Como o povo cubano é afetado pelo bloqueio dos EUA?

Gráfico sobre indicadores de Cuba. Fonte: Telesur

Traduzido por Roberto Bitencourt da Silva

Da Telesur

Apesar da aproximação entre os EUA e Cuba, o bloqueio continua

Neste 7 de fevereiro completaram-se 54 anos do mais longo bloqueio financeiro, econômico e comercial na história da humanidade: o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba. Todos os setores da nação cubana têm sido afetados não só em questões econômicas, mas também em outros serviços básicos, como saúde, educação, tecnologia e turismo.

Em 7 de fevereiro de 1962, após o presidente dos Estados Unidos J.F.Kennedy suspender totalmente a quota de açúcar oriundos de Cuba, o governo dos EUA decretou, por ordem executiva presidencial, o embargo total sobre o comércio entre os EUA e Cuba.

Os danos humanos causados pelo bloqueio são inúmeros e a sua duração no tempo tem consistido em fato duríssimo e insustentável.

Quanto Cuba tem perdido economicamente?

O governo cubano informou que as multas aplicadas pelos EUA e sua atual gestão governamental alcançam cifras superiores a 11,5 bilhões de dólares. Por outro lado, as perdas monetárias totais devidas ao bloqueio atingem mais de 116 bilhões de dólares. Ademais, Cuba não pode exportar e importar livremente produtos e serviços com os EUA, utilizar o dólar nas transações financeiras internacionais, ter acesso ao crédito de bancos nos EUA, de suas subsidiárias em outros países e das instituições financeiras internacionais.

O status de país em desenvolvimento de Cuba faz sua economia depender quase inteiramente do comércio exterior: do capital e da tecnologia estrangeira, de crédito, investimentos e cooperação internacional para o seu progresso. Por isso, entre 1996 e 1998, o governo de Cuba tentou, aida que sem sucesso, estabelecer contratos com empresas europeias para a criação de uma parceria econômica na indústria do petróleo, mas não pôde ser realizada pelas novas condições resultantes da promulgação da Lei Helms Burton dos EUA e das pressões para que se retirassem da ilha, de acordo com o website cubana Ecured.

Como o bloqueio tem afetado as áreas de saúde, alimentação e comunicações?

De acordo com o último relatório do governo cubano, estima-se que, desde o bloqueio, o setor da saúde perdeu cerca de 104 bilhões de dólares. Apenas entre maio de 2009 e abril de 2010 perdas de 15 milhões de dólares foram registrados na área da saúde pública. Somado a uma escassez de medicamentos destinados para tratamentos como câncer ou outros problemas, de curto e longo prazo, que prejudicam diretamente a população.

O governo cubano gasta um bilhão de dólares por ano para subsidiar arroz, café, carnes, grãos, massas, ovos, açúcar, sal, pão e outros alimentos em pequenas quantidades, que cada cubano recebe por mês, por um preço inferior a três dólares. Enquanto qua as crianças ainda recebem leite em pó e iogurte de soja, e dietas médicas destinadas aos doentes. Ainda assim, isso é insuficiente para satisfazer as necessidades do mês, de modo que os cubanos devem comprar alimentos não-subsidiados, representando um custo pesado para o seu salário mensal.

No tocante à educação, o impedimento governo cubano ao mercado dos EUA afeta a compra de material escolar e a manutenção da rede escolar, por isso se vê obrigado a comprá-lo em países distantes da ilha, o que gera custos elevados. Problema que afeta gravemente ao intecâmbio científico, cultural e desportivo.

Por outro lado, a comunicação dos cubanos com os familiares fora da ilha é cara, porque o país não tem acesso à rede global de comunicações.

O setor dos transportes aéreo e terrestre também foi afetado. A aviação civil cubana perdeu, em média, nos últimos 4 anos cerca de US$ 300.000. Enquanto o transporte terrestre encontra-se totalmente ultrapassado, devido ao bloqueio.

Mais de 70 por cento da população cubana nasceu sob o embargo. O atraso gerado pelo bloqueio em todas as áreas da vida dos cubanos é apenas o resultado de um bloqueio arbitrário, que viola completamente os direitos humanos e, também, o direito à auto-determinação política e econômica do povo cubano.

