Primeira privatizada da Petrobras, refinaria da Bahia cobra preços de gasolina acima da estatal

Privatizada, refinaria baiana Landulpho Alves está vendendo a gasolina 10% mais cara do que em lugares aonde tem concorrência

Foto: Divulgação

Antes estatal e a primeira refinaria privatizada da Petrobras, a refinaria baiana Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, está vendendo a gasolina que produz a um valor 10% maior do que em lugares aonde tem concorrência.

Resultado da privatização de refinarias da Petrobras, esta refinaria é hoje controlada pela empresa Acelen, que ganhou a licitação em dezembro do ano passado. Após a venda, passou a se chamar Refinaria de Mataripe.

Desde que passou a operar de forma privatizada, o preço da gasoluna e do diesel produzidos por ela subiram mais do que os vendidos pela Petrobras, em uma média de 5% mais caro.

Esses aumentos são, ainda, em cima dos valores atuais de subida da gasolina, de uma média de 19% anunciado pela Petrobras.

Reportagem do Brasil de Fato mostra que no próprio estado da Bahia, aonde a refinaria não tem concorrência, o combustível é vendido aos distribuidores 10% mais caro do que vende a estados vizinhos, como Pernambuco, Alagoas e Maranhão, que detêm a possibilidade de comprar gasolina de outras refinarias.

Ainda, nestes casos, o concorrente é a Petrobras e a empresa privada oferece um valor abaixo do que a Petrobras, prejudicando a atuação da estatal de petróleo brasileira nestas áreas.

O Sindicado do Comércio de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicombustíveis-BA) chegou a entrar com uma representação no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), alegando abuso de poder econômico da Acelen.

“De acordo com os documentos apresentados ao CADE a Acelen vem praticando, na Bahia, preços substancialmente maiores do que os que ela própria pratica para venda a outros Estados, como Alagoas, Maranhão e até mesmo Amazonas. As diferenças em relação à gasolina A chegaram a mais de trinta centavos por litro em fevereiro deste ano e vinte e oito centavos para o óleo diesel S10.”

A entidade acusa a atuação da empresa como “monopolista no mercado de refino na Bahia”. “O Sindicato entende que possa haver abuso de poder econômico da Acelen, que atua como monopolista no mercado de refino na Bahia e vem impondo às distribuidoras preços maiores que os praticados pelas demais refinarias brasileiras.”

Redação

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