Brexit: Parlamento pressiona premiê por acordo de saída

 

Premiê britânica. Foto-Credit: Jay Allen/Crown Copyrigh

 

Jornal GGN – A primeira-ministra britânica, Theresa May, tem até segunda-feira (20) para apresentar um “plano B” ao acordo de saída do Reino Unido da União Europeia. O primeiro pacote de medidas, ou o plano A, foi rejeitado na terça-feira (15) no Parlamento inglês, por 432 votos a 202. Uma derrota governista recorde.

 

Nesta quinta-feira (17), o líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, enviou uma carta aberta à primeira-ministra, afirmando que a saída imediata do país do bloco, sem um acordo, é uma “ameaça” e pode ter um “resultado desastroso” para a economia britânica e relações diplomáticas.

 

Em junho de 2016, 51,9% da população do país decidiu pelo Brexit, termo abreviação de “britain exit” ou, em português, “saída britânica” da União Europeia. 

 

As lideranças do atual governo foram as mais comprometidas com a saída do Reino Unido do pacto entre 27 nações europeias. Mas, para cumprir o fim do acordo, precisa apresentar ao bloco uma proposta até o dia 29 de março detalhando, entre outras medidas, como seriam as relações entre os britânicos e a UE no pós-Brexit.

 

“Estamos firmemente convencidos de que o ponto de partida para qualquer discussão sobre como quebrar o impasse de Brexit deve ser que descartar ameaça de um resultado desastroso de ‘nenhum acordo’”, disse Corbyn no texto completando que essa é uma posição compartilhada por todos os partidos de oposição, incluindo o Partido Democrático Unionista (DUP, na sigla em inglês) da Irlanda do Norte, que se manterá na UE e, por isso, tem expresssado preocupação com o futuro da fronteira.

A derrota na última terça, levou o governo a sofrer uma moção de desconfiança ontem (16), quando a capacidade de articulação da primeira-ministra foi posta sob votação no Parlamento. Por apenas 19 votos: 325 a 306, May escapou de perder o cargo e continuará na direção do governo.

 

Corbyn destacou na carta que aceita conversar com a primeira-ministra se tiver certeza de que a saída do país acontecerá dentro de um acordo.