Governo Bolsonaro planeja dividir jovens entre explorados e empregados

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Valter Campanato/Agência
da Rede Brasil Atual
Governo Bolsonaro planeja dividir jovens entre explorados e empregados

Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que as pessoas vão “babar” enquanto decidem entre dois sistemas: “Um com mais direitos e poucos empregos e outro, com menos direitos e muitos empregos”

São Paulo – Os jovens que ingressarem no mercado de trabalho terão dois modelos distintos de regimes trabalhistas para “optar”. A informação já circulava desde a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro – que previa em seu plano de governo a carteira de trabalho “verde e amarela” – e foi confirmada ontem (5) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em jantar com empresários, promovido pelo site de notícias Poder360.

“O jovem poderá escolher. Na porta da esquerda, há a Carta del Lavoro, Justiça do Trabalho, sindicatos, mas quase não tem emprego. É o sistema atual. Na porta da direita, não tem nada disso”, afirmou o ministro. “As pessoas vão ver dois sistemas funcionando. Um com muitos direitos e poucos empregos. E outro com menos direitos e muitos empregos. Elas vão olhar isso por dois, três anos e ‘babar’ um pouco”, declarou.

De acordo com Guedes, dar opção de mais um sistema para quem está procurando o primeiro emprego, reduziria a taxa de desocupação entre os mais jovens.  E faria com que a sociedade percebesse as “vantagens” de regras menos rígidas, com as empresas “incentivadas” a contratar.

A adesão gradual dos trabalhadores ao novo sistema, acredita o ministro, faria com que a Justiça do Trabalho perdesse relevância e sua presença também começaria a ser reduzida.

Em entrevista logo que tomou posse, no início de janeiro, Bolsonaro disse que poderia debater a extinção da Justiça do Trabalho e que os processos trabalhistas deveriam tramitar na Justiça comum.

* Com informações do Poder360

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

6 Comentários

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  1. Ontem fiquei assuntando dois pobres de direita afirmando que Olavo de Carvalho seria o cara….notei que eles se informam por bolhas da direita tipo Nando Moura, Mamãe Falei e outras centrais de disparo de fake news e distorções da realidade….o que notei: o orgulho por terem derrotado o PT e a esquerda. O que achei apavorante foi que, em nenhum momento, eles falaram sobre o que ganharão com os votos que eles deram à direita…aliás, a esquerda que eles odeiam ou foram levados a odiar, foi quem conquistou os direitos que ainda lhes restam: e que a direita que eles, por burrice, amam, está sepultando….

    Cá pra nós, essa pessoas de direita não pretendem reivindicar nada do governo que elegeram
    ?????

    Como assim
    ?????

  2. Ontem fiquei assuntando dois pobres de direita afirmando que Olavo de Carvalho seria o cara….notei que eles se informam por bolhas da direita tipo Nando Moura, Mamãe Falei e outras centrais de disparo de fake news e distorções da realidade….o que notei: o orgulho por terem derrotado o PT e a esquerda. O que achei apavorante foi que, em nenhum momento, eles falaram sobre o que ganharão com os votos que eles deram à direita…aliás, a esquerda que eles odeiam ou foram levados a odiar, foi quem conquistou os direitos que ainda lhes restam: e que a direita que eles, por burrice, amam, está sepultando….

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  4. O Governo Bolsonaro é asnocrático, isto é, é constituído de burros, asnos. Ora, o desemprego atual é estrutural, isto é, tem a ver com a tecnologia, e não com os direitos dos trabalhadores. Por mais que se reduzam os direitos dos trabalhadores, os patrões vão investir em tecnologia poupadora de mão-de-obra, ainda mais com a revolução industrial 4.0.

    Esse lenga-lenga de que menores salários e menos direitos implicam em mais emprego é uma falácia. Num artigo publicado no G1 há poucos dias, um dos economistas consultado, cujo nome é Rosenberg, afirmou:

    “A sociedade sempre tem que escolher entre salários mais altos ou salários mais baixos com mais empregos. Isso é uma imposição aritmética. Não há como forçar o empresário a contratar o trabalhador que vai gerar um produto que traz menos retorno do que o que ele custa”.

    Sabe-se, pela lei da oferta e da procura, que quanto maior for o número de empregados, tanto menor será a oferta de mão-de-obra e, consequentemente, quanto menor a oferta de mão-de-obra, mais elevados serão os salários. Por outro lado, quanto maior for o número de desempregados, tanto maior será a oferta de mão-de-obra e, consequentemente, tanto mais reduzidos serão os salários.

    Definitivamente, os imbecis perderam a modéstia.

    https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/02/03/veja-as-expectativas-de-economistas-sobre-o-novo-governo-1-mes-apos-a-posse.ghtml

  5. O governo está correndo atrás de uma pauta que é ilusória mesmo a partir de sua lógica reducionista de direitos para aumentar a quantidade de trabalhadores empregados.

    Quando o IBGE publica estatísticas de desempregados no Brasil, ele considera quem faz bico ou está no mercado informal como “não-desempregado”, ou seja, em situações ainda piores do que as da carteira “verde-amarela”.

    Então essa nova modalidade de “carteira de trabalho” não vai aumentar em nada o número de empregados.

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