Governo interino desiste de prazo para apresentar reforma da Previdência

Jornal GGN – O governo do presidente interino Michel Temer desistiu de colocar um prazo para a apresentação de proposta da reforma da Previdência ao Congresso, após não conseguir consenso em conversas com centras sindicais nesta terça-feira (28). Entretanto, o governo do interino ainda fala que a proposta será aprovada neste ano.

O objetivo, segundo o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, é “ter a reforma da Previdência aprovada este ano”. Com menos pessoas dentro da discussão, é possível trabalhar com mais celeridade, diz Padilha.

O governo interino resolveu formar um novo grupo de trabalho para discutir a reforma. A ideia era ter uma proposta de consenso com as centrais sindicais até o fim deste mês, mas houve dificuldade de conseguir concordância em medidas importantes como a adoção da idade mínima para a aposentadoria. 

Dos poucos pontos de acordo, estão a  foram a revisão das regras de isenção para entidades filantrópicas e a aceleração da venda de imóveis do INSS, que deve render R$ 1,5 bilhão, cerca de 1% do déficit previsto para 2017, de R$ 150 bilhões. 

Da Folha

Governo desiste de fixar prazo para apresentar reforma da Previdência
 
MARINA DIAS
EDUARDO CUCOLO

Sem consenso em mais uma rodada de conversas com as centrais sindicais nesta terça (28), o governo interino de Michel Temer decidiu formar um novo grupo de trabalho para discutir a reforma de Previdência e deixou de se comprometer com um prazo para apresentar uma proposta ao Congresso, falando apenas em aprovação ainda este ano.

Segundo o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), agora a meta do governo é “ter a reforma da Previdência aprovada este ano” e, com menos pessoas envolvidas na discussão, afirma, é possível trabalhar “com mais celeridade”.

A ideia inicial do Planalto era formular uma proposta de consenso com as centrais até o fim de junho, mas a dificuldade de conseguir unidade em torno das principais medidas, como adoção da idade mínima para a aposentadoria, por exemplo, fez com que o governo adiasse o prazo.

Os únicos pontos acordados foram a revisão das regras de isenção para entidades filantrópicas, que já havia sido anunciada pelo governo Temer, e a aceleração da venda de imóveis do INSS, que deve render R$ 1,5 bilhão, o que representa cerca de 1% do déficit previsto para 2017, de mais de R$ 150 bilhões. A primeira medida ainda precisa de aprovação do Congresso.

O novo grupo, que começa a se reunir na próxima semana, vai usar propostas das confederações patronais e também projetos que já estão na Câmara dos Deputados como base para as discussões.

Ainda de acordo com o ministro, o “pequeno grupo”, o terceiro que vai discutir a questão da Previdência este ano, terá um representante do governo, um dos empregadores –que ainda não está definido– e um do Dieese, entidade que vai representar os trabalhadores.

‘SOLUÇÃO FOI REDUZIR’

Após participar da reunião com o governo e representantes dos empregadores, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) afirmou que “a solução” para chegar a um consenso foi “diminuir o grupo”.

“Na reunião de hoje teve vários dissensos, continuamos achando que o governo tem que cumprir a primeira etapa que propusemos, que não foi cumprida”, afirmou Paulinho.

O governo não descartou a possibilidade de reduzir o benefício fiscal para o setor do agronegócio, uma demanda dessa “primeira etapa” das centrais, embora a questão não tenha sido discutida na reunião desta terça.

O deputado reforçou mais uma vez que as centrais não concordam com a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria, medida considerada essencial para o governo Temer. 

 

Redação

3 Comentários

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  1. Tem que reformar, mas que comecem pelos privilégios

    Vai ser difícil convencer o restante da sociedade a apertar o cinto se o primeiro compromisso não for acabar com as aposentadorias-mamatas que existem por todo lado no funcionalismo público. Todo país civilizado do mundo tem idade mínima para aposentar, mas raros têm a quantidade absurda de privilégios que o sistema brasileiro tem.

  2. Mais uma do governo viperino

    Como? Michelzinho-presidente ainda não jogou o retrato da presidente Dilma no chão e pisou em cima até virar poh?! E Eliseu Padilha, com a capivara que tem, Janot ainda não enviou o inquérito para o STF?!

    Gosto de ver a democracia que reina no governo Temer, até para discutir uma reforma, eles dizem “com menos pessoas envolvidas na discussão, afirma, é possível trabalhar “com mais celeridade”.”  E la vai pau no lombo do povo.

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