Israel volta atrás em nomeação de embaixador no Brasil

Jornal GGN – O governo israelense enviou nota informando que Dani Dayan, escolhido inicialmente para ser embaixador no Brasil, irá ocupar o cargo de cônsul-geral em Nova Iorque. Dayan foi líder de assentamento na Cisjordânia ocupada. O governo brasileiro apoia a campanha por um Estado Palestino e estava relutante em aceitar a indicação.

A princípio, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não voltaria atrás da nomeação, mas Dayan disse que não havia escolha. “Não acho que cedemos. Aqueles que não queriam que fôssemos a Brasília acabaram nos conduzindo a Nova York, a capital do mundo”, ironizou.

Da Deutsche Welle

Israel recua de disputa sobre nomeação de embaixador no Brasil

Em breve comunicado, governo israelense anuncia que Dani Dayan vai ocupar cargo nos EUA. Tel Aviv retrocede assim de uma contenda com Brasil sobre nomeação do ex-líder de assentamento para embaixador em Brasília.

Dani Dayan vai ser cônsul-geral de Israel em Nova York, diz comunicado

Em nota, o governo israelense afirmou nesta segunda-feira (28/03) que Dani Dayan, nome escolhido inicialmente para embaixador no Brasil, irá ocupar a posição de cônsul-geral em Nova York.

Tel Aviv recua, assim, de uma disputa com Brasília em torno das ligações de Dayan com os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada.

A decisão segue uma disputa de quase oito meses com o governo brasileiro em torno da nomeação de Dayan. O governo brasileiro, que apoia a campanha por um Estado Palestino, havia relutado em aceitar a indicação do ex-líder de assentamento.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, inicialmente prometeu manter-se firme sobre a nomeação de Dayan, nascido na Argentina – mesmo se isso significasse uma piora das relações com o Brasil –, já que uma rejeição prejudicaria os assentamentos, considerados ilegais pela maioria das potências mundiais.

“Não acho que cedemos. Não havia escolha”, disse Dayan à rádio do Exército israelense, questionado sobre a nova indicação. “Aqueles que não queriam que fôssemos a Brasília acabaram nos conduzindo a Nova York, a capital do mundo.”

Dayan previamente argumentava que se o Brasil fosse bem-sucedido em excluí-lo, poderia abrir o precedente de impedir que líderes de assentamentos representassem Israel no exterior.

Em 17 de março, o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que buscava nova escolha para o posto de embaixador em Brasília, substituindo Dayan. Mas o Ministério rapidamente removeu o comunicado, dizendo que o havia emitido por engano.

“Não” diplomático

O governo da presidente Dilma reconheceu a autonomia palestina em 2010 e manteve um silêncio gélido sobre a nomeação de Dayan em agosto passado, o que no protocolo diplomático significa objeção a uma proposta.

A aprovação de um novo embaixador é normalmente dada dentro de duas a três semanas, e qualquer demora implica que a nomeação não foi aprovada.

Posteriormente, a presidente Dilma Rousseff enviou mensagem a Israel, informando Tel Aviv sobre a rejeição do nome do antigo dirigente colono.

Dayan serviu como presidente do Conselho Yesha, entre 2007 e 2013, uma organização criada para promover assentamentos judaicos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Ele liderou a oposição ao plano de “desligamento”, que previu a retirada dos assentamentos israelenses na Faixa de Gaza.

Redação

16 Comentários

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  1. espero que esse lixo nem tenha pisado em nosso solo!

    senão precisaremos fazer uma desinfecção, a moda acidente de goiania. juntar o solo onde ele pisou e colocar em containeres!

    criatura racista, arrogante e prepotente!

  2. Engano nada

       A Chancelaria israeli tem que enviar rapidamente um embaixador , pois existe uma importante negociação que está parada e depende desta ação.

  3. Israel volta atrás em nomeação de embaixador no Brasil

    Neste país abençoado por DEUS e bonito por NATUREZA chamado BRASIL, não precisamos de NENHUM HUMANO que não RESPEITE o PRÓXIMO, muito menos de INDIVÍDUOS que acham que NOVA YORK é a CAPITAL do MUNDO.

    1. Tem

        GC Israel NY é “posto honorifico”, contato com a comunidade, com a AIPAC , resolveu um pepino para Bibi, já aqui irá precisar de um outro tipo de Embaixador, a situação foi alterada, algumas oportunidades interessantes apareceram, portanto o Brasil precisa, pela visão israeli, não um ” amigo de Bibi “, mas um diplomata mesmo, que combine a economica com industrial.

          Aguarde.

  4. Aqueles que não o quizeram em

    Aqueles que não o quizeram em Brasília acabaram reduzindo-lhe a pretenção, de embaixador para cônsul.

    E mesmo assim porque, o país que o engole e camufla, não está nem aí para os Palestinos.

  5. Mas vão enviar um bem
    Mas vão enviar um bem melhor,

    Dizem nos bastidores que a nova indicação será de um representante de origem italo-germanica, Benit Hitleberg.

  6. Abraão morreu na
    Abraão morreu na alemanha.
    Abraão mata e morre na palestina
    Abraão não aprende na Paz
    Abraão nao aprende na Guerra
    Que Abraão quer?

  7. é….
    pelo menos uma notícia boa, ….  já temos a nossa cota de lixo humano poluindo o nosso pobre país, ….  não precisamos de mais nenhuma personalidade tóxica e podre…israel mudou de ideia depois que o governo brasileiro ameaçou mandar o vampirão serra e o deputado bolsinha pra lá….

  8. poder

    Não se deve subestimar o poder dessas pessoas. Não digo “judeus” e nem digo “israelenses”, mas pessoas que, em nome deles, se proclamam donos do mundo e possuem uma grande capacidade de articulação, o suficiente para gerar infiltração e domínio no poder estatal norte americano.

    Consequentemente, esse domínio repercute em todo o mundo, inclusive o Brasil, e para concluir assim basta olhar nosso Banco Central e conhecer um pouco da historinha de um tal Armínio Fraga.

    Norte americanos são dominados por grupos de agiotas gigantes, extremamente mais nocivos e perigosos do que qualquer cosa nostra no estilo de hollywood (mas sem esquecer do famoso Meyer Lanski).

    Então, que esse senhor, o tal diplomata, vá para lá mesmo. Que se una aos seus comparsas lá em Wall Street.

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