sabia  se  seria  atendido.  Hoje  voce  marca  seu atendimento eno dia  e  hora  marcada  voce  é  atendido.  Houve tambem  bastante  mudanças   com relaçao  a atendimentos  nos  postos  de  saúde  onde  ha   clinicos  atendendo  durante  a   semana. 

    So aparece gente para criticar  o sistema  do SUS. mais   olhe  oS  EUA  como  exemplo. la  nao se tem   direito  a  atendimento  publico. ou voce  tem  dim dim para  pagar ou morre. Ha  casos  que  voce tem que  escolher. ou  dá tudo  para  os  hospitais  particulares  e  fica  pobre  ou   morre. 

    Ha  tambem  muitos  casos  de  americanos  que deixaram o  pais  para  se  operados  na  China,  Cuba, e  outros  países  e isso é uma  realidade.

    Claro que  sabemos  que muito  tem que  ser feito  mais  ja  foram feitas mudanças  estruturais  que vem  dando  bons  resultados  mais  ninguem  vai  conferir  isso. É  comodo  publicar  um monte  de  asneiras  e  fazer  sucesso  porque  esta metendo  o  pau no governo

    Uma pesquisadora  que vem   com pesquisas  atrasadas  deve ser  mal intencionada.  no  minimo ela  deveeria  ter  feito  tal  pesquisa  ate  2014   pelo  menos 

  3. Como afirmo há muito tempo, o

    Como afirmo há muito tempo, o governo gosta deste discurso de deficit da previdência disseminado pela imprensa e por alguns economistas de banco.

    Enquanto isto, utiliza o dinheiro dos futuros aposentados para pagar juros aos rentistas.

    Vejo muitos jornalistas e economistas criticando as aposentadorias e proprondo mudanças na previdência sempre para ferrar os futuros aposentados. e nenhum criticando os rentistas o BC, os juros pornográficos, etc etc.

  4. Comentário

    Muito boa a entrevista, o problema é que para além da questão do financiamento da seguridade social, precisamos entender que é uma questão em disputa com os neoliberais, que são contra a previdência pública, e defendem a privatização da mesma, por isso batem o tempo todo na mentira, na farsa do déficit da previdência. Infelizmente vale um crítica contundente aos Governos Lula e Dilma quanto a esta questão, pois continuaram a usar o mesmo artifício dos neoliberais.

  5. Algum partido tem em seus

    Algum partido tem em seus programas de governo orçamento separado para a previdência?

    Não, então cabe a sociedade exigir isso.

    Só a ação politica muda este país;

  6. Li a entrevista da Denise que

    Li a entrevista da Denise que defende a farsa da crise da Previdência. Embora atualmente não tenha ouvido falar dessa crise.

    Conclui como a autora que a Previdencia se sustenta do desenvolvimento econômico. Ora, se não há crise da Previdência conforme ela sustenta, não há problemas de desenvolvimento econômico. Seria essa a lógica?

     

  7. E isso é tese de doutorado…?

    De saída a entrevista começa com uma arenga ideológica que busca desqualificar qualquer argumento em contrário como sendo mal intencionado. Mas vamos ignorar essa carência de cientificidade já marcante de saída. 1) Ok, então não há déficit porque há muito mais receitas que podemos utilizar para jogar no bolo da Previdência? É a velha mentalidade de que dinheiro dá em árvores, que o saco de dinheiro não tem fundo, de que sempre é possível arrancar mais dinheiro da sociedade sem que o estado brasileiro faça seu dever de casa. O objetivo da visão orçamentária da administração estatal é exatamente evitar o endividamento e os juros escorchantes que a entrevistada diz tanto desgostar, mas contraditoriamente, a linha argumentativa dela é totalmente favorável ao expansionismo de gastos, que nos leva a endividamento, pagamento de juros, etc.. Não querem controlar gastos, mas também não querem pagar os juros do endividamento. Querem mágica, apenas. 2) A previdência brasileira funciona fazendo transferência de renda às avessas, aposentadorias integrais de funcionários públicos, pensões vitalícias, etc. A autora chegou a fazer um levantamento da quantidade de privilégios de casta que distorce a distribuição de renda que nossa previdência deveria fazer? Não há nada que reformar aí não? Não há inúmeras fraudes na aposentadoria rural para combater? Não seria possível agir preventivamente para que os trabalhadores rurais não tenham que recorrer a algo do tipo? No mais, o Brasil é um dos raros países do mundo em que não há teto mínimo para a aposentadoria, mas nosso sistema insano é que está certo e o resto do mundo errado?  3) A questão demográfica é uma invenção ideológica e não é uma bomba relógio a longo prazo? É uma questão matemática, não de ideologia. Mas a resposta parece ser: “não há problema, daremos um jeito de extorquir dinheiro ad infinitum da população para não resolver questão nenhuma ao fim das contas”. A autora pretende financiar essa insanidade com crescimento econômico, mas é difícil saber de onde ele vai vir em um país completamente avesso ao mercado como o nosso (como, aliás, a própria linha de pesquisa da autora é, para retormar a abordagem claramente ideológica que ela adotou logo de saída).