Matéria disponível em: http://www.telesurtv.net/news/En-Claves-Como-afecta-al-pueblo-cubano-el-bloqueo-de-EE.UU.-20160205-0038.html

Redação

12 Comentários

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  1. Se eu fosse comunista…

    …teria vergonha da postagem.

    O paraíso socialista será possível apenas com a colaboração da grande ave de rapina capitalista, ipsis litteris confirma o artigo.

    1. Nunca ví um texto tão ruim,

      Nunca ví um texto tão ruim, foi mesmo feito por nós, esquerdistas?

      Da próxia vez, seria melhor a Telesur pedir ao AA com a tua colaboração, na boa mesmo, mostrando o outro lado do bloqueio, como por exemplo, o fato de estar abandonado pelo grande irmão fez os cubanos se virar sozinhos e se desnvolverem em várias areas fundamentais para a humanidade, como nas áreas de saude, educação, saneamento, habitação, que no fundo é o que realmente conta.

      Será que Cuba teria chegado a tais níveis de desnvovimento humano com a “proteção americana”? Temo pelo fim do bloqueio, dos hermanos baixarem a  guarda e pararem de progredir nos setores que de fato interessa e se entregarem grande tarefa capitalista que é o apreço por tudo que é superfluo e superficial.

      Nem vou comprtilhar, como pensava faze-lo de inicio. Deve ter infiltrados na mídia da telesur 

    2. Mentiras.

      Isso é uma desculpa para o falido regime cubano. Cuba não faz negócios com USA mas pode fazer com o resto do mundo, não faz porque ali não existe ambiente de confiança econômica e política, ninguém investiria ali. Cuba é um horror em todos os sentidos, como eles mesmos dizem lá, “Tudo em Cuba é uma grande mentira” O Regime cubano é um desastre, estive lá há 3 anos, o centro de Havana parece uma cidade de zumbis, muita gente maltrapilha andando sem rumo ou sentadas olhando para nada, eu nunca vi uma reportagem sobre Cuba mostrando exatamente o que é e o que tem lá. Pôr a culpa nos USA é a desculpa cliche para os incompetentes.

  2. Cuba pode negociar com

    Cuba pode negociar com qualquer país do mundo, como de fato o faz. Vende vacinas para o Brasil é compra nossos produtos, por exemplo. Recebe petróleo da Venezuela. Cuba vende seus charutos para todo o mundo.

    Os EUA são um país soberano e podem decidir com quem querem negociar. E não querem negociar com Cuba, é um direito deles.

    Chega a ser irônico um país comunista justificar seu fracasso pela recusa de um país capitalista em negociar com eles.

  3. p que mais me comove é

    p que mais me comove é essa força de resistencia do povo cubano a esse

    abominávek bloqueio, que marcou tb a história dos eua como

    um país opressivo e impiedoso, além de imperialista, claro… 

  4. Embargos seletivos
    Os exportadores de democracias são muito seletivos. Não vi embargos contra Chile, Argentina, Nicaragua, Arabia Saudita, Qatar… Nem contra China. Mas contra a pequena Cuba foi longo e cruel. A pequena Cuba tendo que se fechar em si e se apoiar União Soviética para sobreviver e não recair baixo o imperio USA que por anos achava a ilha seu Las Vegas caraibico, impondo um ditador sanguinário para cortar de maneira violenta qualquer tentativa de independência… E aqui estão ainda, indignados porque uma moça oportunista não consegue a conexão a internet em qualquer lugar. Não tem nem verginha na cara.

  5. EDIÇÃO

    Mazelas do regime cubano?

    Degradação urbana em Havana?

    Não!

    São imagens de São Paulo – a mais rica megalópole do Hemisfério Sul!

