PSOL busca apoio do PSDB para alterar trechos da reforma política

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A cúpula do PSOL tem encontro marcado com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso nesta segunda-feira (31), em São Paulo, para tratar do pacote de reforma política que foi aprovado com patrocínio de Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara e, agora, está em discussão no Senado.

Segundo informações do Valor, a agenda acontece no Instituto FHC, em São Paulo, e terá como pontos principais um pedido de apoio ao PSDB para alterar a proposta que impede partidos com menos de nove deputados federais eleitos de participarem de debates na televisão durante as campanhas eleitorais.

O PSOL entende que o PMDB irá votar pela manutenção da reforma política como foi votada na Câmara no que tange a participação de nanicos e o fim das coligações em eleições proporcionais. Por isso, recorre ao PSDB, com o argumento de que os tucanos – FHC, no caso – entenderão que a participação dos socialistas é fundamental nas disputas.

A ideia do PSOL é alterar o texto aprovado na Câmara para estabelecer que as emissoras de TV são obrigadas a convocar os candidatos que representam legendas com ao menos cinco deputados federais eleitos. Além disso, propõe que a reforma política seja apliacada apenas após a eleição de 2018.

Em nota publicada em seu portal oficial, o PSOL anuncia uma campanha nacional para conter outros “três grandes ataques” ao partido e à “democracia”. Além da questão dos debates na TV, a agremiação critica a definição de um teto para doação empresarial a campanhas feita pela Câmara, no valor de R$ 20 milhões por empresa. Outro ponto rejeitado pelos socialistas é a diminuição do tempo de propaganda partidária na TV. “O PSOL, por exemplo, terá sua propaganda eleitoral limitada a cerca de dez segundos por programa.”

“Essa reforma antidemocrática atinge especialmente o PSOL, que se consolida como o principal partido alternativo para mudar o sistema político. Estamos convocando a militância a se envolver no combate ao projeto que tira o PSOL dos debates, mesmo onde temos consolidado um apoio maior entre o eleitorado, casos de Rio de Janeiro, Belém, Porto Alegre, entre outras capitais”, disse Luciana Genro, ex-presidenciável.

De acordo com o texto da Câmara, para participar de debates na TV, os partidos nanicos não só terão de ter ao menos 10 deputados federais, como ainda dependerão da boa vontade dos demais candidatos, pois será necessário ter o aval de dois terços dos postulantes para fazer parte dos programas.

Como compensação ao fim das coligações em eleições proporcionais, os senadores vão discutir a possibilidade de os nanicos se juntarem em uma espécie de federação (junção de duas legendas ou mais, mas que funcionaria como uma única agremiação). O Senado deve manter o fim da reeleição e o financiamento privado de campanha, segundo aprovados pela Câmara.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

19 Comentários

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  1. Eu não acredito!!!! rsrsrs

    Quer dizer que o Psol para chegar lá(na nossa casa) vai fazer um acordo com o Cramulhão, com o Coisa Ruim, com o Tinhoso, o de Sete Peles?

    Mas não é exatamente isso que acusam o PT? Não dizem que o PT não presta por ter feito EXATAMENTE isso?

    Que coisa heim. Esse demônio é tinhoso mesmo…

     

    Meu caro Psol, eu já sabia que vcs são exatamente iguais a todos os que estão aí! Desça do salto alto!

  2. A galáxia vai tremer!

    “A cúpula do PSOL tem encontro marcado com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso”

    isso! O encontro do nada com nenhuma coisa.

  3. A hipocrisia da ultra

    A hipocrisia da ultra esquerda é uma coisa espantosa!

    Justiça seja feita: o PSTU ainda é um pouco mais coerente – bate no PT dia sim e no outro dia também. Mas jamais buscaria fazer um acordo como esse.

  4. Um aviso aos governistas sem

    Um aviso aos governistas sem noção: PSOL foi pedir ajuda ao PSDB por conta de um projeto de reforma política encabeçado pelo PMDB, aliado do PT e, apesar das muitas dissidências, ainda integrantíssimo desse governo que diariamente abaixa a cabeça e as calças pra direita. 

     

    Nem é por concordar com essa e muitas outras atitudes do PSOL, mas ver governista achando alguma graça ou ironia dessa notícia é de lascar.

  5. Tão fofinho esse PSOL…. Nem

    Tão fofinho esse PSOL…. Nem precisa o PSDB pedir pra eles continuarem fazendo o que estiver ao alcance para enfraquecer o PT.

    Ou será que o pessoal PSOL também conta com a “civilidade” ou o “espírito democrático” dessa turma do PSDB?

  6. Dá vontade de vomitar! Esse

    Dá vontade de vomitar! Esse psol é só isso: um oportunista vagabundo e traidor do meu país! Essa senhora enlouqyecida, filha do equilibrado Tarso, votou contra o pai no rs e ajudou a eleger o engodo, o traste sartori. ´É mole? O psol é um saco de rancor, de ódio, nada mais que isso. Por se identificar tanto com os fascistas de direita, “fecha” todas com os lmarginais do psdb, do dem…

  7. Com uma esquerda dessa a

    Com uma esquerda dessa a direita deita e rola.

    Onde se se viu senhorzinho socorer escravo.

    Bando de frustados, Heloisa Helena, Babá e Luciana Genro.

    O FHC cheio de pompas e circustância vai exigir absurdo dessa esquerda que fica de quadro para direita.

    Tomara que tomem uma trolhada bem dada do FHC, sem amor e sem afeto.

    Bando de idiotas !

  8. É um partido mesquinho

    É um partido mesquinho a toda prova, isso é que dá quando em vez de ter como objetivo principal o combate a desigualdade como um dos seus pilares, prefere o caminho mais fácil da ideologia simplista e verborrágica.

  9. É lógica tanto a demanda como a aceitação da reunião.

    Temos que pensar na lógica. Mais cedo ou mais tarde o PSOL tinha que perder a virgindade, pois mais duas ou três eleições como esta eles poderiam vender os micro-ônibus para transportar o partido e comprar umas kombis usadas.

    Melhor então é perder a virgindade com alguém mais velho e menos impetuoso, vai pedir pouco o velhinho, só que eles continuem exatamente como são.

    O PSOL na política serve como um desaguadouro de jovens mais animados, que ficam encantados com o discurso que, diga-se de passagem, o PT utilizou num passado distante de pureza de convicções e sem muita gana de governar. É um partido a espera da Revolução Permanente, e enquanto ela não vem ficam enchendo o saco do resto dos partidos.

  10. Era mais fácil e mais honesto pedir um deputado emprestado.

    O que o PSOL poderia fazer se tivesse um pouco de criatividade era procurar um deputado no PT ou em outro partido e pedi-lo emprestado, o deputado mudava para o PSOL antes das próximas eleições e ele teria o mínimo exigido.

    1. Tipo o Tarso Genro?

      Ou ele não tem cargo legislativo? Não sei… mas o Psol não cresceu mesmo com toda quela visibilidade da Luisa Helena, e tipo que nem ela ganhou em Alagoas… é verdade foi o Collor… Pelé bem que dizia… O Povo não sabe votar….

  11. Isto vai acabar ajudando esses pequenos partidos

    Tem um tempão, que a extrema esquerda se contenta em lançar seus próprios candidatos a presidência, sem nenhuma chance de ganhar. Mas, que aparecem e desabafam no horário eleitoral.

    Quem sabe esta barreira faça que eles se fundam ou apoiem um candidato com alguma chance real.

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