    1. Como bom rentista, Felipe

      Como bom rentista, Felipe Lopes, só vê no que lê o que quer. A entrevistada usou o português de forma clara. Com exeção da CPMF, as fotes de renda são aquelas que ela citou e estão na Constituição. Agora e você? Não é oseu dinheiro que nasceria nas áarvores do seu belo jardim?

    2. sua argumentação é ideo(sem)lógica

      Sinceramente não entendi o ‘extorquir’ dinheiro da população.Os beneficios da previdência não são pagos  para a população? seriam pagos para as pedras ou os  marcianos?? Ou população é ‘extorquida’ para receber o benefício da extorção? ahh?? Quanta ‘cientificidade’!!.

  8. Estatistica você vê o que

    Estatistica você vê o que quer ver.

    Por que o periodo de 1990 a 2006?

    Quantas pessoas se aposentaram de 2006 a 2015?

    O salário minimo subiu quanto de 2006 a 2015? Lembrando que isto influi em muito o desempenho da previdência social (ou seguiridade social).

    R$ 1,2 bi de superavit em 2006. Por que citou só este ano? Citou este ano porque deve ter sido o melhor ano da seríe analisada. E os outro anos?

    A gente sempre escolhe o que ver.

    Antes dos trogloditas começarem a chiar, estou tentando somente entender melhor o assunto. Para termos uma visão clara todos a descutirem o assunto devem ser honestos e transparentes e não selecionar os dados que melhor sustentem seu argumento.

     

     

     

      1. Trogloditas …
        Como esperado

        Trogloditas …

        Como esperado o troglodita se manifestou. 

        E além de troglodita é analfabeto funcional, pois não entendeu o que leu.

        Oras bolas se a pessoa está fazendo um lenvantamento e publicou agora em 2016, devia ter informações mais recentes para corroborar sua tese. 

        Pelo jeito usou de má-fé e usou os dados que lhe interessava, pois duvido que se os números recentes corroborassem sua tese ela os deixaria de fora.

        Então dá para ver pela sua falta de argumentos quem são os verdadeiros trouxas.

         

         

  9. Para o Bolsa Banqueiro tudo

    O governo é mais vítima que cúmplice. O discurso neoliberal sempre teve a previdência como vilã dos gastos. Dizia, com a fiel ajuda da mídia-empresa-tucana, que o Estado é perdulário por natureza, tinha que diminuir (só ficaria para socorrer as crises dos bancos, né?) e a gestão “petralha” era um caos. Eram muitos gastos, pouca rentabilidade. Parabéns para a doutora Denise, mas sejamos justos com as entidades sindicais de auditores e fiscais da receita e previdência que há anos vêm denunciando a embromação tucana. Cúmplice seria o governo no momento de fazer sua politica de alianças, juntando-se com inimigos históricos, como se pudesse pagar o preço cobrado pelos “companheiros” da banca.

    Agora falta uma outra tese de doutorado para completar esta história. Ela revelaria como em nossa sociedade a lei, renovada a cada ano quando aprovada no congresso a LDO, obriga que cada centavo do nosso orçamento tem a prioridade máxima de servir ao pagamento da nossa dívida pública. Se sobrar, paga-se aposentados, saúde, educação etc. Quantos cidadão são convenientemente informados desta “justiça”?

  10. A bomba demográfica se resolve com um crescimento imaginário…

    …que ninguém sabe se vem ou de onde vai vir… Essa é no mínimo uma proposta altamente IMprevidente para administrar a pervidência a longo prazo. Se eu propusesse alguma coisa tão incerta em minha dissertação de mestrado ela não passaria nem mesmo pelo orientador. Houve pelo menos algum cálculo de quanto deveria ser esse crescimento anual para sustentar o déficit demográfico? Deve ser um número surreal…, principamente em um cenário de enormes incertezas internacionais. São aventureiros assim que preiodicamente quebram o país (e que depois vão vir reclamar dos juros do endividamento…). 

  11. FUNDO DE PENSÃO DOS FUNCIS DO BANCO DO BRASIL

    A prova de que a arrecadação previdenciária é fabulosa é a PREVI que, mesmo com administração regular, ainda produz superavits enormes em todos os exercícios. O Brasil precisa ser refundado, urgente!

  12. Papo eterno para

    Papo eterno para rodinhas.

    Com excessão de fraudes e outros delitos não há como a Previdêmcia Social brasileira ser deficitária porque a cada qualquer coisa produzida, feita e/ou parida é obrigatória uma contribuição à Previdência.

    Saudações à pesquisadora mas será mais uma tese que ficará na prateleira porque nunca,. jamais, haverá interesse em modificar o sistems da Previdência nessa país.

    Anotem: o país estará discutindo exatamente a mesma coisa sem modificar coisissíma nenhuma daqui há 323 anos.

    Afinal, como se deixará de se vender esperanças ?

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