    Rua Santa Efigênia – 24/04/2010 – Fábio Seixas – Blogas da Folha

     

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    Janelas paulistanas

    Nilton Fukuda

    segunda-feira 22/02/10

    Uma viagem poética pelas fachadas da cidade. Um mosaico de cores formas e contrastes. A São Paulo antiga, a São Paulo moderna, os bairros de classe média, os bairros da periferia. Janelas decadentes, janelas enfeitadas, janelas coloridas, janelas divertidas. Janelas com gente, janelas com bichos, janelas com plantas, janelas desabitadas. Janelas, janelas, janelas, janelas… Janelas por onde São Paulo é vista. Janelas por onde olhamos São Paulo, através deste ensaio do repórter fotográfico Hélvio Romero.

    Detalhe de prédio na Praça da Sé esquina com a Rua Roberto Simonsen. São Paulo, 08/12/2007. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Avenida Rio Branco, Centro. São Paulo, 08/02/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Praça do Patriarca, Centro. São Paulo, 13/03/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Prédio junto ao Elevado Costa e Silva, o Minhocão, no Bairro de Santa Cecília. São Paulo, 02/08/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Riachuelo, Centro. São Paulo, 18/04/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Região dos Jardins. São Paulo, 05/05/2005. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Fachada colorida do prédio da Galeria Pajé. São Paulo, 16/01/2006. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Centro. São Paulo, 14/07/2006. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Fachada de loja de instrumentos musicais na Rua Quintino Bocaiúva, Centro. São Paulo, 05/10/2009. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Hotel Othon, Centro. São Paulo, 31/05/2005. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Heliópolis. São Paulo, 22/05/02. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Centro. São Paulo, 31/05/2003. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Centro. São Paulo, 22/02/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Florêncio de Abreu, Centro. São Paulo, 10/05/2007. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Avenida Prestes Maia, Centro. São Paulo, 18/04/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Rego Freitas, Centro. São Paulo, 15/04/2009. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Senador Feijó, Centro. São Paulo, 23/09/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Largo da Concórdia, Brás. São Paulo, 17/07/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Boa Vista, Centro. São Paulo, 23/07/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Barão de Ladário, Brás. São Paulo, 17/07/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Casper Líbero. São Paulo, 23/09/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Barra Funda. São Paulo, 07/03/2007. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Largo da Concórdia, Brás. São Paulo, 07/03/2007. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Sapopemba, zona leste. São Paulo, 07/03/2007. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua da Consolação. São Paulo, 13/01/2006. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Parque do Gato, zona norte. São Paulo, 05/03/2007. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Caiubi, Perdizes. São Paulo, 18/06/2007. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Barra Funda. São Paulo, 19/11/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua João Teodoro, no bairro da Luz. São Paulo, 17/07/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Rego Freitas, Centro. São Paulo, 15/04/2009. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Região da Rua 25 de Março, Centro. São Paulo, 08/05/2009. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Santa Efigênia, Centro. São Paulo, 01/09/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua 13 de Maio, no Bexiga. São Paulo, 08/04/2005. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Líbero Badaró, Centro. São Paulo, 02/04/2004. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Avenida Paulista. São Paulo, 03/06/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua Pirapora, no Ibirapuera. São Paulo, 22/11/2007. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Marginal Tietê. São Paulo, 21/12/01. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Prédio do Estadão, bairro do Limão. São Paulo, 27/09/2004. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua João Moura em Pinheiros. São Paulo, 20/06/2006. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Marginal Pinheiros, próximo à Ponte do Jaguaré. São Paulo, 27/06/02. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Brás. São Paulo, 17/07/2008. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

    Rua dos Protestantes, Luz. São Paulo, 04/06/2004. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

     

     

     

  6. OS MÍSSEIS SOVIÉTICOS

    Esse é o castigo para a ilha de Cuba, por ter se prontificado a aceitar em seus território, quintal dos USA, a instalação de mísseis balísticos e, dizem, nucleares soviéticos durante a Guerra Fria. É castigo para nunca mais esquecerem, pois atingiu o desenvolvimento de várias gerações. Cuba não participou até agora do mundo globalizado. Está sucateada e à venda aos americanos. Com o levantamento gradativo dos embargos econômicos, lentamente a ilha se tornará a menina dos olhos dos americanos. Imaginem a alegria dos investidores e empreiteiras americanas diante das possibilidades de reformar todo um país!

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