Jornal GGN – Eliseu Padilha, ministro interino da Casa Civil, disse que o governo provisório irá enviar até o final de julho a proposta de reforma da Previdência para o Congresso. Ontem (13), Padilha se reuniou com representantes de centrais sindicais para debater o tema, que sugeriram que o governo deve “corrigir erros do passado”, falando em vender imóveis subutilizados e promover programas de refinanciamento de dívidas para diminuir o passivo. Outras propostas levantadas também foram o aumento da fiscalização da Previdência, a revisão de desoneração com filantropia e a regulamentação dos jogos de azar.
Para o deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), da Força Sindical, a reforma não pode ser feita de “afogadilho”. O governo diz que o défiicit da Previdência deve ficar em R$ 136 bilhões neste ano. O governo interino acena com medidas similares às adotadas por outros países, como França e Grécia, que incluem o aumento da idade mínima para a aposentadoria.
Da Agência Brasil
De acordo com o ministro, o texto, ainda não finalizado, deve ser encaminhado ao Legislativo ainda antes da votação do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. Padilha evitou antecipar pontos que o governo defende, mas adiantou que a proposta seguirá o modelo usado em outros países.
“O que foi proposto [pelas centrais] não cobrirá o buraco. O tamanho do buraco varia do peso que vai ser dado a cada uma das hipóteses de arrecadação que foram propostas. Aí sim, poderemos dizer o que vamos adotar, o que é adotado classicamente em todo o mundo é o que vamos adotar aqui. Vamos ter algumas receitas extraordinárias que advirão das propostas das centrais, mas não se faz mágica nesse tema. O sistema tem que ser autossustentável.”
Centrais sindicais
No encontro desta segunda-feira, as centrais sindicais sugeriram ao governo “corrigir erros do passado”, como vender imóveis subutilizados e promover programas de refinanciamento de dívidas para diminuir o passivo. As centrais também propuseram aumentar a fiscalização da Previdência, assim como rever desonerações com filantropia e regulamentar jogos de azar.
“[A reforma] não pode ser feita de afogadilho, de um dia para o outro, sem levar em conta o passado. Estamos propondo que o governo corrija os erros do passado, porque existe uma série de problemas a serem corrigidos. Corrigido o passado, vamos ver o buraco que ficou, provavelmente vai ficar um buraco ainda e aí sim discutiremos o que precisará ser feito para tapar o buraco”, disse, após a reunião, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente nacional da Força Sindical.
De acordo com o governo, o déficit da Previdência para este ano é estimado em R$ 136 bilhões. Caso todas as medidas sugeridas pelas centrais fossem adotadas, ainda haveria um déficit de cerca de R$ 50 bilhões, pelos cálculos do governo. Na próxima semana, haverá nova rodada de negociação com sindicalistas.
Experiência de outros países
Pressionados pelos reflexos da crise econômica e pelo envelhecimento da população, os países europeus, por exemplo, tiveram como ponto central nas mudanças previdenciárias aprovadas nos últimos anos a elevação da idade mínima para a aposentadoria. No Brasil, não há, ainda, uma idade mínima para se aposentar.
Na França, o governo aprovou mudanças no regime de Previdência em 2010, elevando de 60 para 62 anos a idade mínima para aposentadoria e estabelecendo que a idade que garante benefícios previdenciários plenos será 67 anos. Anteriormente, era 65 anos.
Na Grécia, as mudanças aprovadas em maio deste ano elevaram o valor das contribuições previdenciárias, definiram cortes de benefícios mais elevados e adotaram uma aposentadoria nacional de 384 euros para quem trabalhou 20 anos.
Em 2011, em meio à aprovação de um pacote de medidas de austeridade, a Itália elevou a idade mínima de aposentadoria de 62 para 66 anos em 2012 para mulheres e homens.
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Idade minima
A solução encontrada para acabar com o deficit da previdencia foi acabar com a aposentadoria. Com a idade minima o trabalhador braçal vai morrer antes de conseguir se aposentar.
O mal-caráter Paulinho da
O mal-caráter Paulinho da Força tem uma proposta para a reforma da Previdência: de reabir a jogatina.
O Brasil não tem estrutura para fazer funcionar casa de Bingo sem trágicas consequências para os jogadores e seus familiares.
Sabemos que viciado em jogo de azar mete a cara em qualquer um, e será eternamente um infeliz por isso. O joogo de bingo vem a ser diferente de outros num aspecto: o de suas casas permanecerem abertas diuturnamente, escravizando ainda mais os doentes nessa pratica. É mil vezes pior que jogar no bicho, ou na loteria.
Quem tem parentes e amigos, ou conhecidos viciados em jogos de azar sabe bem o que isso significa.
Trazer de volta um vício doentio como solução para uma reforma previdenciária é querer tapar o sol com a peneira. É estupidez pura.
Só entrei uma vez numa casa de bingo, em Brasília. O garçom que me serviu contou que tina casa e família, até o dia em que se viciou em bingos. Após perder tudo, inclusive esposa, e se ver abandonado por todos, os donos da casa, das mais badaladas da Capital, deu a ele uma chance: de trabalhar como garçom, porém sem o direito de jogar.
Mas, esse governo interino é composto de gente pequena, sem capacidade de organizar sua própria casa.
Quero ver a cara dos coxinhas
Quero ver a cara dos coxinhas pobres, quando perceberem que irão se ferrarem por apoiarem um governo golpista