PSDB dá sinal verde à Reforma da Previdência de Temer

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Beto Barata/PR
Foto: Beto Barata/PR
 
Jornal GGN – Atendendo a interesses da sigla, a Executiva Nacional do PSDB decidiu que irá fechar questão a favor da reforma da Previdência, pressionando os deputados tucanos a votarem pela aprovação das mudanças na aposentadoria. 
 
A decisão foi tomada em meio às pressões nos bastidores pelo governo Temer de que a matéria seja votada ainda este ano na Câmara dos Deputados. Da mesma forma, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vem mantendo o discurso de que só iria efetivar a votação na agenda se houvesse a maioria dos parlamentares, evitando que o caso seja barrado na Câmara.
 
Do lado do governo, o discurso está sendo direcionado em todas as frentes possíveis: desde reuniões de ministros, parlamentares da base aliada e pelo próprio mandatário Michel Temer, que encontra formas de inserir a temática da necessidade de se aprovar a reforma em todos os seus discursos e encontros que participa.
 
A linha defendida é de que se as mudanças nas aposentadorias não forem feitas agora, precisarão ser feitas, da mesma forma, mais adiante e quanto mais o tema vai sendo adiado, maiores as complicações de defender a medida impopular em ano de pleito eleitoral.
 
É nesse sentido que o PSDB, apesar de não mais aliado do governo peemedebista, defende a reforma da Previdência e admite que os danos seriam menores agora do que deixar para a votação ocorrer em 2018. Nesta quarta (13), a cúpula se reuniu e decidiu fechar a questão.
 
Por outro lado, os caciques tucanos, liderados pelo mais novo presidente do PSDB Geraldo Alckmin, decidiram que não haverá punição a parlamentares que não quiserem seguir a orientação do partido. 
 
O PSDB é o quarto partido a fechar questão, garantindo que pelo menos a maioria de seus integrantes votará a favor da proposta. O PMDB, partido do mandatário, foi o primeiro a obrigar seus correligionários a aprovarem a reforma trabalhista, seguido do PTB e do PPS, que também fecharam questão.
 
Diferente dos tucanos, as outras três siglas decidiram que haverá punição caso os deputados das siglas não sigam a orientação partidária. Apesar do tom de que o tema poderá ser efetivado na Câmara somente no próximo ano, o governo ainda espera que outros partidos fechem questão para conseguir os votos mínimos à PEC.
 
Para ser aprovada, as mudanças nas regras previdenciárias precisam contam com o apoio de, pelo menos, 308 dos 513 deputados da Câmara.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. Os tucanalhas das antigas

    Bem longe das eleições, a toque de caixa, qua a memória curta é aliada.

    psdb o parido de oposiçã ao Brasil.

    Como bem disse o gângster moleque, o minerinho cheiroso; que não é batom mas tá sempre nas bocas!

     

  2. Não foi sinal verde

    Dese ontem já se sabia, nos círculos políticos, que a reforma não seria votada este ano, que o Governo não tinha voto.

    Sabendo disso, o PSDB fecha questão (mas sem punir eventuais dissidentes, piada-pronta no melhor estilo Tucano…), pois já sabia que não teria que votar nada…

  3. PSDB é mulher de malandro

    O objetivo do PSDB é sugar o governo do PMDB, entretanto, não querem participar do “álbum de família”, tornando se o partido mais covarde da história do Brasil. Temer nem precisou de muito esforço, apenas avisou que falaria com os empresários para presssionar os “grandes pássaros, e parece que deu certo.

    Os ratos estão expostos, como aquele ministro do Temer que não quer ver seu nome ligado a reforma da previdência. Mas que tipo de ministro é esse?

    O resultado dessa desta bagunça está refletida na pesquisa para presidente, onde Bolsonaro dispara na frende de todos os adversários de Lula, fazendo lembrar o golpe do impeachment, quando Dilma foi trocada por Temer e deu início ao que se vê agora. Bolsonaro é muito mais extremista e é uma incógnita. Se Trump pelo menos era empresário, Bolsonaro é militar da idade média.

    Eu achei que os prognósticos dos analistas políticos fossem exagerados, mas parece que partidos e políticos que armaram toda essa conspiração tem um destino: lixo. As pesquisas mostram o ante poderoso adversário de lula, Alckmin, na lama.

     

    Já desistiram até de manipular as pesquisas.

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