Temer se reúne com sindicatos para debater mudanças na Previdência

Jornal GGN – O presidente interino Michel Temer se reúne nesta segunda-feira (16) com líderes de centrais sindicais para debater mudanças na Previdência Social.  Na última sexta-feira (13), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo esperava realizar mudanças no setor.

Na ocasião, o ministro disse que haverá uma idade mínima de aposentadoria e que a mudança será feita com uma regra de transição. “A regra está clara: idade mínima, com regra de transição e que seja eficaz. Não seja tão longo que não faça efeito. De outro lado, que não seja tão curto que seja inexequível”.

Da Agência Brasil

Temer reúne-se hoje com centrais sindicais para debater Previdência

Por Ana Cristina Campos

O presidente interino Michel Temer reúne-se na tarde de hoje (16) com centrais sindicais para debater propostas de mudanças na Previdência Social. O encontro está previsto para as 15h, no Palácio do Planalto. Foram convidadas centrais como a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Força Sindical, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Nova Central Sindical dos Trabalhadores e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Também participam da reunião os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Na sexta-feira (13), Meirelles disse, em entrevista ao programa Bom Dia, Brasil, da Rede Globo, que o novo governo pretende fazer mudanças na Previdência. Segundo ele, é preciso entender que despesas públicas são sempre pagas pela população, incluindo o sistema previdenciário.

O ministro confirmou que haverá uma idade mínima de aposentadoria e que a mudança não será feita sem uma regra de transição. Ele acrescentou que agora o necessário é uma “determinação de governo” para apresentar à sociedade uma proposta factível.

Meirelles destacou que existem grupos com estudos bastante avançados sobre o assunto, inclusive no governo. “A regra está clara: idade mínima, com regra de transição e que seja eficaz. Não seja tão longo que não faça efeito. De outro lado, que não seja tão curto que seja inexequível”.

Força Sindical

Em nota, o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira (SD-SP), disse que causou “estranheza” a afirmação do novo ministro da Fazenda sobre sua intenção de implantar a idade mínima “para efeito de aposentadoria”, entre homens e mulheres.

“Trata-se de informações e uma intenção no mínimo inoportunas e insensatas tendo em vista o momento de turbulência política pelo qual o país atravessa. A proposta do ministro é simplesmente inaceitável, porque prejudica enormemente aqueles que ingressam mais cedo no mercado de trabalho, o que representa a grande maioria dos trabalhadores brasileiros”, afirmou o deputado.

Segundo ele, qualquer alteração nas regras da Previdência Social deve ser amplamente discutida com a sociedade e com os representantes dos trabalhadores, “de forma democrática e transparente, antes de ser executada”.

“A Força Sindical, em nome dos trabalhadores, repudia qualquer tentativa de levar a cabo uma reforma da Previdência Social cujos efeitos representem a retirada de direitos, sejam eles trabalhistas ou previdenciários. O governo anterior, inclusive, já penalizou em muito a classe trabalhadora ao promover mudanças no regime da Previdência que dificultaram o acesso dos trabalhadores ao benefício”, informou a nota.

CUT e CTB não vão

O presidente da CUT, Vagner Freitas, informou, por meio de nota, que não irá à reunião com Temer. “A CUT não reconhece golpistas como governantes”, destacou. “A CUT vai continuar defendendo os interesses da classe trabalhadora, principal vítima do golpe, exigindo a volta do Estado de Direito e do mandato da presidenta Dilma [Rousseff], legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos. Acreditamos que a luta contra os retrocessos pretendidos e anunciados será travada pelo conjunto dos movimentos sociais nas ruas, nos locais de trabalho, na luta constante para impedir que o Brasil recue, do ponto de vista democrático, institucional e civilizatório, a décadas passadas”, disse Freitas.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também não participará do encontro. Em nota, a entidade afirmou que não se reúne com “governo golpista”. “Diante das evidências, a proposta de reforma da Previdência de Temer prevê aposentadoria no caixão. A CTB tem muita clareza dos riscos e, diferentemente de alguns setores do movimento sindical, não se dispõe a segurar na alça da traição”, disse o presidente da CTB, Adilson Araújo.

Redação

7 Comentários

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  1. Parece uma seleção cuidadosa
    Parece uma seleção cuidadosa do mais puro sindicalismo pelego capitaneada pelo maior pelego da história do sindicalismo brasileiro, que responde pela alcunha de Paulinho da Força.

  2. CONTAS PÚBLICAS -PREVIDÊNCIA – COBRANÇAS

    VEJAM UMA DAS CAUSAS DOS DEFICITES PÚBLICOS DAS CONTAS DO GOVERNO.

    INSS poderia receber R$ 374 bi de alguns devedores históricos se o serviço de cobrança da União Federal funcionasse. A lista  inclui além de empresas privadas  empresas públicas Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e as prefeituras de Barcarena, Campinas, Manaus e Salvador. O INSS até ao ano passado contava com  721.328 devedores inscritos, R$ 374 bilhões “O VALOR COBRIRIA MAIS DE QUATRO VEZES  O DEFICITE REGISTRADO PELO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA EM 2015, DE R$ 85,5 BILHÕES”.

  3. PREVIDENCIA

    Caro Senador Renan Calheiros, admiro sua versatilidade politica, que começou no governo Collor, passando por FHC, LULA e DILMA.
    Vem por esta missiva fazer uma sugestão ao questão do deficit da Previdencia. De pronto como está não pode ficar, é uma questão aritmetica, portanto de lógica.
    1. É preciso aceitar o fato de que a média de vida aumentou sem que a correspondente tempo de aposentadoria não tenha aumentado. 2. Como se saber a média para aposentadoria nos paises de primeiro mundo está em 65 anos ou mais um pouco. 3. Portanto, é preciso que se faça um cotejamento entre média de vida nos ultimo 30 anos e o tempo de aposentadoria para se chegar uma uma conclusão lógica de quanto deve ser o tempo para aposentadoria.

     

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