A batalha da opinião pública

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No Brasil, a principal batalha política se dá pelo domínio da opinião pública.
 
A batalha no campo acadêmico está perdida para a oposição conservadora e a intelectualidade neoliberal, porque qualquer aprofundamento paciente dos temas enfocados, sejam o crescimento do PIB ou o desenvolvimento sustentável, a geração de energia e o tratamento do meio ambiente ou até mesmo as origens e o comportamento da inflacão, leva para o descarte cabal de suas teses não apenas redundando o fracasso global delas, mas as pondo como ridículas no campo real de um grande país em desenvolvimento.
 
O Brasil é um país imaturo para alguns aspectos do desenvolvimento conhecido e maduríssimo para outros, que em países ditos mais avançados estão na idade da pedra e lá vão permanecer por muitos anos. Por exemplo, aqui é inconcebível que uma criança de dez anos seja responsabilizada penalmente como um adulto por seus atos. Aqui, as crianças devem ser crianças e não seres ameaçados pelo horror de terem que se comportar como adultos conscientes.
 
O projeto em andamento de desenvolvimento econômico com avanço na luta pelo fim da desigualdade escandalosa pode não ser inteiramente formulado e equacionado mas está no rumo dos acertos, isso é inegável pelos frutos cotidianos que dá. Tudo isso se dá com grande velocidade, e puxa o Brasil para uma situação surpreendente entre as grandes nações do mundo. É como uma cortina que se abre e deixa no palco um amador para atuar entre velhos atores. Este amador pode surpreender. Mas precisa ter fé em si mesmo porque, como acontece muito no teatro onde atores medíocres e estabelecidos temem a entrada em cena de um concorrente cheio de vigor e talento e de tudo fazem para que ele fracasse, assim também os concorrentes do Brasil nem sempre são ótimos atores que darão as boas vindas para um bom companheiro. E internamente há interesses poderosos que se fundam na permanência da desigualdade social e cujos objetivos se juntam aos adversários externos. E, infelizmente, suas armas são quase exclusivamente centradas no domínio da opinião pública.
 
Sem uma opinião pública libertada por uma imprensa livre, sem uma opinião pública que possa dispor de informações profundas sobre os fatos e sem distorções ou mentiras convenientes a certos grupos de interesses políticos e econômicos, teremos retardado em muito o projeto que advirá consequentemente ao sucesso desta extraordinária fase preliminar.  
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. Não há controle da opinião

    Não há controle da opinião publica em democracias, cada qual é livre para formar sua opinião, acreditar que estatismo e chapa-branca nos meios de comunicação possa controlar a opinião publica é de uma primarismo inacreditavel, nem na antiga URSS isso foi possivel e nem na atual China. Os jovens executivos da advocacia, mercado financeiro, grandes empresas, os medicos, auditores, agronomos na faixa dos 40 anos tem sua propria opinião formada pela racionalidade de seu preparo e experiencia, não serão jamais massa de manobra de um “”aparelho”” de propaganda estatal, como parece pretender o autor. Esse grupo de pessoas é essencial para a organização e crescimento do Pais em todos os setores, seus pais tem opinião ainda mais sedimentada e toda esse grande faixa, a massa critica pensante e operacional do Pais acha abominavel o atual governo,  não se conformam com o Pais dirigido por gente tão despreparada e amadora, eles se informam por seu proprio network, nas empresas, clubes, associações de classe, happy hours, almoços com colegas, clientes e parceiros de negocio, eles tem formação e QI para perceber as falhas, falta de rumos, primarismo da

    atual politica, ai incluindo a oposição tambem mediocre ao extremo. Essa classe esta muito pessimista com o Pais, com a falta de liderança e de estrategia e muitos não veem futuro no Brasil, eu mesmo fico assustado com essa percepção,

    muitos falam em sair do Pais e viver no exterior, essa é a realidade, não adianta contar ufanismos de bolsa familia, nova classe media, esse pessoal diz que isso já é passado, eles querem saber do Brasil como potencia emergente  e não de uma nação de coitadinhos felizes.

     

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