Governo não tem sequer 250 votos para aprovar Previdência, afirma José Guimarães

Líder da Minoria na Câmara reafirma que Temer está longe de conseguir os 308 votos necessários para aprovar o pacote em primeiro turno 
 
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(Foto ABr)
 
Jornal GGN – O deputado e líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE) disse nesta segunda-feira (05) que o governo Temer está bem longe de alcançar os 308 votos que precisa para passar a reforma da Previdência em primeiro turno na Casa.
 
“Temos trabalhado com as lideranças, com as dissidências… posso assegurar para o país que o governo não tem sequer 250 votos”, disse o parlamentar a jornalistas hoje, antes da abertura dos trabalhos no legislativo, segundo informações da Reuters, completando que sua ponderação “não é bravata”. 
 
De fato, a avaliação do petista faz sentido, segundo informações divulgadas hoje pelos jornais, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) estuda deixar a pauta da reforma para 2019, em princípio insatisfeito com declarações do presidente Temer de “ter feito sua parte” para que a reforma avançasse no Congresso – como se Maia estivesse ali a passeio. 
 
Mas o que tem pesado, absolutamente, é a falta de segurança para a votação. O período próximo das eleições, preocupa os parlamentares que não querem ter a imagem atingida pelas mudanças no INSS defendidas pelo Planalto. 
 
Ainda, segundo a Reuters, Guimarães prometeu que a Minoria da Câmara fará o que for possível para obstruir as votações na Casa até que a PEC seja definitivamente engavetada. Centrais sindicais planejam realizar um ato contra a reforma nesta terça-feira e uma mobilização nacional no dia 19 de fevereiro, data prevista para a votação.
 
O Painel da Folha publicou hoje que a “nova Previdência” foi dada como morta em um almoço realizado na semana passada entre Maia e os líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Congresso, André Moura (PSC-SE). 
 
Leia também: Maia pode engavetar texto da reforma da Previdência
 
Sem poder contar com o dinheiro que a reforma poderia proporcionar para o caixa da União ainda em 2018, o governo deverá correr agora para encaminhar as privatizações da Eletrobras e Embraer. 
 
 
Redação

7 Comentários

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  1. Panela de pressão ou faltou dinheiro

    Sinceramente? Aí sim é que quebra a Previdência. 

    Não quero essa “reforma”. Só que parece haver um paradoxo perverso. Vai produzir justamente aquilo que se diz evitar. 

    E espero que eu esteja completamente errado.  

    1. Faz tempo que concordo com
      Faz tempo que concordo com você. Este rapaz entregou de graça a presidência da comissão de impeachment na Comissão.

  2. Xiii ! Danou-se !
    Quando
    Xiii ! Danou-se !

    Quando esses caras falam o que governo não tem voto, pode ter certeza, tem voto para aprovar a reforma.

    É assim desde o impeachment.Todos diziam que o governo não tinha votos.

    Desde então ganharam todas, não perderam uma.

    Não acredito mais nessa falta de voto do governo traíra .

  3. Para refletir

    Com toda essa impopularidade é incrível que ainda tenham 250 votos e, a esquerda, com toda essa maioria popular conta menos de 100 deputados e apenas 14 senadores (ou menos).

    Isso ilustra muito bem não apenas a ignorância do eleitor, mas, principalmente, o erro tático do PT de sacrificar o legislativo (deputados e senadores), apenas para alianças em favor do Executivo, que depois acaba sem base parlamentar. Isso nunca mais deveria ocorrer e, desde já, mesmo no primeiro turno, os partidos de esquerda deviam apresentar um programa básico e comum de governo e uma campanha organizada para aumentar a base parlamentar.

  4. E vamos lá tentar empurrar o

    E vamos lá tentar empurrar o problema com a barriga mais uma vez. Essa reforma vai sair na marra quando a previdência simplesmente quebrar, levando o Estado junto com ela.

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