Emenda à Constituição nº 14 da Reforma Política Ignominiosa

Por José Renato O. Sampaio Lima
 
 
Ser Deputado ou Senador do Brasil há muito tempo deixou ser motivo de orgulho para o Congressista em grandes eventos sociais, então para evitar serem ridicularizados ou ofendidos preferem estar fora dos holofotes. O histórico do Presidente da Câmara de Eduardo Cunha lá no STF e sendo investigado no processo do Lava Jato não por certo muito positivo para sustentar uma liderança de Reforma Politica,  PEC e se distanciar dessa imagem.
 
Corrupção, clientelismo, fisiologismo, dissipação de dinheiro do contribuinte estão sempre lamentavelmente grudados ao Parlamento. Congressista se dizendo honesto soa hilário e tema de comediantes.
 
Financiamento empresarial de campanhas eleitorais, 2% de faturamento virou tacitamente na boca do povo um imposto / pedágio, diria entitulado ICM (Imposto de Corrupção Moderna).
 
Cunha declarou ao Tribunal Superior Eleitoral ter gasto 6,4 milhões de reais para sua eleição de Deputado. E as verbas maiores provenientes de Mineradores, da AMBEV, de Engarradora da Coca-Cola, Bancos (Bradesco, BTG, Santander) e da Telemont, Operadora de Internet.  
 
Cargos podem lhes conceder muitas regalias, poder e prestígio, o objetivo principal da maioria dos políticos e funcionários públicos é tirar deles o máximo proveito, bem como mantê-los pelo maior tempo possível.  Custo X Benefício, sabem também que tirarão o maior proveito de seus cargos através da concessão de favores aos grupos de interesses , e seguem pregação ‘é dando que se recebe’, no lugar de fazendo o que é certo para interesse geral.  Roberto Campos: “O governo não passa de um aglomerado de burocratas e políticos, que almoçam poder, promoção e privilégios. Somente na sobremesa pensam no bem comum.“
 
As Casas Legislativas como resultado dos eleitos por bilionárias campanhas, por dedução, são administradas por Terceirizados. As classes de poder econômico se fortalecem dia a dia e alavancam suas capacidades.
 
Em 2012, a proporção de doações empresariais cresceu ainda mais. As doações de pessoas físicas corresponderam a apenas 3% do total arrecadado – ou seja, as empresas foram responsáveis por 97% do total de doações. O custo das eleições também cresceu: entre 2002 e 2012, esse valor saltou de R$ 800 milhões para R$ 4,5 bilhões.
 
Gilmar Mendes, admitiu,  “a causa da corrupção pode estar associada à questão do financiamento de campanha”. “Mas, se amanhã se adotar um modelo público ou exclusivamente das pessoas naturais, será que vai banir das terras brasilis o germe da corrupção? Será que alguém acredita nisso?” Ele aguarda pacientemente saber Congresso vai encerrar ou endossar o modelo com direito a financiamento empresarial para desengavetar a Adin da OAB.
 
Será que crime decorre de DNA do brasileiro e não de malícia, por exemplo do empresário para se aproveitar de tão ingênua lei de financiamento empresarial de campanha eleitoral ?
 
Imaginem, um espírito republicano baixando nos nobres deputados que então propõem a redução do avolumado número de congressistas mais dos seus serviçais, tal como certa vez Cunha ameaçou reduzir quantidade de Ministros de Estado ( Interna Corporis do Poder Executivo). E ainda corrigindo o procedimento de como remunerar Parlamentar, servidor público.  Sim, remuneração obviamente deveria se espelhar na renda da região do parlamentar. Até para servir de motivação, e porque eles tem bolsas e outras gordas ajuda de custo.  Não há razão para proventos do parlamentar ser desconectado da renda dos eleitores.
 
Será que tem fundamento a lenda de que o líder do PMDB, Eduardo Cunha prestou ajuda financeira a dezenas de colegas na recente eleição e  tem obediência como contra-partida?
 
 
 
Redação

5 Comentários

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  1. O presidente da Câmara
    O presidente da Câmara Deputados transformou a Casa do Povo num covil de deputados bandidos privatizados.
    Bandido bom é bandido morto?

  2. Enquanto mudam todo o

    Enquanto mudam todo o processo eleitoral a seu bel prazer e á revelia da sociedade, passando por cima até do congresso, meia duzia se reunem em frente a uma enorme faixa (quem pagou? quero saber!) para pedir a saida da presidente, depois não querem ser chamados de coxinhas, na atual situação é até elogio.

  3. Podemos criticar e xingar muito o E. Cunha, mas

    nossos politicos não se importam muito com adjetivos ruins e nem com a opinião publica, que eles rapidinho manipulam. Eles poderiam se importar com as consequências de seus atos se elas fossem negativas mas, no Brasil, a impunidade para quem tem dinheiro é fato, portanto, o crime compensa e muito.

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