Para Maia, rejeição do governo não tem relação com Reforma -

Datafolha revela que 70% consideram gestão Temer ruim ou péssima; levantamento sem relação com Previdência, defende presidênte da Câmara dos Deputados

(Foto Marcelo Cabral Agência Brasil)

Jornal GGN – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou hoje que o índice de rejeição do governo Michel Temer (MDB) não irá atrapalhar a reforma da Previdência, em fevereiro. “O único problema da reforma é o tema da Previdência, que é um tema polêmico. Tem que esclarecer a sociedade. Não tem relação com rejeição ou não ao governo. A sociedade, conseguindo entender que ela é fundamental”, disse ao Valor após participar da cerimônia de retomada dos trabalhos do Judiciário, realizada nesta quinta-feira (01), em Brasília.

Segundo pesquisa do Datafolha, coletada entre os dias 29 e 30 de janeiro, o governo de Temer é considerado ruim ou péssimo para 70%. Ainda assim, o presidente da Câmara considera que os números não trarão impacto sobre o processo de aprovação do pacote na Casa, previsto para dias 19 ou 20 de fevereiro.

Outra pesquisa do Datafolha, realizada em maio do ano passado, mostrou que 71% dos brasileiros eram contra a reforma da Previdência, contra 23% favoráveis, 5% que não souberam opinar e 1% indiferente.

Já outras duas pesquisas, divulgadas em dezembro, uma pelo Ibope, encomendada pelo governo, e outra pela MindMiners, mostravam rejeição de 46% e 69% dos entrevistados, respectivamente. Sete meses antes, em abril, Ibope apontava desaprovação entre 61% dos entrevistados, fazendo o Planalto comemorar a redução dos índices de rejeição.

Na saída do evento do Judiciário, Temer também foi perguntado se o índice de rejeição divulgado pelo Datafolha nesta semana dificultaria a passagem da reforma do INSS. O emedebista limitou sua resposta a: “Vamos dar tempo ao tempo.”