Senador conhecido por dinheiro na cueca presidirá comissão sobre Yanomami

Chico Rodrigues demonstrou preocupação com a retirada dos garimpeiros das áreas indígenas, que deveriam contar com logística do Estado.

Crédito: Roque de Sá/Agência Senado

Para acompanhar a crise humanitária dos Yanomami e a retirada de garimpeiros que, ilegalmente, ocupavam e exploravam áreas demarcadas, o Senado criou uma comissão temporária. O presidente desta comissão será o senador Chico Rodrigues (PSB-RR), conhecido pelo flagra com R$ 33 mil escondidos na cueca em uma operação da Polícia Federal.

Sob ordens do Supremo Tribunal Federal (STF), a polícia investigava desvios de recursos públicos destinados ao combate da Covid-19. Além do dinheiro, foi encontrado ainda ouro em estado nativo com o parlamentar.

Eleito senador em 2018, Rodrigues era vice-líder do governo Bolsonaro na época do escândalo. Após a operação da PF, ele foi destituído e tirou licença do Legislativo até fevereiro de 2021.

Além de Rodrigues, eleito presidente da comissão na última quarta-feira (15), os senadores Dr. Hiran (PP) e Mecias de Jesus (Republicanos), ambos senadores por Roraima, Elizane Gama (PSD), do Maranhão e Humberto Costa (PT), de Pernambuco, vão acompanhar a saída dos garimpeiros das terras Yanomami durante 120 dias.

Aceno ao garimpo

Chico Rodrigues se diz favorável à retirada dos garimpeiros, mas demonstrou preocupação a respeito do tratamento desses “mais de 20 mil pais e mães de família buscando uma vida melhor”.

Em pronunciamento na plenária de 8 de fevereiro, o parlamentar defendeu a atuação do estado para dar assistência aos garimpeiros, que não teriam meios para sair por conta própria.

“Eles precisam, com essa logística do Estado brasileiro, coordenados talvez pelo Ministério da Justiça, com o suporte dos demais ministérios, ser retirados de uma forma paulatina, progressiva e contínua, mas como cidadãos. Afinal de contas, eles são seres humanos também e precisam ser respeitados. Há que se compreender que não houve fiscalização, não houve acompanhamento, não houve controle, não houve nenhum mecanismo que limitasse a sua permanência ali naquelas áreas de garimpo”, explicou o senador.

Com informações da Agência Senado

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